Futebol é Para Meninas

O Blogue de Todos os Desportos

terça-feira, janeiro 30, 2007

A Jornada que Passou

Nesta última jornada vi, finalmente, um jogo do Sporting neste novo ano. Coisa rara, essa, ter perdido 2 jogos consecutivos - Belenenses e Rio Ave (e ainda um 3.º se juntarmos o do União da Madeira no fim de 2006).
Adiante.

Deste fim de semana retenho 4 momentos:

- A fita à volta da (acertada) expulsão de Ricardo Quaresma por cotovelada, igual, aliás, à de Zé Pedro do Belenenses com o Benfica e à de Nani com o Boavista. A diferença é que este último (e o Sporting) teve muita sorte em ter escapado ao vermelhinho. O árbitro do jogo do Porto esteve ainda melhor fora de campo ao afirmar que quando se ganha é fácil de ter fair-play;

- E por falar em fair-play, a incapacidade de Jesualdo Ferreira em olhar para o Dominguinhos e o cumprimentar decentemente pela vitória do seu U. Leiria no final do jogo com o seu Porto. São seus a mais, não é? Passemos, então, à seguinte;

- A falta de honestidade (temor reverencial?) de Domingos ao dizer que não viu o lance da (correcta) expulsão de Quaresma porque "estava a olhar para baixo". Como? Foi este o mesmo treinador que quando veio a Alvalade perder e bem ainda arranjou umas desculpas com o árbitro? E é ainda o mesmo treinador que a semana passada na Luz ao perder e bem com o Benfica para a taça nos últimos minutos foi também buscar o árbitro? Será esta a maneira mais fácil para o treinador da equipa B do Porto voltar à casa mãe?

- Por último, a inevitável constatação de que, seja com que treinador for, o Sporting teima em desperdiçar as oportunidades para se chegar à frente quando o(s) seu(s) adversário(s) tropeça(m). Um empate no Bessa pode não ser sempre mau. Nas circunstâncias em que ocorreu neste fim de semana foi, arrisco-me a dizer, fatal. Marcar primeiro e menos de 10 minutos depois ver um jogador - Tello - que para lá anda há 6 ou 7 anos a fazer um penalti infantil, em mais um momento de desconcentração absoluta, dói. Mas não chega. Tivémos também de assistir à derradeira barraca de um "goleador" - Alecssandro - a atirar-se não menos infantilmente para a piscina quando já tinha um amarelo visto de uma outra forma ridícula, a provar que o ridículo não tem barreiras neste Sporting de Paulo Bento.
Resta-nos a tranquilidade do 3.º lugar do pódio.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

A nossa Uefa?


Michel Platini com a camisa dos bleus.
O ídolo de 9 em cada 10 adeptos de futebol lá pelos anos 80 é o novo homem forte da Uefa.
Será esta uma boa notícia?

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Quem Explica?

Há coisas difíceis de compreender. Pelo menos para aqui.
Como é que o Tottenham dá 5 milhões de Euros por um jogador destes?
E, para piorar as coisas, como é que os lampiões encaixam 5 milhões por um jogador destes?

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Descubra as Diferenças


Um vai para a Arábia, fazer negócios com os homens do petróleo.


O outro vai para Los Angeles, fazer negócios com as estrelas de Hollywood.

E onde está a semelhança?
Ambos vão desenvolver o futebol, ou o soccer, nos novos países de reforma.
Ok, estamos entendidos!

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Melhores Ligas?

Eis mais uma lista em que Portugal aparece representado.
Esta vem da “Federação Internacional de História e Estatistica do Futebol”.
Olhem aí o orgulho da liga portuguesa estar num honroso 12.º lugar atrás de campeonatos tão interessantes como o são o mexicano, o romeno, o turco e, até, o brasileiro e o argentino!
Quando leio os critérios para a elaboração da lista fico mais descansada em saber que se baseiam nos pontos ganhos pelos 5 clubes melhor classificados de cada país que participam em torneios continentais. Lembro, então, que no ano de 2006 apenas Porto e Benfica (e Braga) fizeram algo de jeito, donde, os outros 2 que contam para as contas foram pura e simplesmente inexistentes. O pior vem depois, quando tento lembrar o nome de mais de 3 clubes mexicanos, romenos ou turcos e não o consigo fazer sem a ajuda do Football Manager. Provavelmente a solução será optar por jogar numa destas fortíssimas ligas num próximo jogo.

