Futebol é Para Meninas

O Blogue de Todos os Desportos

sábado, dezembro 31, 2005

Sporting - Versão 2005-2006 Parte II

Neste momento de saídas e entradas de Inverno corre-se o risco de tentar escrever algo e essas letrinhas estarem completamente desactualizadas quando as for reler. Por isso, arriscarei escrever sem reler nada.
Sairam Hugo, Rogério, Edson, Pinilla, Silva, Paíto, Semedo, Varela, Wender.
Uff! Quase falta espaço para colocá-los a todos no post.
O quê? Fala-se ainda na saída de Beto? Lá tem de se arranjar mais uma(s) linha(s) para falar do capitão.

De quais destes sentiremos saudades?
Dos gritos de Pinigol, Pinigol, Pinigol, o momento mais hilariante das noites de Alvalade, quando se pedia a entrada em campo do goleador que não faz golos.
De Rogério, o certinho que se adaptava a vários lugares e que nos fez sonhar com a Uefa (que golão marcado e que golinho falhado).
No mais, nada.
Á parte a inexplicável saída de Edson, que não deixa saudades porque pouco ou nada jogou (mas não esqueço que poderia muito bem jogar a titular), e a igualmente inexplicável saída de Varela, uma vez que Douala estará o mês todo de Janeiro na CAN, as outras saídas parecem todas correctas.
Hugo e Semedo (este último, pelo menos por enquanto) não têm lugar nem no banco. Quanto a Hugo, que entrou para logo sair para ser emprestado, o espirito natalício leva-me a desejar que seja muito feliz. Longe do Sporting.
De Paíto guardamos carinho pela correria louca na Luz que deu em golaço precedido de nó cego no vilão Luisão.
Pinilla e Silva estão ao mesmo baixo nível, ainda que o chileno se ache um galã e um fenómeno futebolístico.
De Wender nem sei o que dizer. Gostava tanto de o ver jogar pelo Braga que quase cheguei à frente com dinheiro para a sua transferência. Ainda bem que não me meti nisso, ou nesta hora estaria a ser linchada pelos sócios, eu incluída. Como pode tamanha falta de garra num jogador. Como pode entrar há um minuto e não conseguir correr um pouquinho só? O frio não explica tudo.
E... por último, menção especial para Beto, que não se sabe se vai ou se fica, mas pelo menos do fim da época não passará. Depois do capitão, com 17 anos de Sporting, agredir Custódio (também “da casa”) num treino, estava-se à espera do quê? Depois de um jogador que já jogou a alto nível ter vindo de época para época a baixar o seu rendimento para o futebol, sem que se encontre justificação na sua idade para tal, estava-se à espera do quê? Razões disciplinares e técnicas são suficientes para se concordar com qualquer saída, se lhe juntarmos ainda contenção de custos nos altos salários... Sem hipótese. Apoio a 100%.

Entraram Leando Romagnoli, um 10 (expectativa em alta face à concorrência), Marco Caneira, um central (expectativa em alta face à concorrência), Abel, um defesa lateral direito (expectativa em alta face à concorrência).
Entendido? Alguém nos diz que são craques. Em época de fé e esperança, há que acreditar!

Sporting - Versão 2005-2006 Parte I

A época 2005-2006 do Sporting, comprova-se agora, foi um modelo de falhanço em termos de planeamento e gestão do plantel.
Sairam os inevitáveis, pela idade, Pedro Barbosa e Rui Jorge, jogadores com mais de uma mão cheia de anos de clube.
Saiu Niculae, uma dúvida / certeza em termos físicos.
Saiu Hugo Viana, jogador com um sálario que não corresponderá ao seu rendimento em campo.
Sairam Mário Sérgio e Hugo, duas nódoas.
Até aqui, tudo certo, dispensas razoavelmente consensuais.
O pior vem agora.
Sairam ainda Enakarhire e, já com a época em curso, Fábio Rochemback.
Se o primeiro rendeu – dizem – um bom dinheiro ao clube, compensando, assim, de alguma forma a saída do melhor central do plantel, já o negócio do segundo foi uma fatalidade. Exagero? Bem sei que Rochemback estava emprestado apenas até ao fim desta época e ganhava rios de dinheiro de salário, situação que tornava bastante improvável a possibilidade de se manter no clube para além de Junho de 2006. Havia por isso que fazer algum dinheiro com a sua saída naquela altura (pensamento puramente monetário, zeramente desportivo). Acontece que... com o dinheiro aqui amealhado “comprou-se” metade de João Alves. E o nosso meio-campo, acusado de jogar só para os lados com Rochemback e companhia, foi-se pura e simplesmente e a culpa nem é de João Alves, porque desse, até ao momento, nada.
De saídas estamos conversados.

