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domingo, agosto 21, 2005

1.ª Jornada - Sporting 2X1 Belenenses

A equipa do Sporting:
Ricardo;
Rogério (Miguel Garcia), Beto, Tonel, Tello;
Rochemback (Luís Loureiro), João Moutinho, Sá Pinto, Douala;
Liedson, Deivid (Varela)
(golos: 38´ Rogério, 58´ Pinheiro, 63´ Deivid)

Vitória justa do Sporting mas, sem cair em contradição, bem se pode dizer que a sorte do jogo nos acompanhou. Se não, vejamos os dois momentos decisivos:
- Tonel (estreante na equipa do Sporting), logo aos 24 minutos, faz uma fífia e deixa que o adversário fique isolado face a Ricardo. Primeiro falhou o puxão do belenense e, assim, evitou o vermelho directo, depois viu o "amigo" chutar desastrosamente por cima da baliza. Ufa I
- Ricardo faz frango do outro planeta, o que deu o empate ao Belenenses, mas o Sporting marca logo 5m depois. Ufa II

Na verdade, o primeiro jogo é por todos considerado muito importante, os jogadores estarão mais nervosos, os adeptos idem (ainda que os de Alvalade passem o ano todo num estado de tensão de outro planeta), enfim, é para ganhar e mais nada. Foi isso o que o Sporting fez e por isso a missão foi cumprida em absoluto.
Tonel teve aquele lapso que poderia ter sido demolidor mas, sinceramente, trouxe sorte (Hugo e Polga fazem muitas dessas com a diferença de terem o azar de as suas fífias darem em golo). Para além dessa jogada até se mostrou tranquilo. Eu apostaria nele para os próximos jogos. Tello não esteve tão mau como no jogo anterior mas mesmo assim não há pachorra para a sua lentidão e desacerto no passe e cobertura do flanco (são coisas a mais). Douala simplesmente não jogou, a não ser no momento em que centrou para o golo do Deivid. Este não mostrou que o Sporting deva jogar com dois pontas de lança, pelo menos se for ele o companheiro de Liedson. Quanto a Rochemback, mesmo sem ter feito um jogão de encher o olho, quando foi substituido a equipa andou aos papéis. Uma palavra para João Moutinho, que jogando no meio mexe de facto com a equipa, e para Sá Pinto, sempre disposto a levar o jogo para a frente.

Ricardo leva um parágrafo só para ele: como não gosto nem nunca gostei dele, e terá que mudar não só o seu jogo como também a sua personalidade para que venha a gostar dele no futuro, não senti qualquer incómodo com os assobios que lhe foram dedicados. Infelizmente não sei assobiar. Mas sei que manda a justiça que quando um jogador falha constantemente se dê, pelo menos, a oportunidade a que os seus suplentes mostrem o que valem (que também, diga-se, não será muito mais - mas... plantel é plantel). João Moutinho afirmou a este propósito que Ricardo não merece os assobios, mas antes palminhas, porque já deu muito ao Sporting. É mesmo? Não estou a ver bem o quê. Em compensação existem muitos pontos que já deu a outros clubes nas 2 épocas completas que leva no clube (inclusivamente 3 pontos no jogo do título passado). O que é certo é que um jogador que entende não ter de justificar o seu trabalho aos leigos e, em consequência, não assume os seus erros, tem pelo menos de mostrar estaleca para dar a volta por cima. Ora, o que se viu ontem após o frango foi um ser cabisbaixo com vontade de se enfiar num buraco e sem ponta de incentivo para os colegas. Pelo contrário, Deivid foi, no mínimo, um amigão ao fazer questão de ir ter com ele e dedicar-lhe o golo, que viria a ser o da vitória. Mesmo assim, não dá para esquecer.