As Expectativas
Os resultados dos nosso olímpicos têm ficado longe dos objectivos publicamente traçados.
Diz-se que há que haver ambição.
É certo.
Mas quando se traça como objectivo as 4 / 5 medalhas tem de se ter, pelo menos, o dobro desses atletas como possíveis candidatos a medalhas, já a contar com eventuais dias menos bons dos "nossos" e/ou dias de superação dos "outros".
Terá, talvez, havido algum excesso de ambição por parte de quem colocou a fasquia tão alta.
Sim, porque para um país como o nosso onde a simples pratica do desporto não é encarada como uma actividade séria, quanto mais essencial, não poderemos nunca permitirmo-nos exigir tais metas a um tão alto nível competitivo.
Que fique claro que os portugueses que foram disputar os Jogos Olímpicos não estão lá a competir sozinhos.
E que fique claro, também, que estão lá por mérito próprio - todos foram sujeitos a mínimos de acesso - a competir com os melhores do mundo.
Têm por isso, toda a legitimidade para se defenderem de resultados menos bons que possam ocorrer.
Podiam e deveriam, todavia, manter alguma clarividência na auto-análise das suas prestações e não recorrer a explicações como as que temos ouvido e lido (algo do género: agora já não vou à outra prova e vou antes de férias porque com as africanas não tenho hipótese; de manhã para mim só na caminha; quando vi o estádio cheio bloqueei; estas competições não são para mim; o árbitro roubou-me; eu gosto mais de nadar nua mas não me deixaram... bom, esta última ainda não foi utilizada, será por mim estreada em Londres 2012).
Com justificações destas os atletas não se protegem e com uma comunicação social desportivamente pouco instruída e com menos capacidade ainda de instruir o nosso povo sobre o fenómeno desportivo, ninguém se safa.
Duas sugestõezinhas para tentar começar a mudar as coisas: ginástica e natação como disciplinas obrigatórias logo na 1.ª classe; campanha sensibilizatória junto dos pais para que entendam que ter um 5 a Educação Física tem o mesmo valor que um 5 a Português ou Matemática.
Diz-se que há que haver ambição.
É certo.
Mas quando se traça como objectivo as 4 / 5 medalhas tem de se ter, pelo menos, o dobro desses atletas como possíveis candidatos a medalhas, já a contar com eventuais dias menos bons dos "nossos" e/ou dias de superação dos "outros".
Terá, talvez, havido algum excesso de ambição por parte de quem colocou a fasquia tão alta.
Sim, porque para um país como o nosso onde a simples pratica do desporto não é encarada como uma actividade séria, quanto mais essencial, não poderemos nunca permitirmo-nos exigir tais metas a um tão alto nível competitivo.
Que fique claro que os portugueses que foram disputar os Jogos Olímpicos não estão lá a competir sozinhos.
E que fique claro, também, que estão lá por mérito próprio - todos foram sujeitos a mínimos de acesso - a competir com os melhores do mundo.
Têm por isso, toda a legitimidade para se defenderem de resultados menos bons que possam ocorrer.
Podiam e deveriam, todavia, manter alguma clarividência na auto-análise das suas prestações e não recorrer a explicações como as que temos ouvido e lido (algo do género: agora já não vou à outra prova e vou antes de férias porque com as africanas não tenho hipótese; de manhã para mim só na caminha; quando vi o estádio cheio bloqueei; estas competições não são para mim; o árbitro roubou-me; eu gosto mais de nadar nua mas não me deixaram... bom, esta última ainda não foi utilizada, será por mim estreada em Londres 2012).
Com justificações destas os atletas não se protegem e com uma comunicação social desportivamente pouco instruída e com menos capacidade ainda de instruir o nosso povo sobre o fenómeno desportivo, ninguém se safa.
Duas sugestõezinhas para tentar começar a mudar as coisas: ginástica e natação como disciplinas obrigatórias logo na 1.ª classe; campanha sensibilizatória junto dos pais para que entendam que ter um 5 a Educação Física tem o mesmo valor que um 5 a Português ou Matemática.
posted by Susana @ 12:44 da manhã
1 Comments:
At 11:44 da manhã,
Anónimo said…
Num país onde todos se desculpam dos proprios erros com as desculpas mais esfarrapadas, é bem normal que os atletas, como portugueses que são, sigam o mesmo caminho.
No entanto não deixa de ser interessante que num país onde as pessoas não praticam desporto e muitos nem fazem coisa nenhuma tenham tanto àvontade a criticar o trabalho dos atletas.
E antes de criticar estes desportistas não devemos esquecer por exemplo Fernando Mamede que foi um grande recordista e que nunca nos trouxe uma medalha olípica, facto que não colocou em causa a sua brilhante carreira.
Também não deveremos esquecer as declarações do Presidente do COP que veio pressionar os atletas de uma forma estúpida, tão estupida que deveria ser demitido imediatamente a seguir a ter proferido as barbaridades que proferiu dado que veio pressionar os atletas. E talvez o mau resultado de Naide tenha sido um reflexo disso mesmo.
Saudações Bloguisticas
Raio do Blogue Trovoada Seca em http://Trovoadaseca.blogs.sapo.pt
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