Quanto às entradas tivémos João Alves, o tal “até ao momento, nada”, e Wender, o “custa muito correr um pouco”, ambos chegados já com a época em curso. Provavelmente o único ponto que pode abonar algo em seu (deles) favor.
As inexplicáveis situações de Manoel e Edson. O primeiro contratado a custo zero, o que não quer dizer à borla, e o segundo contratado pelo que o Leiria quis pedir. Quanto a Edson, porque de Manoel nunca o vi jogar pelo Sporting, como pode o melhor (único?) defesa-esquerdo do plantel ser corrido após 1 ou 2 jogos pré-lesão?
Os promovidos Nani, André Marques, mais Semedo e Varela. Destes só o primeiro aproveitou – e bem – a oportunidade que lhe foi dada. André Marques, ou é mesmo tímido a jogar (não sobe e encolhe-se quando o adversário “vem para cima dele”) ou então apenas acusou a responsabilidade das várias oportunidades dadas por Paulo Bento. Semedo não se viu porque não o colocaram a jogar. Varela idem.
Deivid veio por muito dinheiro, é verdade que tem marcado uns quantos golos, porém, não chegou ainda para me convencer de que não é um trapalhão que anda para ali.
Sobra, assim, Tonel, a única contratação acertada. O único, talvez a par de Deivid, com condições para pensar em disputar a titularidade (acrescento Joao Alves, sobre quem ainda não perdi a esperança de o ver brilhar pelo Sporting).

Em resumo, o balanço é este: perderam-se 2 titulares de caretas – Enakarhire e Rochemback – mais um muito provável titular face à fraquíssima concorrência – Rui Jorge. Ganhou-se 1 jogador que luta e merece a titularidade – Tonel –, outro que a vem aproveitando – Nani – e outros 2 que têm de lutar muito para a conseguirem – Deivid e João Alves.

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Algumas frases do ano de 2005

No seguimento de post anterior, eis a primeira frase:

- “Como é que eles poderiam não saber? Não é como mascar pastilha elástica, doping é como fazer amor, precisas de 2 para o fazer, o médico e o atleta” – Michel Platini sobre os desmentidos de utilização de doping na Juventus, seu anterior clube.

Eis, agora, a que tocou mais fundo o meu coração:

- “Não nasci sportinguista mas serei sportinguista para sempre” – Ricardo

E eis, finalmente, as demais no futebol:

- "Há uma guerra infame feita contra o Ricardo e essa guerra só foi trazida para dentro do clube por causa do comportamento dos sportinguistas nos jogos em casa" – Dias da Cunha

- "Saio de lá dia 28 e chego aqui dia 29 às 6:00 e treino às 9:30. Desta vez não vão ter matéria para falar. Não haverá multa, nada" - Liedson
(acrescento: dito e feito)

- "Por amor de Deus! Estou a ver o Benfica jogar." – Manuel Alegre, quando perguntado se já tinha dado os parabéns a Mário Soares.

- "Sei que sou feio. Mas sou simpático e cheiroso. A soma de tudo isso me deixa bonitinho" – Ronaldinho

- "Estou no noticiário todos os dias. Acho que eles realmente gostam do meu sobretudo, gostam do meu corte de cabelo, gostam do meu rosto, gostam do meu comportamento, eles realmente gostam de falar sobre mim" - José Mourinho

- "Ele disse que se ia retirar, mas, oiçam, eu disse à minha mulher que a amava quando me despedi dela hoje de manhã. As coisas mudam." – Freddy Shepherd, chairman do Newcastle, acreditando que Alan Shearer irá voltar atrás na sua decisão de se retirar do futebol.

