O Sargentão

Gosto do Arpoador e do Leblon. Do Leme e de Copacabana. Da Lagoa Rodrigo de Freitas e do Corcovado. Da Baia de Guanabara e do Pão de Açucar. Da Prainha. Da Ilha Grande e de Parati. Gosto das praias do nordeste. Dos canais do Recife e da Boa Viagem. De Olinda e de Maracaipe. Do Morro do Careca. Do Forró do Pirata e da Praia do Futuro. Da emoção do buggy no lindo Cumbuco. Da Bahia de Jorge Amado e de João Ubaldo Ribeiro, de Caetano e de Gil. Gosto da música poética de Vinicius e de Tom. De Cartola. Do Legião Urbana e do Barão Vermelho. De Zélia Duncan e de Marisa Monte.
Gosto do cinema de Glauber Rocha e de Walter Salles. De Arnaldo Jabor e de Nélson
Rodrigues. De Regina Duarte e de Paulo Autran. Gosto do futebol do Flamengo e do samba da Mangueira. Gosto do entardecer das praias cariocas, com as peladas, com o futivolei e com o frescobol. Gosto do churrasco.
Gosto do Brasil.
Não gosto do seleccionador de Portugal.

"São quatro ou cinco intelectuais. Aqui, quando eu falo em bandeira, em pátria, em nacionalismo, é porque sou pregador. Na verdade, isso é preconceito contra brasileiro. Eles têm bronca, raiva e inveja dos brasileiros. [...] Um diz que é cineasta. O outro, o pai dele foi um grande escritor. O pai, né, porque ele é uma bosta. Um terceiro recebeu uma herança do tio e ficou rico. E tem uma mulher famosa aqui que diz ser a Marília Gabriela de Portugal. Só. Não entendem nada. Criticam-me porque coloquei a selecção a treinar a uma temperatura de 27 graus. Nós treinámos às cinco e meia da tarde, quando estão 23 graus. Quando formos jogar na Alemanha, com 15 graus, os jogadores vão estar voando. [...] Quando saio à rua é uma loucura. As pessoas vêm falar comigo e aplaudem. Penso que 99,9% dos adeptos me aprovam em Portugal."
Luiz Felipe Scolari ao jornal "Zero Hora", de Porto Alegre.