Futebol é Para Meninas

O Blogue de Todos os Desportos

segunda-feira, julho 25, 2005

КАВЕНАГИ Фернандо

A Rússia, para onde se mudou recentemente uma expressiva comunidade de jogadores portugueses, é o maior país da Europa. Talvez por isso, cabem lá muitos, se preciso fôr ainda mais jogadores portugueses, treinadores, quem sabe até dirigentes?
O ano passado, Moscovo havia visto chegar alguns jogadores argentinos considerados jovens-promessas, casos de Fernando Cavenaghi, Osmar Ferreyra, Daniel Montenegro (este parece que está já de volta à sua terra natal), etc.
Para agora, o que interessa é Fernando Cavenaghi, também conhecido por “Torito” na Argentina, e agora conhecido por Фернандо КАВЕНАГИ na Rússia. Estreou-se com apenas 17 anos no River Plate, onde deu nas vistas pelo grande número de golos que foi marcando. A sua fama de matador fez, ao que se disse, despertar o interesse da Juventus e, oh sonho supremo!!!, os jornais portugueses até falaram no interesse do Sporting. Pois, tanta coisa, tanta coisa, o rapazito que até já se tinha estreado pela selecção Argentina, foi parar a Moscovo.
Buenos Aires é mais distante de Lisboa do que Moscovo mas... eu quero notícias de Cavenaghi! Com o espanhol aguento-me bem, mas com o russo e o seu alfabeto cirílico é o desespero total. Eu nem consigo saber com certeza se é mesmo o seu nome nas costas da camisola do Spartak. Quando é que se lembram de ir lá resgatar o rapaz? Algum clube que ajude, italiano, espanhol, inglês, francês ou até alemão.

Livestrong


7

terça-feira, julho 19, 2005

Os Jornais Andam Tristes

Não tendo ainda conseguido escrever nada sobre o Sporting, pelo menos até entender quem fica, quem vai e quem vem, sem contar com as idas dos senhores da SAD, observo, no entanto, com carinho a tristeza que os nossos jornais desportivos vivem. Lamentavelmente, não lhes foi possível, por enquanto, levar o Liedson do Sporting e trazer o Tomasson para o Benfica. Pior: a não vinda do Tomasson implicou a não ida do Liedson. Oh, dor suprema! Logo quando as mãos já estavam vermelhinhas de tanto as esfregarem por já terem um ponta de lança à maneira e o vizinho ficar sem o seu.
Infelizmente, com o cancelamento da transferência do Tomasson (que assim pode continuar a ser o meu dinamarquês preferido), o qual nos garantiam ter como sonho jogar no colosso também designado por "glorioso", fiquei sem saber como este iria pagar o rapaz e ao rapaz. Sim, porque o loirinho iria receber o mesmo que recebia no AcMilan, cerca de 35 a 40 mil contos, dizem-nos, com a ajuda deste clube. Porquê? Qual o interesse de vender um jogador e ficar a pagar-lhe parte do ordenado? E com que dinheiro seria pago o passe?
A conclusão, de facto, não pode ser outra senão o objectivo de vender papel.
Mais ridículo ainda só o facto de se querer saber o porquê de Tomasson ter "trocado" o Benfica pelo Estugarda. Não parecerá claro? $$$ e estatuto do campeonato.