E agora um conjunto de frases que poderiam dar uma novela. Das mais hilariantes.

- "Os adeptos têm de esperar. Se não quiserem esperar e se não me quiserem aqui, vou-me embora. Há muitos treinadores acanhados e defensivos no mercado" - Co Adriaanse, em 30/09/2005.

- "Eu nunca disse isso." - Co Adriaanse, em 15/10/2005, depois de confrontado com as suas declarações sobre os lenços brancos.

- "Só vi adeptos do Benfica com lenços brancos." - idem

No ténis:

- "Eu não podia perder para um tipo que usa uma camisa como aquela" - Lleyton Hewitt após vencer Dominik Hrbaty no US Open, que usou uma camisa rosa e preta com dois buracos ovais nas costas.


- "Serena ligou-me e disse-me: “Posso ter um autógrafo teu?”" – Venus Williams recebeu esta mensagem da irmã após vencer Maria Sharapova na semi-final de Wimbledon.

Na Fórmula Um:

- "Ele fez zigue quando deveria ter feito zague" - porta-voz da Minardi sobre uma colisão entre Chanoch Nissany, primeiro israelita a pilotar um carro de F1, e o colega de equipe holandês Christijan Albers durante um teste da Minardi em Mugello, num circuito vazio.

Acerca dos Jogos Olímpicos:

"Esse é um dia significativo para Londres. Não é sempre nesse emprego que você soca o ar, dá uma dançadinha e abraça a pessoa ao seu lado" - Tony Blair, primeiro-ministro britânico, depois de Londres ser escolhida como sede dos Jogos Olímpicos de 2012.

O Doping

Para contrariar a versão que corre de que apenas os tenistas argentinos jogam dopados, uma vez que em 10 apanhados 9 são das pampas, eis um dado novo:
A búlgara de 16 aninhos Sesil Karatantcheva, esperança do ténis nas meninas, teve um teste positivo da famosa nandrolona no último Roland Garros.
O mesmo torneio em que o finalista vencido Mariano Puerta foi também apanhado, apesar de se ter justificado com os remédios para a dor de cabeça da mulher. Como já os tinha tomado aqui há uns anos, levou 8 anos de suspensão.
O triste desta situação não é o fim da carreira de alguns. É antes que os que fazem o mesmo continuem a jogar. Ou que joguem sob a suspeita de que também possam estar dopados.
Enfim... o triste do desporto de competição dos dias de hoje é ter-se a leve sensação de que os atletas que admiramos não terão apenas talento, esforço e dedicação às suas modalidades.
Terão também a batota como sua aliada.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Lampard Fan-Page

O melhor é esta “coisa” virar uma página dedicada em exclusivo ao Frank Lampard.
Mas a culpa de escrever repetidamente sobre o Frankinho é só dele.
Pode um jogador fazer 164 jogos consecutivos na exigentíssima Premier League? Ou seja, não perder um jogo na excitante Premier League desde 30 de Setembro de 2001 a 26 de Dezembro de 2005?
Pode!
Não fosse um reles vírus em 28 de Dezembro de 2005 e seriam números ainda mais estratosféricos.
O Sempre Em Pé

quarta-feira, dezembro 28, 2005

O Pipi Vem Aí

Leandro Atilio Romagnoli já é jogador do Sporting.
Dizem que é um verdadeiro 10 e o Sporting precisa mesmo de um jogador que o seja.
Dizem ainda que é argentino e que foi campeão mundial sub-20 jogando ao lado de fulanos como Javier Saviola, Andrés D´Alessandro e Fabricio Coloccini.
Posto isto, como não ter esperança? Como não lembrar de Hector Yazalde, Beto Acosta e Aldo Duscher? Como não esquecer os Gimenez/Marioni e Heinze que se mostraram no Sporting, e os Kmet, Hanuch, Quiroga?
Falam ainda da possível vinda de Caneira. Como não esquecer a forma como ele saiu do Sporting? Como não lembrar as 3 contratações decisivas de Inverno (André Cruz, César Prates e Mpenza) na 1.ª época em que pude comemorar um título de campeão nacional do Sporting?
Ah, como és lindo vivir ilusionada...

