Não, Sr. Comandante

O Comandante Vicente Moura é uma figura do dirigismo desportivo em Portugal.
Presidente do Comité Olímpico Português vai para bem mais de uma quinzena de anos, deu uma entrevista à publicação “Perspectiva” que saiu com o Público de 6.ª feira da semana passada. A dado passo, conjunto de letrinhas e palavrinhas que entram directamente para qualquer placar das pérolas do dirigismo desportivo português que, como se vê, dá luta ao do futebol em intrigas, grupinhos e egos exagerados.
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P: Já disse que ia deixar o COP depois deste ciclo olímpico, depois já disse que afinal ia ficar…
R: Não, eu não disse isso. Eu posso dizer é que tenho o apoio quase unânime de todas as Federações, ou unânime…
P: Mas também tem inimigos…?R: Tenho um inimigo… um que eu saiba! E foi só para chatear esse inimigo que disse que ficava.
P: Ah… afinal disse! … mas, quem é esse inimigo?...
R: É um professor universitário… que nos últimos 10 anos anda a clamar que eu já me devia ter ido embora, que estou velho e ultrapassado, é quase todas as semanas a mesma conversa! …e então eu disse que, como até tenho um inimigo de estimação, só para o aborrecer, vou ficar… porque a minha intenção real é retirar-me em Março de 2009, depois do Jogos Olímpicos. O que vai acontecer é que, se for um fracasso, evidentemente isso vai-se cumprir, se não for, e só para irritar este meu inimigo, pode ser que fique.»

E pronto! Caso a missão que irá aos JO de Pequim cumpra os objectivos estabelecidos pelo Sr. Comandante (4 a 5 medalhas e 64 pontos), só para aborrecer o seu único inimigo ele ficará à frente do COP por mais uma temporada. Só por isso, atenção.