A Vez de Ryan

Ryan Lochte era por muitos considerado o eterno 2.º.

Ele próprio ainda só havia deixado esse lugar o ano passado nos campeonatos mundiais em Melbourne quando ganhou os 200m ao seu rival de costas, Aaron Peirsol. A excepção que confirmava a regra. Com o outro rival de estilos, Michael Phelps, a missão continuava a ser impossível e, pelos vistos, assim irá continuar .

Hoje (ontem) pela madrugada o seu trabalho não era dos mais invejados: nadar as finais olímpicas dos 200m costas e, 30 minutos depois, dos 200m estilos. Com (contra) aqueles campeoníssimos.

Mas Ryanzinho melhorou o seu recorde do mundo logo na sua primeira prova da manhã e o compatriota Aaron teve desta vez que experimentar o lugar que não costuma ser seu.

Pouco mais de meia hora depois veio o 3.º lugar nos 200m estilos, a 1 centésimo de segundo do 2.º (hungaro Laszlo Cech), terminando a prova exausto com a sua cabeça no ombro de Phelps, o tal impossível.

Missão cumprida. E para mim também, que ousei colocá-lo num dos meus favoritos para as medalhas de ouro sem temer o azar nos prognósticos dos meus queridos (que a Manaudou não me esteja a ler).