Futebol é Para Meninas

O Blogue de Todos os Desportos

segunda-feira, março 27, 2006

28.ª Jornada - Sporting 2X0 Penafiel

Golões de Nani e João Alves.
Depois da mini maratona veio um febrão. Resultado: ficar em casa a ver o jogo pela Sportv.
Duplo azar! Gripe e aturar os comentários dos fulaninhos da tv codificada. Porque é que o Sporting tem de estar a ganhar por 2x0 e continuar a ir para cima do adversário, quando se sabe que há 4 dias tinha jogado 120m e para a semana tem mais um jogo absolutamente decisivo na luta pelo título?
Óbvio que dá vontade de berrar ao Paulo Bento quando tem comentários idiotas daquele género de "espectáculo é no cinema". Óbvio também que a 2.ª parte de ontem foi para dormir. Mas tal não invalida que o Sporting possa fazer o jogo que mais lhe convém num determinado momento.
Em resumo: o jogo valeu pelos 2 grandes golos, o Penafiel não criou nenhuma ocasião de golo e com isso mostra a justeza de ter sido a 1.ª equipa a ir de carrinho para a II Liga.

Atravessar a Ponte

Para a meia maratona, mini maratona ou apenas uns passinhos na Ponte 25 de Abril, este ano compareceram cerca de 35 000 pessoas. O tempo ajudou. E ajuda também ser a única possibilidade de se poder passar a ponte sem se estar instalado num carro. E mais ajuda ainda o convívio e ambiente descontraído e saudável à beira rio.
Foi a minha primeira mini e o resultado foi fantástico: cheguei ao mesmo tempo do Paul Tergat!

quinta-feira, março 23, 2006

Para o Ano Há Mais Taça


Competência, Correcção e Corajem - o único momento da noite onde se viu estas 3 qualidades no sr de amarelo.

1 penálti por marcar, por mão de Pepe.
1 expulsão por determinar, por 2.º amarelo a Bosingwa (vê-lo ia mais tarde, injustamente e claramente por compensação).
1 (entre muitos) fora de jogo por marcar, a McCarthy na jogada mais perigosa do Porto em todo o jogo.
1 expulsão errada que acabou por decidir o jogo, Caneira a acalmar o provocador Meireles (o Porto já tem o seu João Pereira!) levou o 2.º amarelo (o árbitro parece que já veio dizer que se soubesse que o rapaz tinha amarelo não o teria mostrado!), e foi pela banda onde estaria o nosso jogador que Quaresma conseguiu fazer o único cruzamento de jeito em todo o jogo.
Jorge Coroado, "O Árbitro de Todos Nós", agora comentador, ainda veio falar em mais 2 expulsões perdoadas aos tripeiros (Cech, por cotovelada a João Moutinho, e Raul Meireles, o desencadeador dos distúrbios da noite).

O optimista nato procura sempre o ponto positivo mesmo onde ele parece não existir. Da noite frustrante, azarada e triste de ontem, que levou ao afastamento - nos penáltis - do Sporting da final da Taça de Portugal, retiro dois:
- escuso de ir para a bicha o dia todo para comprar bilhete para a final da taça (o dia, sim, porque me recuso a passar a noite à frente de um centro comercial que não dá dinheiro);
- depois da forma como o Sporting jogou no Dragoum, a nossa equipa só pode entrar moralizada quando recebermos os tripeiros daqui a 3 jogos no nosso estádio (bem sei que os 2 anteriores têm de ser ganhos ou, pelo menos, têm de ter um resultado equivalente ao que o Porto fizer nos seus 2 jogos).

Quando ao João Moutinho, um dos melhores em campo no jogo de ontem, apesar de ter falhado o penálti decisivo, recordo apenas o seguinte: Miguel Garcia também o falhou o ano passado numa eliminatória na Luz e meses mais tarde estava a marcar o golo mais épico de que tenho memória e que nos levou à final da Taça Uefa. Para Moutinho não serão precisos meses para marcar o golo que nos dará o campeonato. Basta 1 mês.

