O Craque do Grupo F - Ronaldinho Gaucho

Ronaldinho é a estrela da Copa. Até para os nipónicos, que costumam exultar com Hidetoshi Nakata.
Talvez a estrela do grupo F e, provavelmente do torneio, venha a ser o “quadrado mágico”, formado pelo já referido Ronaldinho mais Ronaldo, Kaka e Adriano. Quem irá domá-los?



Ronaldinho subiu ao trono dos artistas do futebol brasileiro sucedendo a Ronaldinho. O seu antecessor passou simplesmente a Ronaldo, por vezes também conhecido por Ronaldo “o Fenómeno”. Ronaldinho agora é só um, o Gaucho e mais nenhum.
Nasceu a 21 de Março de 1980, em Porto Alegre, sul do Brasil. Cresceu sob os olhares da mãe e do irmão Roberto Assis, já que o pai havia morrido cedo num acidente na piscina de casa. Graças ao irmão Assis pôde crescer sem quaisquer dificuldades económicas. Poderia dizer graças ao talento do irmão Assis, mas na verdade não gostava nada deste gorducho que passou pelo Sporting como jogador de futebol. Dele só tenho saudades dos seus livres, nos quais – honra lhe seja feita – o destino mais provável da bola depois de rematada pelos seus pés era o fundo da baliza. Na altura em que o irmão jogava em Portugal (primeiro no Sporting e depois no Estrela da Amadora), Ronaldinho chegou a ser oferecido ao Estrela, que não teve (nem tem ainda hoje, certamente) forma de lhe pagar um chorudo ordenado para a idade que o rapaz tinha – 16 aninhos.
Depois foi o que se viu. Saiu do seu Grémio de Porto Alegre e veio para a Europa, sim, mas para o Paris Saint Germain e, dois anos mais tarde, passou para o Barcelona, onde está desde 2003/2004.

Será a sua segunda participação num mundial, depois do título alcançado com o Brasil em 2002, na Coreia / Japão, onde já era craque. Para a história, para além do mais que desejado título mundial, viveu ainda um jogo triste onde, apesar de ter marcado um golo lindo e decisivo nos 4.ºs de final com a Inglaterra, veio a ser expulso nesse mesmo jogo. Coisa rara na sua carreira. Ronaldinho tem uma imagem muitíssimo positiva, quer junto dos adeptos quer junto das empresas que o adoram usar como garoto propaganda das suas marcas. Flávia Justa, gerente de marketing brasileira afirma mesmo que “Ele é o maior ídolo do futebol do mundo, difícil de cair na paisagem”.
Ronaldinho cresceu a jogar futebol e continua um apaixonado pela bola. A mãe confessa que juntamente com os dribles que o seu filho dava nos cães e nas cadeiras, ela própria servia de treino para levar chapéus. Ainda hoje os leva, sem dar por isso, lá está a bola a passar-lhe por cima da cabeça.
Para além do futebol, a outra paixão de Ronaldinho é a música, o samba em especial.
Feioso confesso, Ronaldinho gosta de afirmar que “Sou feinho, mas bem arrumado, simpático e cheiroso – somando tudo isso, fica bonitinho”.
A sua imagem de marca são os dentes saidos. É dentuço não por desleixo ou falta de oportunidade de arranjar os dentes. Diz que simplesmente não se adaptou aos aparelhos dentários.
Outra sua imagem de marca é a sua discrição na vida particular. Foi sem grandes alaridos que se soube que tem um filho com 1 ano e 2 meses que mora no Rio de Janeiro e que, por isso, apenas o pode ver com frequência através de webcams.
Recentemente, o cartonista brasileiro Mauricio de Souza, criador da Turma da Mônica, que ajudou 9 em cada 10 crianças da minha geração a aprender a ler, juntou a figura de Ronaldinho às suas criações. As aventuras do craque e seus amigos podem agora ser vividas em quadradinhos.

É, incontestávelmente, a estrela maior do futebol mundial da actualidade e ganhou as últimas edições do prémio “Jogador do Ano” atribuido pela FIFA (2004 e 2005). Vai para o Mundial já com 2 títulos ganhos esta época: campeão de Espanha e campeão da Europa, ambos pelo Barcelona. Não há 2 sem 3?