Eis o top 20:

1. Italia 1182,0
2. Espanha 1168,0
3. Inglaterra 1125,0
4. França 1019,0
5. Brasil 920,0
6. Alemanha 850,0
7. Argentina 828,0
8. Holanda 793,5
9. México 683,5
10. Roménia 673,0
11. Turquia 664,0
12. Portugal 626,0
13. Escócia 603,5
14. Suiça 580,5
15. Grécia 580,0
16. Russia 574,0
17. Chile 568,5
18. República Checa 566,5
19. Colômbia 561,0
20. Bulgária 555,0

Os Piores Negócios do Calcio

O jornal italiano La Gazzetta dello Sport resolveu fazer um apanhado dos piores negócios da história recente do “calcio”.
E Portugal, estará presente nessa lista?
Está, sim senhor. Com Nuno Gomes, que custou um dinheirão à Fiorentina e conseguiu marcar 2 golitos em uma época e meia.
Mas o nosso Nuninho está bem acompanhado. Se não, vejamos os outros distinguidos:
Rivaldo, que veio directamente do Barcelona para o Ac Milan para ser o mais bem pago de todo o plantel. Esteve por lá 18 mesitos, mais a ver jogar do que propriamente a chutar ele a bola.
Ariel Ortega, que segundo o jornal italiano despertou sonhos desmedidos nos tifosi da Sampdoria e do Parma e só lhes trouxe foi frustrações (mal sabia ele(s) que o pior estava para vir, agora que causa frustrações ainda maiores nos seus admiradores – na qual me incluo – quando parece querer trocar a bola pelo álcool).
E que dizer de Robbie Keane? Talvez puxar pela memória e afirmar categoricamente “não, o bife nunca foi comprado pelo Inter por 19 milhões de Euros para passar apenas 6 meses em Milão!”.
Mas quem bate o recorde das verbas absolutamente desajustadas para o tempo / proveito que passou / deu ao clube é Gaizka Mendieta: a Lazio comprou-o ao Valência por cerca de 45 milhões de Euros e quase que não o utilizou!!!
Mas neste ranking dos piores cabem ainda alguns jogadores italianos, com António Cassano à cabeça, barrete que o Bari enfiou à Roma por 50 milhões de Euros e que a Roma fez o favor de passar ao Real de Madrid. O próprio negócio de Fábio Cannavaro (o melhor de 2006 para a FIFA) do Parma para o Inter também está na lista, uma vez que este último o mandou para a Juventus por troca com Carini (quem?).
Para finalizar, Gianluigi Lentini, 22 milhões em 1992 do Torino para o Ac Milan (o jogador, teve, no entanto, o azar de ter sofrido um grave desastre de automóvel logo no seu 2.º ano no clube). Mas, aqui, será que as tifosi do Ac Milan, e do futebol em geral, concordarão que foi um mau negócio?

terça-feira, janeiro 09, 2007

Futi-Boxe


O comentário mais acertado à cena de troca de sopapos deste fim de semana, entre Diogo do Zaragoza e Luís Fabiano do Sevilha, veio da filha deste último, 3 anos de gente: "Papa, vi-te a lutar na tv e isso não se faz".

domingo, janeiro 07, 2007

É Taça!; É de Alcântara!