Titulares e Suplentes de 2005

O jornal francês L´Equipe já elegeu a sua equipa do ano 2005:
Gregory Coupet (Lyon);
Willy Sagnol (Bayern Munich), John Terry (Chelsea), Jamie Carragher (Liverpool), Paolo Maldini (Milan); Kaká (Milan), Frank Lampard (Chelsea), Steven Gerrard (Liverpool);
Ronaldinho (Barcelona); Adriy Shevchenko (Milan) y Samuel Eto'o (Barcelona).

Para suplentes elegeria Ricardo, Beto, Polga, Rodrigo Tello, Luís Loureiro, Douala, Wender e Deivid (todos do Sporting). Talvez vendo os verdadeiros craques bem de pertinho consigam aprender a jogar à bola.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Não aos Contratos

2005 foi o ano em que muitos ases da bola não quiseram cumprir os seus contratos, ao mesmo tempo que nos dizem que foi também o ano em que mais futebolistas entraram no desemprego.
Houve dos que tentaram pressionar os seus clubes e se deram bem e dos que viram que afinal ainda não estão assim tão prontos para entrar no olimpo.
Alguns – muitos – ficam de fora da enumeração, quer por esquecimento, quer por desconhecimento, quer por falta de espaço.

Lá fora:
Luís Figo já andava, a 2 anos do termo do seu contrato com o Real Madrid, a querer saber do seu futuro, cheinho de vontade de sair dali para fora. Passando, no entanto, a imagem de que o clube é que não o queria. Com tanto parlapiê, conseguiu levar a sua avante, saindo do clube mas ganhando boa parte do que ganharia se lá continuasse. Mesmo sem Veiga os excelentes negócios continuam lá para a Figolândia.
Maniche foi para a Rússia ganhar resmas de dinheiro de uma forma que pensava fácil. Não contou foi com o outro planeta que é aquele país. Mas não faz mal. Também parece que vai levar a sua avante – com os bolsos cheios de uns quantos meses de trabalho sob contrato e uns quantos anos de contrato por cumprir. Saiu de Portugal para Inglaterra com escala na Rússia. Quase volta ao mundo em busca de diamantes para cada um dos seus ricos dedos.
Quem não teve tanta sorte foi Michael Owen que quis sair de Liverpool para experimentar o futebol espanhol e o colosso Real Madrid. Não conseguiu ser titular na equipa dos galácticos e, em época de mundial, achou que um ano bastava e ofereceu-se para voltar para os braços de Sua Majestade. Detalhe: volta para o Newcastle, longe de poder disputar os grandes títulos, e ainda viu o Liverpool ganhar a Liga dos Campeões no único ano numa década em que não jogou por eles. Pelo meio, muito dinheirito em transferências de cá para lá e de lá para cá.