quarta-feira, março 22, 2006

A Administração

Faço parte de uma grande maioria de sportinguistas que não se viu representada na Assembleia Geral do SCP da passada semana. Para dizer a verdade, apesar de sócia há cerca de 14 anos, sempre com as quotas em dia (incluindo pagamento da mítica quota extraordinária), nunca coloquei os pés numa assembleia. Essa vontade apenas surgiu a semana passada. Mas não fui lá... Não existia então a necessidade imperiosa de ver esclarecidas as milhentas dúvidas? Existia, mas...
Feita esta primeira apresentação do meu engajamento na vida extra-desportiva do meu clube, sigo então por dizer que a falta de representação que sugeria na primeira linha deste post diz respeito ao resultado da assembleia: 64,54% a favor da venda do património imobiliário não desportivo; 35,46% contra essa venda. Então e não se pode pedir um desconto de tempo para pensar? Não se pode exigir que nos expliquem claramente como chegámos até aqui?
Somos mesmo obrigados a concluir desta história o paralelismo existente entre a situação do país e a situação do Sporting. Foram pedidos sacrifícios, disse-se que se ia apertar o cinto para colher frutos no futuro, fez-se o discurso da moralização e da moralidade. No Sporting deu-se ares de superioridade e fez-se passar a ideia de que seria o único cumpridor das suas continhas, em prejuízo do reforço da equipa de futebolistas e respectivos ordenados. Nem Portugal – Governo chegou a tanta desfaçatez com o discurso da seriedade e da superioridade.
Tudo certo até aqui. O rigor nas contas para construir o futuro.
Entregue o clube à banca, que lhe rouba em juros 1 Abel por mês, querem agora ver-se livres da dita banca que os ajudou a instalarem-se durante estes anos todos.
Venda-se o health club e a clínica da CUF, provavelmente os únicos equipamentos deste género em Portugal que não dão lucro. Venda-se o edifício administrativo, prescinda-se de manter os seus inúmeros escritórios arrendados, que isto das rendas não dá nada. Venda-se o Alvaláxia, que já se tentou de tudo para o rentabilizar e agora ainda vem para aqui uma urbanização mesmo ao lado que nos vai engolir com habitantes.
Vendam-se todos estes equipamentos sem nos apresentarem quais os prejuízos que dão presentemente e sem previsões de quais poderão vir a ser os seus lucros quando toda a zona estiver consolidada. Vendam-se para abater uma década de juros à banca. E depois, pondere-se a venda do Estádio e do Centro de Alcochete e chame-se novamente o Dr Roquette, descendente do Sr. Visconde, para nos falar do grande projecto Roquette.

A Mão Dele

Maradona não se cansa de ganhar à conta dos ingleses. Agora cobrou-lhes 87000 dólares por uma entrevista, no caso à BBC.
Gary Lineker, rival de tempos idos, que também marcou no célebre jogo dos 4.ºs de final do México 86, fez o papel de entrevistador e perguntou-lhe, ainda à cerca de um dos dois golos mais comentados de toda a história, se tinha sido a “mão de Deus”. Maradona agora respondeu de forma diferente: “Não, foi minha” e acrescentou que “não foi batota”, que foi antes "inteligência e habilidade".
Acerca do outro golo mais comentado de sempre, o slalom del pibe, Maradona disse que “uma das coisas que me facilitou o trabalho foi o facto de o jogador inglês ser mais nobre que o sul-americano”, que estes o teriam “deitado abaixo antes”. Lineker, face a toda esta simplicidade e humildade fora de horas apenas lhe lembrou que os ingleses o quiseram derrubar mas não conseguiram.
Humildade súbita ou agrado a quem lhe paga?

terça-feira, março 21, 2006

27.ª Jornada - Leiria 0X1 Sporting


Mais um jogo a vencer. Mais um jogo a convencer que esta equipa é mesmo sólida e resistente.
Apanhada a ganhar, com um golo marcado de qualquer forma (hoje não foi por obra e graça do espirito santo, mas pelo talento de Nani e ajuda de ressalto da bola no adversário), impõe-se autoritária no controlo de jogo.
Quem diria que esta defesa é a mesma que começou o campeonato? Na verdade não é. Entrou Abel e Caneira (que por lesão não jogou este jogo), e entrou Tonel que à partida era carta fora do baralho. Até Polga começou a fazer papel de defesa central e deixou de fazer inúmeras assistências para os adversários. E Beto? Quem se lembra do ex-capitão?

domingo, março 19, 2006

Cromos

As colecções dos cromos sempre me viciaram. A culpa foi dos papas que se lebravam de fazer as colecções de quase tudo o que havia - lembro de uma de notas do mundo, de casas do mundo, de animaizinhos, de séries de tv que estavam na berra e, claro, dos craques da bola. Isto nos anos 80´. Quando os anos 90´ chegaram fiquei com uma súbita vergonha de confessar que tinha vontade de coleccionar o Leonardo, Bebeto, Batistuta, Klinsmann, etc e tal. Pelos anos 2000´ acrescento à vergonha a falta de idade para tal (se é que esta desculpa da idade vale para coisa alguma).