A partir de hoje a passagem do rio Tejo pela 25 de Abril far-se-á com uma olhadela de graditão para a Tapadinha e o clube azul e amarelo que lá mora.
Obrigada Atlético!
Taça de Portugal - 4.ª eliminatória:
Porto 0x1 Atlético

sexta-feira, janeiro 05, 2007

quinta-feira, janeiro 04, 2007

A Crise é para todos

A notícia parece ter deixado pelo menos parte do futebol profissional português em choque, mesmo se o “regime transitório” que iria levar ao fim do regime especial de tributação dos seus rendimentos já tivesse prazo para acabar – em 2007 – há uns quantos anos. A partir de agora os futebolistas passarão a pagar IRS sobre a totalidade dos seus rendimentos, e não sobre 60%, como acontecia até à data.

O estranho da coisa – dúvida que ainda não consegui ver desfeita – é que se fala apenas nos jogadores profissionais de futebol e o regime especial abrangerá todos os desportistas que auferem rendimentos enquanto tais. E escrevo estranho porque dos desportistas para além do futebol ainda não se ouviu uma palavra (das duas uma: ou nunca estiveram abrangidos pelo tal regime especial – o que seria injusto – ou estando-o irão continuar a dele beneficiar – o que é injusto).

Passando adiante.

Nos últimos tempos tem vindo a ouvir-se falar num sem número de regimes especiais de tributação e de sub-sistemas relativos à segurança social. Chegou-se à conclusão que não eram só os estivadores e os deputados que tinham melhores condições no que tocava às suas obrigações para com o Estado.
Aceito sem problema que existem profissões de desgaste mais rápido do que outras (fisicamente os estivadores; de dedicação extrema a tirar o país d lama os deputados). Acontece que permanecendo os futebolistas (e, por maioria de razão, os desportistas) nestes esquemas quando o país enfrenta uma crise e, logo, corrida à cobrança de impostos, seria apenas prolongar a injustiça face a todos os outros cidadãos trabalhadores que muitas das vezes têm empregos sub-humanos, quando os têm.
Em termos abstractos, profissões de desgaste rápido não faltam por aí, sem que no entanto os seus profissionais tenham a “sorte” de as mesmas serem reconhecidas como tal.

Quanto ao argumento de que a maioria dos futebolistas não ganha assim tão bem, cumpre apenas dizer que o português médio ganha ainda pior. Partindo do princípio (que não sei se está correcto, uma vez que no mundo do futebol os salários são segredo de Estado, cortesia dos clubes e seus atletas) de que os jogadores da I e II Ligas não ganharão menos de 2500 Euros e terão uma carreira média de cerca de 10 anos; e partindo ainda do princípio de que um português com a escolaridade mínima obrigatória não ganhará mais do que 750 Euros (e já não será nada mau) e terá uma carreira contributiva de cerca de 40 anos; facilmente se chega à conclusão de que os seus rendimentos face ao tempo de carreira não andaram muito longe uns dos outros.

Nem vale a pena aqui falar de que para além do salário dos jogadores de futebol estes complementam-no, as mais das vezes, com prémios de jogo e patrocínios. Pois! Os outros trabalhadores também poderão complementar o seu magro salário acumulando empregos. Isto se tiverem tempo para fazer mais alguma coisa para além das 38 horas semanais de trabalho. Já os jogadores profissionais não têm tempo para mais nada, pois são obrigados a descansar após o desgaste físico dos jogos e treinos diários (aqui a sua vidinha é um pouco diferente do pessoal do atletismo, natação, triatlo, etc., que após os treinos bi-diários ou até tri-diários não tem sequer tempo para o descanso).
No que diz respeito às II e III divisões, e desconhecendo novamente o seu salário, acredito que ganhem o mesmo que nas outras profissões “médias”. No entanto, desconheço igualmente se a sua dedicação à modalidade é exclusiva, não deixando espaço para acumular qualquer outra actividade.

Quanto ao desemprego que assola o futebol… essa deve ser para gozar com todos nós. Seria bom sinal que isso fosse exclusivo do futebol.

