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quarta-feira, novembro 16, 2005

Slats

Kelly Slater conquistou o trono de campeão do mundo de surf pela 7.ª vez.
Depois de já ter sido o mais novo campeão do mundo, em 1992, tornou-se agora o mais velho campeão do mundo, em 2005. São quase duas décadas a dominar o surf, se pensarmos que mesmo antes de se tornar profissional, nos finais de 1990, já era respeitado e apontado como o sucessor de Tom Curren.
Não existem assim tantas ocasiões em que estas profecias da “next big thing” se concretizam efectivamente.
Curiosamente, nesse mesmo ano de 1990 Kelly não conseguiu o título de campeão mundial amador. Provavelmente o único que lhe escapou.
Mesmo sem esse troféu, entrou logo a arrebentar. Nas ondas e nos media. Bom menino, bonito e talentoso, teve sempre toda a gente a torcer por ele.
Hoje ninguém duvida de que ele é o maior surfista de todos os tempos, mesmo mantendo-se – e ele mantém – o respeito por todas as grandes lendas do surf mundial.

Voltando um pouco atrás na história, Robert Kelly Slater nasceu em 11 de Fevereiro de 1972 e diz que não se consegue lembrar da sua primeira onda, em Cocoa Beach, Flórida, sua terra natal, de tão novo que o seu pai o colocou em cima de uma prancha.
Apesar de ter nascido numa região bafejada com ondas pequenas na maior parte do ano e não tão consistente como a costa da Califórnia, meca do surf americano e onde estão instalados os media – revistas e fotógrafos -, o facto é que Kelly domina todas as condições de surf e venceu mesmo por 5 vezes em Pipeline, Hawaii, o templo das ondas do big surf.
Em 1990, antes mesmo de se tornar profissional, já Kelly aparecia nas revistas americanas, tinha um bom patrocínio que não tem parado de aumentar em dólares e que ainda mantém (Quiksilver), e já era indicado nas listas dos melhores surfistas do ano para as revistas de surf.
Por falar em indicações de revistas, em 1991 foi incluído na lista das 50 pessoas mais bonitas do mundo pela revista People (o facto estranho aqui é que não continue a constar dessa lista ano após ano. Mesmo tendo ficado carequinha continua a merecê-lo).
Desfilou para a Versace e actuou em alguns episódios da série de TV Baywatch, em 1992 e 1993, como Jimmy, nas únicas situações em que se pode considerar decente ter-se visto a dita série. Foi por esta altura que conheceu Pamela Anderson. Com idas e vindas namoraram algum tempo. Agora corre o boato de que Kelly foi um dos pivôs da separação entre Gisele Bundchen e Leonardo di Caprio. E não foi por se ter metido com este último. Pamela e Gisele, nomes a invejar. Tal como o nome (que desconheço) da mãe da filha de 8 anos de Kelly.

Depois de ganhar o tour mundial em 1992, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998 (5 seguidos), resolveu dar um tempo na monotonia de ganhar sempre. Como, entretanto, a política da ASP (Association of Surfing Professionals) tinha mudado em relação aos locais onde se disputariam as competições, incluindo no tour os lugares mais lindos do planeta e com ondas de sonho, Kelly resolveu voltar em 2002 disposto não apenas a passear pelos inevitáveis Austrália e Hawaii, mas também Tahiti, Fiji, Ilhas Reunião, Cidade do Cabo, Mundaka (onda entretanto desaparecida, ao que parece por obra e graça do Homem).
Em 2003, num ano frustante, ganhou 4 provas do tour mas não chegou para ganhar o 7.º título, perdido mesmo na última etapa. Agora havia que dividir as ondas e os pódios com Andy Irons, finalmente um surfista que lhe fizesse frente. Talvez por isso tenha baixado em 2004. E talvez por isso tenha entrado em 2005 disposto a vencer novamente. Até agora, e quando falta disputar a última etapa no Hawaii, ganhou 4 (nas idílicas ondas do Tahiti, Fiji e J-Bay na Cidade do Cabo, e em “casa”, na Califórnia).

Escrevo ao som da sua música, tocada na banda “The Surfers” com os amigos surfistas Rob Machado e Peter King, lembrando aquela tarde de 1997 em que o vi surfar na Praia Grande. Ondas pequenas que, não fosse Kelly a surfá-las, ninguém presente naquele momento na praia se daria ao trabalho de olhar para aquele mar. Mas como era o Deus Kelly, magotes de pessoal na praia a vibrar com as fracas condições que eram proporcionadas ao Rei, putos atrás dele só para ter o prazer de o tocar, ou apenas tocar na sua prancha mágica shapeada por Al Merrick. Eram tempos do Portugal Radical e as meninas da SIC lá estavam para entrevistar o surfista da moda. Quanto às outras meninas... isso dependia da sua ousadia, sendo que a minha não foi além de tirar umas fotos a alguns metros de distância.

Quanto ao seu futuro no surf profissional, agora que já vai nos 33 anos, diz que ainda irá decidir no começo do próximo ano. O certo é que, mesmo para além das provas que entenda disputar, continuará a surfar pelas melhores ondas do planeta, por prazer, e a contar com a Quiksilver e mais não sei quantos patrocinadores para o sustentar. E terá mais tempo para o golfe, um dos seus hobbies preferidos.
A única certeza é que, depois de o ver, ninguém mais fica a pensar que Kelly é nome de menina.

1 Comments:

  • At 8:23 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Cara, o Kelly SURFA MTOOOOOOOOOO! Além se ser lindão né? Fala sério... ahuhauhauha
    Bjão pra gerall =***

    Quem tiver orkut, add minhas comus aí... do Kelly Slater e dos irmãos super gatíssimos Irons! =D

    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=6878552

    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=8252170

    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=10847865

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