A verdade é que os cromos da bola, ao permitirem que conheçamos as carinhas larocas, ou não tão larocas assim, dos jogadores, fazem-nos admirar um determinado jogador sem que nunca o tenhamos visto jogar. O cromo do Maldini começou por ser lindo antes mesmo de ser bom de bola. O do Caliguri era lindo mas nunca tive oportunidade de confirmar se era bom de bola. O do Valderrama era... como qualificá-lo? Mas jogava o contrário da sua "qualificação". Já o do Beto Acosta... que grata revelação no relvado de Alvalade, depois de anos a fio com a sua imagem do cromo na memória!
No entanto, o mais exemplar do que acabo de escrever é o caso do Álvaro. Alváro, apenas. O rucinho era o mais bonito dos cromos e na altura pouco importava se equipava de encarnado ou não, se tinha 6 dedos ou não, se conseguia dizer 2 palavras seguidas em bom português ou não. O cromo era lindo. Ainda há poucas semanas o cromo do Álvaro dos anos 80´, a preto e branco e tudo, que um jornal fez por "republicar", pairava sobre a secretária do serviço. Mesmo tendo presente que o Álvaro é hoje o Álvaro Magalhães, nem olhei para o lado e lancei-lhe logo as mãos, ansiosa por chegar a casa e mostrar a cumplicidade de garota à mana. O comentário das duas foi igualmente cúmplice: como pudémos achar-lhe graça?, sem reparar que cromo e pessoa / jogador não representam exactamente o mesmo.

Vem isto a propósito de uma publicação que ou já está no mercado ou em breve aí entrará. Football Heroes é um albúm com ilustrações de 60 selecções nacionais dos vários campeonatos do mundo já realizados. Das mais importantes equipas que lá jogaram até àquelas que o irão fazer no mundial deste ano. As ilustrações são verdadeiras obras de arte, realizadas por artistas que recriaram as figuras do futebol à sua especial visão.

Se os da selecção de Portugal são facilmente reconhecíveis


Já o mesmo não se poderá dizer dos da selecção da Argentina (cuidado, que eles de bébes têm apenas a figura)


A de Zlatan Ibrahimovic está bem artística


E a de Rudi Voller hilariante


A de Michael Ballack parece real


E a de Thiery Henry parece mais o David Trezeguet.

Mas todas elas me deixaram com uma certeza: quando é que este livro vem para venda? Eu quero garantir o meu!

segunda-feira, março 13, 2006

26.ª Jornada - Sporting 1X0 Boavista

«
- Que miséria!
- (encolher de ombros) O que interessa agora até final do campeonato é ir ganhando os jogos.
»
Golo de Tonel (novamente de calcanhar) na primeira oportunidade criada pelo Sporting. Penálti falhado por Sá Pinto (novamente). Entre as duas situações, algumas ocasiões de golo falhadas pelo Sporting, poucas ou nenhuma criadas pelo Boavista. Mas nem assim se pode considerar que o jogo de sábado foi descansado. Viveu-se o habitual stress no final dos jogos onde entram as camisolas do leão.
E quanto ao espectáculo, o melhor é seguir o conselho de Paulo Bento: ir ao cinema.

quarta-feira, março 08, 2006

A Solução

A única solução para se passar uma noite decente é:
- nunca por nunca sair à rua para evitar as buzinas;
- fazer uso dos vidros duplos;
- desligar tv;
- desligar rádio;
- enfiar-se bem debaixo dos lençóis, edredons, cobertores, colchas e mais o que houver para não ouvir vizinhos.

Homenagem no Dia Mundial das Meninas


Cumprimentos de River Plate

O Jogo da Semana

O jogo mais falado da semana, o Barcelona X Chelsea, deu nisto
Afinal o rapaz tem outros hobbies para além da tradução

Desta vez Messi não teve tempo para que lhe voltassem a abrir as feridas ainda não cicatrizadas.

