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sábado, dezembro 31, 2005

Sporting - Versão 2005-2006 Parte I

A época 2005-2006 do Sporting, comprova-se agora, foi um modelo de falhanço em termos de planeamento e gestão do plantel.
Sairam os inevitáveis, pela idade, Pedro Barbosa e Rui Jorge, jogadores com mais de uma mão cheia de anos de clube.
Saiu Niculae, uma dúvida / certeza em termos físicos.
Saiu Hugo Viana, jogador com um sálario que não corresponderá ao seu rendimento em campo.
Sairam Mário Sérgio e Hugo, duas nódoas.
Até aqui, tudo certo, dispensas razoavelmente consensuais.
O pior vem agora.
Sairam ainda Enakarhire e, já com a época em curso, Fábio Rochemback.
Se o primeiro rendeu – dizem – um bom dinheiro ao clube, compensando, assim, de alguma forma a saída do melhor central do plantel, já o negócio do segundo foi uma fatalidade. Exagero? Bem sei que Rochemback estava emprestado apenas até ao fim desta época e ganhava rios de dinheiro de salário, situação que tornava bastante improvável a possibilidade de se manter no clube para além de Junho de 2006. Havia por isso que fazer algum dinheiro com a sua saída naquela altura (pensamento puramente monetário, zeramente desportivo). Acontece que... com o dinheiro aqui amealhado “comprou-se” metade de João Alves. E o nosso meio-campo, acusado de jogar só para os lados com Rochemback e companhia, foi-se pura e simplesmente e a culpa nem é de João Alves, porque desse, até ao momento, nada.
De saídas estamos conversados.

Quanto às entradas tivémos João Alves, o tal “até ao momento, nada”, e Wender, o “custa muito correr um pouco”, ambos chegados já com a época em curso. Provavelmente o único ponto que pode abonar algo em seu (deles) favor.
As inexplicáveis situações de Manoel e Edson. O primeiro contratado a custo zero, o que não quer dizer à borla, e o segundo contratado pelo que o Leiria quis pedir. Quanto a Edson, porque de Manoel nunca o vi jogar pelo Sporting, como pode o melhor (único?) defesa-esquerdo do plantel ser corrido após 1 ou 2 jogos pré-lesão?
Os promovidos Nani, André Marques, mais Semedo e Varela. Destes só o primeiro aproveitou – e bem – a oportunidade que lhe foi dada. André Marques, ou é mesmo tímido a jogar (não sobe e encolhe-se quando o adversário “vem para cima dele”) ou então apenas acusou a responsabilidade das várias oportunidades dadas por Paulo Bento. Semedo não se viu porque não o colocaram a jogar. Varela idem.
Deivid veio por muito dinheiro, é verdade que tem marcado uns quantos golos, porém, não chegou ainda para me convencer de que não é um trapalhão que anda para ali.
Sobra, assim, Tonel, a única contratação acertada. O único, talvez a par de Deivid, com condições para pensar em disputar a titularidade (acrescento Joao Alves, sobre quem ainda não perdi a esperança de o ver brilhar pelo Sporting).

Em resumo, o balanço é este: perderam-se 2 titulares de caretas – Enakarhire e Rochemback – mais um muito provável titular face à fraquíssima concorrência – Rui Jorge. Ganhou-se 1 jogador que luta e merece a titularidade – Tonel –, outro que a vem aproveitando – Nani – e outros 2 que têm de lutar muito para a conseguirem – Deivid e João Alves.