Cá dentro:
Liedson fez o que bem lhe deu na gana durante toda a época passada. Achámos-lhe muita piada porque o “Levezinho” era o maior, marcava golos, encantava e, sobretudo, o Sporting ganhava. Até que, tarde e a más horas, enchemos o saco. Sobretudo porque o Sporting passou a perder. Castigado o craque, coisa nunca vista: o Sporting conseguiu passar a ganhar. Não deve haver nada mais humilhante para os craques que se pretendem insubstituíveis do que ver que a sua equipa de bosta – sem eles – também ganha com os restantes pernas de pau.
E que dizer de Douala, que fez 3 ou 4 bons jogos na pré-época e mais 1 na pré-eliminatória da Liga dos Campeões e veio logo a terreiro pedir um aumento do contrato que havia assinado pouco mais de um ano antes, quando deixou o colosso Leiria? Dizer talvez que tantos números e tantas equipas interessadas no rapaz deixaram na sua cabeça e pernas um vazio para jogar futebol desde aqueles – poucos – fogachos.
McCarthy, o Benny das Antas, mesmo com contrato por cumprir, quis sair para um clube maior, onde pudesse ganhar os títulos europeus e mundiais que o Porto não lhe permitiu. Podia cantar de galo pois era mesmo decisivo, o único que parecia marcar os golos decisivos da equipa (bons tempos para nós, quando ainda não tinha calhado de os treinadores do tripeiral deixarem a teimosia de lado e começarem a meter o ciganito Quaresma lá para dentro). De tanto cantar foi-se-lhe definitivamente o pio. E os golos. E os jogos. Agora quer tanto ficar no único clube onde alguma vez fez alguma coisa de jeito que já pretende recusar o mês de férias de Janeiro na sua África natal.
Os vizinhos feios da 2.ª circular também tiveram a sua dose de jogadores e presidentes / empresários hipócritas durante o ano. Miguel fez birra que deu certo. Para ele – com viagem assegurada para Valência – e para o clube – com dinheirito a entrar.
E a saga continuará certamente nos próximos anos.
Contratos são para cumprir... só quando dá mesmo jeito.

Regresso a Liverpool

Agora que já não estás com o Liverpool...
You´ll walk alone.

sexta-feira, dezembro 23, 2005


D. Dieguito

quarta-feira, dezembro 21, 2005

16.ª Jornada - Sporting 3x0 Rio Ave

António Sousa, treinador do Rio Ave, afirmou no final do jogo que a sua equipa fez de Pai Natal e deu uma prenda ao Sporting, e isso é bem verdade.
Mas não só.
O Sporting, para variar, jogou bem, teve uma boa dinâmica a jogar para a frente e não apenas para os lados, e com isso conseguiu marcar 3 golos (pela primeira vez esta época) e deixar mais uns quantos por marcar. Tarefa facilitada pelo adversário, é certo, mas bem aproveitada, caso raro nos tempos que correm.
Liedson de volta aos bons momentos, com garra a atacar e a defender, e a marcar dois golos à matador. O outro golo foi marcado por Tonel, o seu primeiro pelo Sporting.
Duas notas de registo: A despedida de Rogério do clube, depois de um ano e meio. Despedida amarga porque teve de sair por lesão poucos minutos iam de jogo. Marcantes e emocionantes as suas lágrimas.
Igualmente, Deivid e João Moutinho tiveram de sair mais cedo por lesão. Foram, por isso, três substituições forçadas. No entanto, há noites que correm bem.
Para ser perfeita só faltou mesmo aqui a Menina não ter faltado ao jogo em Alvalade. Pensando melhor, e tendo em conta os 2 jogos perdidos esta época (Benfica e Rio Ave = 2 vitórias), para bem do Sporting talvez fosse de ponderar não voltar lá tão cedo.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Best Of 2005

O feio mais bonito do mundo voltou a ser eleito o melhor jogador do mundo.
Mas desta vez vem muito bem acompanhado pelo bife mais bonito do mundo.

sábado, dezembro 17, 2005

15.ª Jornada - Naval 0X2 Sporting

Desta vez o jogo não foi sofrido.
Entre as transições defesa-ataque, ou ataque-defesa, deu para ler o jornal Público e seu suplemento Y, uma reportagem acerca de JPC numa GR de há umas semanas, uma vista de olhos sobre as últimas revistas de 6.ª do DN. Deu ainda para concentrar num SuDoKu e finalizá-lo com sucesso.
No meio disto houve um penalti – convertido por João Moutinho – e um auto-golo.
Nada mau.
2x0 = 3 pontos.
Já se pede pouco.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Hasta La Vista Pinigol

