Azar ou Sorte?

Hoje, depois do almoço, calhou de sintonizar a televisão na Sportv1 e dar com o Manchester United x Portsmouth para a Taça de Inglaterra.
Entre uma olhadela para o Expresso e outra para o Manchester, sem perder de vista que daí a pouco teria de tratar da lida da casa, fui-me deixando ficar no sofá. Acontece que a sucessão de golos falhados pelo ManUtd me obrigou a colocar de lado o jornal e as ideias de dona de casa. A coisa estava emocionante, não pelo equilíbrio entre as equipas, mas antes pelo Manchester dominar absolutamente, atacando sem freios. Como o comentador disse, desta vez certeiro, cada ataque era uma situação de golo. Sem que ele surgisse, no entanto.
Acho que raras vezes tinha assistido a coisa tão azarenta, bolas ao poste, bolas a balançar sobre a linha de golo, bolas a encontrar sempre alguém que as defendesse pelo caminho.
Até que, a 10 minutos do fim, de um canto a favor do Manchester saiu uma bola defendida pelo guarda-redes do Portsmouth e logo lançada para o contra-ataque. Era Milan Baros a atacar com apenas Anderson e Rooney (2 atacantes à defesa) a fazer-lhe frente, mais o guarda-redes que não teve outra solução se não fazer penálti. Expulsão clara. Golo, claro. E o Manchester, para além de passar a jogar com 10, teve de improvisar e mandar Rio Ferdinand para a baliza, uma vez que já tinha feito todas as substituições. E não mais tiveram força física ou psicológica para continuar a jogar.
Azar de uns? Sorte de outros?
Não sei.
O que parece certo é que por vezes não basta tudo para se marcar um golo. Ou que de outras basta muito pouco para o marcar.


Adivinhou o lado, só lhe faltou chegar à bola