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sexta-feira, junho 02, 2006

O Craque do Grupo C - Esteban Cambiasso

Talvez a escolha do craque deste grupo seja a mais improvável.
Num grupo com a Argentina e a Holanda, mais a Costa do Marfim de Didier Drogba, craques à escolha é o que não falta. Na Holanda poderia ter optado por Ruud Van Nistelrooij ou por Philip Cocu. Na Argentina, então, nem se fala: Roman Riquelme, Pablo Aimar, Carlos Tevez, Hernan Crespo, Lionel Messi. A escolha recaiu em Esteban Cambiasso pelo papel que desde o meio-campo, acredito, irá desempenhar na equipa e, quem sabe, guiá-la ao título.



Esteban Matias Cambiasso Deleau nasceu em Buenos Aires, em 18 de Agosto de 1980.
Tem o “apodo” de Cuchu.
A sua primeira paixão foi o basquetebol, mas começou a jogar futebol ainda cedo no Argentinos Juniors, clube dos seus “ídolos” Fernando Redondo e Diego Maradona.
Desde o início da sua carreira de futebolista jogava 2 e 3 anos adiantado em relação à sua categoria jovem.
Mesmo assim, foi com surpresa que com apenas 16 anos, já assíduo nas selecções jovens do seu país mas ainda sem se estrear na I divisão argentina, foi contratado para jogar no Real Madrid. Sem conseguir dizer não à oportunidade de cumprir o sonho de jogar num grande clube europeu, e ainda que tivesse que mudar por completo a sua vida de adolescente, partiu para Madrid juntamente com o seu irmão Nicolas, ambos com o destino da equipa B.
No entanto, quando lá chegou foi de imediato para estágio de pré-temporada com as estrelas da equipa A, entre as quais se encontrava o seu ídolo Redondo, aquele que nessa época inundava as paredes do quarto de Cuchu em posters.
Sem se conseguir impor no colosso Real de Madrid, retornou, por empréstimo e com apenas 18 anos, à Argentina para jogar no Independiente. Nessa altura continuava na equipa B do Real e assistia à estreia na I divisão argentina de quase todos os seus coleguinhas das selecções jovens. O Independiente deu-lhe, assim, a oportunidade de também se estrear na I Argentina.
Jogou 3 épocas no Independiente e no final de cada uma voltava a Madrid para logo voltar a fazer as malas.
Em 2001, voltou a fazer o mesmo trajecto Madrid – Buenos Aires, mas agora para jogar no River Plate.
Entre estas idas e vindas, pelo meio foi campeão mundial de juniores pela Argentina, em 1997, na Malásia, na companhia de nomes como Riquelme e Aimar. Este título ajudou o centrocampista loirinho e com boa pinta a cativar o público adolescente e feminino.
Foi também pelo meio destas passagens transatlânticas que viveu uma das maiores frustações enquanto futebolista, ao participar na eliminação da equipa argentina de futebol do torneio pré-olímpico de 2000. Para Esteban, como amante do desporto em geral, era um objectivo de vida jogar nuns JO, daí que tenha sido com uma dor especial que sentiu a impossibilidade de vir a respresentar a Argentina nos Jogos de Sydney desse ano.
Em 2002 voltou novamente a Madrid mas desta vez para jogar no Real de Madrid A. Estreou-se, finalmente, nesse ano na I divisão espanhola e por lá seguiu durante 2 épocas, sem que tenha jogado com a frequência que desejava.
Daí que em 2004, em final de contrato com os espanhóis, tenha decidido mudar de ares e pousado em Milão para jogar no Inter. O “nosso” Luís Figo faria o mesmo trajecto um ano depois.
No Inter tem sido titular quase absoluto o que, a par do seu velho conhecido José Pekerman (antigo seleccionador das camadas jovens argentinas) ser hoje o seleccionador AA da Argentina, ajudou a que merecesse a convocação para estar presente no mundial da Alemanha.
Será, assim, o seu primeiro mundial nos “grandes” e a ele lhe caberá uma das funções mais importantes no futebol moderno. A do centrocampista faz-tudo. Aquele que tem de defender, recuperar, atacar e ainda ser tecnicista e cumprir a táctica rigorosamente. Não é sem criticas – na Argentina, que não em Itália – que exerce o seu posto. Dizem que é mais atacante e que se esquece de recuperar, mas Cuchu já prometeu que no torneio irá estar mais propenso à recuperação e que será um médio mais tradicional.
Para o mundial que está prestes a começar foi-lhe dada a camisola argentina n.º 5. A mesma que usou Redondo no mundial dos EUA. Para Cuchu o torneio já começou bem.

1 Comments:

  • At 2:53 da tarde, Blogger o monstro said…

    Este grupo é simplesmente fascinante tem as equipas que eu mais gosto, só falta mesmo a Rep.Checa... Tive a ver os planteís e é muito complicado escolher o craque, mas eu acho que o Drogba poderá ser dos jogadores mais influentes do grupo.. por sua vez o riquelme na argentina e o Nistelrooy na selecção laranja.. depois é ver o que o Kezman e os IC's vao fazer.

     

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