Golfinhos

Nos últimos dias, destaque para a prestação dos juniores portugueses nos europeus da natação: 8 subidas ao pódio, duas delas ao mais alto lugar, com – mais importante do que tudo – essas medalhas a serem repartidas por 4 nadadores diferentes. Ou seja, não há apenas uma “esperança” sobre quem irão recair os olhinhos tão sedentos de sucesso da nossa natação. Pode ser que assim possam crescer todos sem tanta pressão de carregarem sozinhos os sonhos do sucesso.
Entre estes há que colocar em primeiro plano Diana Gomes, campeã nos 100 e 200 bruços, já conhecida do público mais atento por se ter tornado da noite para o dia na mascote dos media que cobriram os últimos Jogos Olímpicos de Atenas.
Igualmente, Tiago Venâncio, repetindo o 3.º lugar do ano passado na prova mais disputada da natação: os 100 livres (mais um 2.º lugar nos 200 e outro 3.º nos 50). Não sei se recebeu novamente a medalha a chorar de raiva por não ter sido 1.º, mas certamente tem dentro de casa um pai que com a experiência adquirida como jogador e capitão do mais bonito clube português poderá ajudá-lo a controlar energias negativas, focando-se no que é essencial, continuando a treinar para melhorar os seus tempos e brilhar nos absolutos.
Depois, talvez, duas surpresas: Pedro Oliveira, 2.º nos 200 costas (e um 4.º lugar nos 200 mariposa), e Carlos Almeida, ainda júnior de primeiro ano, tal como Tiago e Diana no ano passado, com um 3.º lugar nos 200 estilos.
Foi a melhor participação de sempre da natação portuguesa em provas internacionais e, o mais interessante, todos estes nadadores vêm de clubes desconhecidos do grande público, mesmo daquele habituado ao desporto em geral, a saber: Associação dos Bombeiros Voluntários do Estoril, Clube Naval Setubalense, Clube Natação de Rio Maior e Clube Natação da Amadora. Pois... A contrução dos estádios de futebol do FCPorto e do SLBenfica acabou com as suas piscinas. Agora, vai-se lentamente tentando voltar à tona da água. O Sporting dispõe agora de novas piscinas próprias, deixando de se passear pelas piscinas de Lisboa. O Benfica voltou igualmente há pouco a ter as suas piscinas e o Porto, muito sinceramente, da última vez que ouvi falar tinha visto grande parte dos seus nadadores a ir bater à porta dos clubes vizinhos para poderem nadar. Não esquecer que é este o clube que ostenta ainda hoje com orgulho um catrapázio na sua casa de Lisboa, na Av. da República, com a referência ao seu título na natação no ano em que a Maria Cachucha também o ganhou. Sem ironias, é de lamentar o tratamento dado pelo presidente do FCP a um dos clubes que mais tem dominado a natação portuguesa.
Mas voltando aos sucessos, e para que conste, o campeonato do nosso contentamento foi em Budapeste, Hungria. No domingo começam os campeonatos mundiais absolutos em Montreal, Canadá. Escrevendo de forma realista – para onde as medalhas portuguesas não serão chamadas, salvo milagre, o que, como se sabe, não existe – serão de se esperar finais?