Se o único que nos faz aturar o Chelsea fica feliz por poder trocar a camisola com Ronaldinho, então não sinto tantos remorsos por ter adorado o chute que os abramoviches levaram.

terça-feira, março 07, 2006

O Visionário

Co Adriaanse foi o primeiro a avisar.
Afinal não foi uma manobra furada de pressionar o pequenito. O ano passado, em vésperas de jogar contra o Sporting, afirmou que João Moutinho era um excelente jogador porque marcava muitos golos.
Detalhe: Moutinho ainda não tinha marcado nem um golito.
Esta época já marcou 4 e ontem Koke tirou-lhe mais um mesmo sobre a linha.

25.ª Jornada - Sporting 2X0 Gil Vicente

O comentário ao jogo de domingo à noite será como a prestação do Sporting: justa vitória em esforço qb.
Então lá vai.
Ocasiões de perigo criadas pelos galitos de Barcelos: 0 (zero).
Dinâmica de jogo do Sporting: pouco mais do que 0 (zero).
O que me irrita neste Sporting é aquilo que aqueles que não podem nem nunca puderam com José Peseiro não gostam de ouvir - esta equipa joga como se o futebol fosse uma actuação em que os golos acabam por cair do céu num prazo de 90 minutos. E a verdade é que, visto exclusivamente por esse prisma - o da objectividade e da mera vitória - tudo tem corrido bem.
Como só consegui comemorar dois campeonatos e o último já foi há uns anitos, ando com saudades.
Viva a vitória! Vivam os resultados!

sexta-feira, março 03, 2006

O Grená

Na 4.ª feira passada, frente à Arábia Saudita, foi estreado o novo equipamento da selecção nacional.
Os mais distraídos poderão pensar que é a Albania, a Bélgica, o País de Gales, o Luxemburgo, ou outro qualquer com equipamento do género, que está a jogar. Ideia rapidamente desfeita quando vislumbrarem os dribles estonteantes dos nossos exclusivos tecnicistas lusos jogadores.
Temos, assim, umas meias encarnadas, uns calções encarnados e uma camisola encarnada. A bem dizer, tudo a atirar mais para o grená. E umas tímidas risquinhas verdes no topo das meias e da golinha da camisola.
Esta nova adaptação / recriação das nossas cores vem ao encontro das vozes cada vez mais recorrentes na defesa da “vergonha” que são as cores da nossa bandeira. Que o verde não joga com o vermelho, dizem. Que não podemos andar na rua com estas cores juntas sem que nos acusem de andar a passear a bandeira, atiram. Que deviamos era voltar ao azul e branco tradicional das nossas imensas e gloriosas conquistas do passado, reclamam.
Valha a verdade, estou-me nas tintas para a nossa bandeira, o nosso hino, a nossa pátria. A maior parte dos dias gosto do meu país e pronto. Alguns dias não gosto nada do meu país, mas não tenho vergonha de Portugal. Nem das cores de Portugal. Ao contrário, parece, daqueles que desenharam o equipamento da Nike para o Cristiano Ronaldo e Cia.
Viva, então, o GRENÁ!

quarta-feira, março 01, 2006

Para Dizer a Verdade

Na verdade, mais do que ver Quaresma com esta camisola



queria mesmo era revê-lo com esta.

A Gratidão no Futebol

A propósito da situação de Costinha, relativamente à qual sei apenas que foi suspenso pelo seu clube (porquê?) e dificilmente conseguirá jogar até ao Mundial (a não ser, ao que parece, em clubes escandinavos ou sul-americanos), Felipe Scolari afirmou que, mesmo assim, irá convocá-lo para aquela competição. A justificação:
«O Costinha ajudou-me muito durante o Euro2004, sobretudo na comunicação com os jogadores mais jovens, e nós, na selecção, admiramo-lo muito».
Será agora a sua vez de retribuir, chamando-o ao grupo em qualquer situação (mesmo coxo?).
É bonito ver que afinal existe gratidão no futebol.
Cá para mim, gostaria que a dita gratidão se materializasse antes na chamada do “Mustang”, “Harry Potter”, “Ciganito” ou, simplesmente, “Quaresmita”, um daqueles que nos fazem ter prazer de ir aos estádios.
Assim, resta-nos esperar que Portugal tenha, no jogo de hoje com a Arábia Saudita, a sorte de ver Quaresma cavalgar a teimosia de Scolari.
Adeusinho FêCêPê, sou o único que bou à seleçoun!