Por fim (ou não, uma vez que os argumentos poderão ser infindáveis), a questão de que o jogador de futebol não tem oportunidade de estudar e, assim, se preparar convenientemente para quando deixar a modalidade. Felizmente que o nível cultural e de ambição extra-futebol destes jovens foi crescendo e hoje a célebre tirada proferida por João Rocha sobre a sua incapacidade para comer de faca e garfo será apenas mito. Não é preciso ir buscar o caso de alguns atletas que aproveitaram a oportunidade de ter passado pela Académica de Coimbra. Li há pouco que Abel, o defesa direito do Sporting, possui uma licenciatura em Desporto. Como o terá conseguido? Exemplos como este existem bem mais do que agora nos querem fazer crer. Mesmo João Moutinho, que ao contrário de Abel passou a sua adolescência nas selecções, fez questão de seguir estudando bem para além do comum 9.º ano.
E que dizer de outros desportistas de alta competição, continuando com os exemplos do atletismo e da natação, que conseguem entrar para a faculdade mesmo se estão constantemente em treinos, provas, estágios, no estrangeiro?

Já nem quero falar na maior visibilidade que os futebolistas alcançam, seja no primo divisionário Sporting ou no Pescadores da Costa da Caparica, e que lhes permitirá mais facilmente prosseguir a sua vida para além do futebol, ou mesmo noutras actividades ligadas ao futebol.

Enfim, no meio disto tudo o que acho mais normal é mesmo o facto do presidente do sindicato dos jogadores vir publicamente defender os seus. Outra coisa não se poderia esperar. Todavia, tal não invalida que todos os outros contribuintes se sintam, no mínimo, desconfortáveis perante a defesa de privilégios que lhes parecem deslocados, excessivos, discriminatórios e desiguais.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

2007 Sem Eles

2006 foi o seu último ano no que a desporto de competição diz respeito.
Em 2007 vamos ter que nos habituar a (re)ver as suas conquistas apenas em fotografias ou em videos.
Eis os reformados:
- Zinedine Zidane (futebol)
- Michael Schumacher (F1)
- Ian Thorpe (natação)
- Andre Agassi (ténis)
- Lindsay Davenport (ténis)
- Martina Navratilova (ténis) – será mesmo o abandono definitivo desta cinquentona?

2006 Lá Fora

Fora do nosso rectângulozinho, o ano de 2006 foi deles:


Roger Federer (ténis) – o mais dominador atleta de 2006. E o pior (para os adversários) é que já avisou que motivação para 2007 não lhe falta.


Tiger Woods (golfe) – não foi só neste ano de 2006 que foi n.º 1 do mundo. Apenas o (re)confirmou, num ano em que teve de superar a morte do seu pai. 8 vitórias no PGA Tours. Desportivamente, apenas a lamentar a derrota para a Europa na Ryder Cup.


Fernando Alonso (automobilismo) – resolveu repetir o ano de 2005, mas em 2006 superou a pressão e chegou à frente do campeonato mundial disputando-o taco a taco com o melhor piloto da última década (argh! superei traumas antigos e consegui admiti-lo, escrevendo).


Fabio Cannavaro (futebol) – um defesa como melhor futebolista do mundo. Não será inédito mas é raro. Levou a sua Itália a campeã mundial, perdeu o campeonato nacional italiano pela Juventus apenas na secretária e teve o bónus de se ver transferido para o Real Madrid, o clube com o mais rico palmarés do futebol mundial.


Pau Gasol (basquetebol) – o jogador mais decisivo da chegada da Espanha a campeã mundial, ainda que o azar de uma lesão lhe tenha retirado a hipótese de jogar a final decisiva.


Giba (voleibol) – campeão do mundo com o Brasil e eleito pelo Comité Olímpico Brasileiro o melhor atleta do ano.


Liu Xiang (atletismo) – eleito como o emblema de Pequim 2008, o chinoca bateu o recorde mundial dos 110 metros barreiras e com 23 anos apenas já tem 3 das melhores 10 marcas da história naquela prova.