terça-feira, julho 12, 2005

JO

Como é óbvio, um dos acontecimentos mais relevantes dos últimos dias foi a atribuição dos Jogos Olímpicos de 2012 à cidade de Londres. Ainda mal refeitos dos JO do ano passado em Atenas, em acelerada preparação para os de Pequim em 2008, o COI não nos fez esperar muito para sabermos que Londres seria a vencedora do maior evento desportivo do universo. Surpreendente? Talvez sim.
Paris parecia levar vantagem, pelos apoios recolhidos, pelo empenhamento dos poderes públicos, por toda a cidade se via publicidade de apoio à candidatura sob o signo de "L´Amour des Jeux". Na impossibilidade de Paris vir a realizar os JO nos anos mais próximos, ficam porém aquelas imagens belíssimas que transformaram, no mês passado, os Champs Elysées num mini estádio olímpico, com a recriação dos vários desportos do evento.
De Madrid, por seu lado, dizia-se que tinha o maior apoio entre os seus habitantes, o que não foi, no entanto, suficiente. Em termos pessoais esta seria a melhor escolha e as meras 6 horas de distância de carro desde Lisboa não permitiriam qualquer desculpa para não dar lá um saltinho (a propósito, como pude deixar escapar os JO de Barcelona92?)
De Londres dizia-se precisamente o contrário: de que os seus habitantes estavam desligados do fenómeno, indiferentes ou mesmo contra esta prioridade. Nos últimos dias o forcing resultou, ou o lobby, melhor dizendo, com o primeiro ministro britânico a empenhar-se pessoalmente (tal como, aliás, os governantes dos países das cidades candidatas). Parece que terá pesado o facto de Londres ser de certa forma um símbolo do espirito olímpico, pelo multiculturalismo e cosmopolitanismo da cidade, e também pelo facto de se ter mostrado disponível para aceitar a organização dos JO em duas ocasiões anteriormente particularmente difíceis (1908 e 1948).
Para aqueles que entendem que existe mais do que fazer do que organizar uns JO, e sem discutir prioridades que sem dúvida estarão à frente deste evento, não se pode questionar a mais valia que esta realidade traz para uma cidade, nomeadamente a nível urbanístico. Ainda que possam existir casos de insucesso na organização de JO, como parece que foi o caso de Atlanta96, ninguém esquece o que os JO de Barcelona, em 1992, representaram para a cidade, com a reconversão de toda uma zona que é hoje um ex-libris da capital catalã. Aliás, só a simples candidatura já possibilita uma série de benefícios, quanto mais não seja o acto de pensar e de planear a cidade, não só em termos de equipamentos desportivos, como também de todas as infra-estruturas necessárias a um correcto ordenamento da cidade.
Por isso, e apesar de não conseguir conter um sorriso sempre que umas alminhas lançam para o ar a ideia de uma candidatura de Lisboa, porque não? Quanto mais não seja para se chegar à conclusão de que se construiram por volta de 2002 dois estádios na capital que não serviriam para mais do que acolher provas de futebol em JO - isto se esta modalidade menor em termos olímpicos conseguir resistir muito mais anos.
Daí a pergunta: se tivéssemos pensado a longo prazo e com objectivos desportivos bem definidos, seria possível que nos dias de hoje Lisboa carecesse ainda de tantos equipamentos desportivos?
(exemplos telegráficos: estádio com pista de atletismo, pista de atletismo coberta sem ser encaixotada num qualquer armazém da capital, velódromo, pista de remo... E pensar que o Pavilhão Atlântico só deu às caras há recentíssimos 6 anos e tem vindo a tentar disfarçar as inúmeras carências...).

domingo, julho 10, 2005

Será?

Já aqui se falou num dos mais lindos jogadores que passaram pelo nosso futebol, por acaso no clube do lado errado da 2.ª circular.
Será que vi bem? Será que era mesmo o Stefan Schwarz a pedalar pelas bandas de Cascais - Guincho?
Se sim, há dias de sorte!

Cacholadas


Depois de uns mergulhos pelas ondas do nosso mar, enfim, de volta aos mergulhos nas lides desportivo-futebolísticas. Pronta para mais uma época de, pelo menos, muitas ilusões.
Nos entretantos, um breve apanhado dos últimos acontecimentos:
- A Argentina perdeu 4x1 com o Brasil na final da Taça das Confederações. Ainda bem que a ausência obstou a que tivesse de assistir ao massacre. Resta-nos, pois, o bom humor e imaginação dos argentinos, como se pode observar pela capa do seu diário desportivo Olé.
- Roger Federer ganhou o seu 3.º Wimbledon consecutivo. Melhor do que ele no Slam londrino só mesmo Bjorn Borg e Pete Sampras, mas ainda os vai apanhar. É mesmo verdade o que li sobre o campeão do ténis, e um dos maiores desportistas da actualidade, acerca de não saber o que era o Live 8 e para que servia?
- Manchester United estagia em Vale do Lobo e o Cristiano Ronaldo é mesmo o mais idolatrado pelos bifes. De cada vez que recebe a bola na peladinha ouvem-se sussuros estridentes e excitados dos locais e dos estrangeiros em férias.
- A fundação do Luís Figo e do Ronald McDonald (onde o Ronaldo foi buscar o nome para o seu filho) organizaram o seu jogo no Algarve. É mesmo verdade o que li sobre a organização do jogo, que se pensava de solidariedade para com os mais necessitados, ter disponibilizado um Mercedes com motorista para cada um dos jogadores? E será que a miúda que levou o brinde do McDonalds e, assim, jogou uns minutos ao lado das estrelas também teve direito ao seu Mercedes?
- Sporting inicia a época.