Apesar de o site do Sporting ainda nada referir a respeito, Mauricio Pinilla já apareceu todo contente nas tvs a embarcar rumo a não sei onde para ir jogar para o Racing de Santander. Quanto é que o Sporting ganha – monetariamente falando – com isso é que não sei. Futebolisticamente falando, e mesmo não tendo a capacidade de prever o futuro, arrisco a dizer que não perde nada.
Factos são factos e ainda que Pinilla diga que não teve oportunidades, aqueles que seguem o futebol sportinguista bem sabem que não é assim. No começo da época passada Pinilla jogou uns quantos minutos. Os suficientes para deixar todos os adeptos desesperados pela sua falta de jeito em colocar a bola na baliza adversária. Quando o fez pela primeira vez, já lá iam decorridos 10 jogos para o campeonato (fora os outros), fê-lo num jogo com 6 golos – quase um para cada membro da Torcida Verde – e correu a comemorá-lo com a claque boavisteira, em plena Alvalade, tal era a concentração que mantinha em campo, que não lhe permitia ver mais nada para além dele.
De marcante teve mais 2 momentos. Importantes e geradores de uma imensa alegria, nenhum sportinguista o negará. São eles os 3 golos em Braga (o homem passou-se, foi certamente possuido por um craque a sério nesse jogo) e o decisivo golo com o Az Alkmaar na primeira mão da semi-final da Uefa. Aliás, este último golo revela o único ponto positivo que Pinilla nos mostrou durante toda a época – a facilidade e a coragem de rematar de qualquer lado. Não seria pouca coisa se o rapaz revelasse o mínimo de jeito para conseguir passar uma bola a um colega ou concluir a mais simples jogada. Mas não. Parece que ao chileno apenas lhe serve o mais complicado.
Complicado, ou mesmo impossível, é também tentar explicar a devoção que a Juve Leo lhe dedicou. Finalmente não mais ouviremos os insuportáveis e inenarráveis, porque sem sentido, cânticos de Pinigol, Pinigol.

domingo, dezembro 11, 2005

14.ª Jornada - Sporting 0X1 Estrela da Amadora

Tudo na mesma.
Os jornais bem que tentam - agora - dizer que o Sporting tem vindo a recuperar, depois que mandou o de Coruche para a rua.
O que é certo é que o último jogo de Paulo Bento (até ver) foi igual ao último jogo de José Peseiro - derrotas em Alvalade frente aos sempre candidatos a ocupar uma das últimas posições da nossa I Liga, a sempre Briosa e o representante da Porcalhota.
Joguinho da treta, não adianta vir dizer que tivémos mais posse de bola, mais ataques, um sem número de oportunidades escandalosamente falhadas.
O que tivémos foi, sim, uma excelente oportunidade para empatar o jogo no último minuto dada pelo árbitro - sempre tão assobiados pelos senhores que colocam os seus rabiosques nas cadeirinhas inventadas por Taveira e seus estagiários. Esta mania da perseguição a qualquer um que se apreste a mediar o jogo já irrita. Porque, de certa forma, desresposabiliza os jogadores que vão andando 70 e tal minutos a fazer de conta que dão o litro para, tarde e a más horas, passarem os últimos minutos a fazer de conta que estão desesperados par marcar um golo quando os adeptos transferem o seu incómodo para os que andam lá em baixo a chutar a bola.
O Sporting voltou a não jogar bem. A ser trapalhão. A meter água naquele meio-campo e naquela defesa.
E o ataque tinha Sá Pinto. É triste que eu - que sempre gostei e gosto do "Ricardo Coração de Leão" - venha tendo a impressão de que joga por ser amigo do chefe. 90 minutos em campo? Desculpa lá ó Sá, mas só por cunha.
E Liedson? É ainda mais triste que eu - que sempre achei, mas já não tenho tanta certeza disso, que seja um deleite ver o "Levezinho" jogar - tenha ficado com a impressão de que Liedson falhou golos de propósito (não esqueço a forma como não colocou a bola dentro da baliza naquele lance ainda na primeira parte em que fez aquilo que não costuma - dar um último adereço à bola, perder tempo... perder o golo). E digo que é triste ter esta impressão por saber que a marcação de um golo não dá certamente mais prazer a nós do que aquele que dará ao próprio marcador. Ainda para mais quando esse jogador tem a oportunidade de mostrar que ainda decide. Serei ingénua? Talvez, mas a confusão na minha cabeça voltou em força. Estranho... muito estranho.
Voltando ao jogo, derrota indiscutível uma vez que o Sporting pouco fez para que o rumo fosse outro.
Último desabafo: aquela sensação que sentia ao olhar para o relógio quando o adversário marcava um golo e saber que ainda havia 1 hora para o Sporting dar a volta ao marcardor não existe mais. Só tenho uma certeza: em jogos caseiros, há pelo menos uma temporada e meia que o Sporting não vira um resultado.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Fiu Fiu

O Cristiano Ronaldo não gosta de piropos.
Olhem só como é que ele reage ao pessoal cá da terra.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Ciganices

Ainda sobre o jogo do Porto X Sporting.
A próposito da exibição de Quaresma, considerado o melhor em campo e, acrescento, o único com magia suficiente para merecer a presença nestes grandes jogos, o que espanta no seu jogo é não ter conseguido mandar nenhum adversário para a rua.
Logo aos 11 minutos Rogério viu um amarelo por falta sobre o ciganito. Estranhamente Quaresma não o chateou muito mais e, quando o fez, Rogério "o Experiente" afastava-se recuando o mais que podia dele. Com o "implacável" Tello no lado contrário, só na segunda parte o treinador de Quaresma se lembrou de o mandar para a esquerda do adversário. E Tello logo aos 54 minutos também viu um amarelo.
Felizmente que "eles" não viram que o jogo poderia ter começado a ser ganho por aqui.

13.ª Jornada - FCPorto 1X1 Sporting


O clássico da sexta-feira à noite.

Paulo Bento não assinou o papel que previa o empate antes mesmo do jogo começar mas acabou por levar as folhinhas com o dito.
Para o Sporting, este 1x1 não foi nada mau, mesmo se estavámos - e continuamos - a 4 pontos dos tripeiros.
O Sporting foi o primeiro a marcar, logo a abrir a 2.ª parte, após um erro mais do que infantil do Pepe que, depois de ter passado uns meses em Alvalade, deve ter aprendido umas quantas fífias com Beto, Polga, Hugo e CªLda. Golo de Deivid a passe de Carlos Martins, versão II.
Até ai o Porto não tinha metido medo, o Sporting também não, é verdade. Jogo sem sobressaltos, portanto.
Depois veio a 505ª lesão de Carlos Martins, que estava a ser importantíssimo tanto a recuperar bolas como a lançar os (poucos) ataques.
E o Porto começou a carregar, fazendo com que o sonho de conseguirmos chegar ao fim com a vitória passasse a milagre. O que não aconteceu porque Polga resolveu abrir as pernas e marcar de calcanhar na sua própria baliza para que o seu compatriota Pepe não ficasse sozinho na foto estragada do jogo.
E o Sporting, que até ai se tinha encolhido completamente, mostrou que afinal podia jogar mais para longe da sua baliza. Nani chegou mesmo a marcar um golo já deitadinho no relvado que o árbitro entendeu que não valia por Pepe ter sofrido falta. O que, manifestamente, não aconteceu. Apesar do Nani ter cabedal que chegue para, só com um soprinho, dar um chega para lá no franzinito do Pepe.
Enfim, muitos falaram da arbitragem. Eu própria achei que o Porto estava a ser prejudicado - logo no Dragoum (Ai! A falta que Jorge Costa faz!) - pelo lance um pouco duvidoso entre o Rogério e o Lisandro, que deu golo que não valeu, e pelo penálti também duvidoso da bola na mão do Polga. Mas depois... Vruummm. Dois lances de enfiada - nada duvidosos - para calar aqueles que acham que os árbitros erram de propósito para beneficiar os apitos dourados e não por serem incompetentes ou, simplesmente, por serem humanos e não terem a televisão para ver os lances repetidamente em slow motion. A história conta-se rapidamente: Penálti claríssimo do Avé César Peixoto com uma boa estirada a afastar com a sua mão o remate de Polga (segundo Frasco, comentador da Sportv, o pobre do rapaz não tinha outra solução se não pôr a mão, para não bater com a sua fofa carinha na ervinha); E o tal golo de Nani que não valeu.
Empate em tudo, como se vê.