Futebol é Para Meninas

O Blogue de Todos os Desportos

sexta-feira, junho 24, 2005

Morangos Com Chantilly


A quinzena de Wimbledon já vai bem lançada e depois de 4 dias ainda não houve chuva, apesar do que se possa ficar com a ideia pela foto. Caso raro por aquelas bandas.
Há quem (jogadores) ame o torneio, há quem o deteste. É a chuva, os buracos na relva, as tradicões um bocado fora de mão dos lordes. Os espanhóis costumam ser mais directos: a relva é para os bois pastarem. Mas não há muito a fazer por quem quer ser efectivamente o n.º 1: tem de se jogar os maiores torneios do mundo. E este é o mais carismático e ponto final.
Em Wimbledon, os ingleses, e não só, podem desenvolver uma das suas actividades favoritas. Não, não é a dos streakers. Mas pode ser tão louca quanto essa - ficar dias (e noites) nas intermináveis filas para ter o prazer de comprar um dos bilhetes que irão todos os dias ser colocados à venda e darão acesso ao mítico All England Lawn Tennis Club. Para poder ver o Tim Henman a falhar uma vez mais a chegada à final, para poder comer os famosos morangos com chantilly, para observar os jogadores a jogarem todos vestidinhos de branco, para poder ouvir e ver in loco os famosos oohh e aahhh com sotaque britânico.
Para os vencedores dos quadros principais do torneio há um bónus suplementar: a atribuição do título de sócio vitalício de um dos mais restritos clubs. Mas, pensando bem, mais restrito do que o clube é mesmo vencer em Wimbledon. Para além das traições da relva ainda têm de levar com os paparazzi ingleses.

segunda-feira, junho 20, 2005

Dia Histórico

Dizem-nos que hoje é um dia histórico para o desporto português.
O motivo? O 3.º lugar de Tiago Monteiro em Indianapolis, o primeiro pódio de um português na Fórmula 1.
Há quem diga também que hoje é um dia triste para a F1.
Confuso? Na verdade, só 3 escuderias, 6 pilotos, fizeram mais do que a volta de aquecimento. As restantes optaram por recolher em seguida para as boxes, num boicote em razão da recusa da FIA e da organização da prova em mudar algumas regras em favor da maior segurança dos carros, derivada de problemas com os pneus Michelin.
Para sorte do desporto português, a equipa do nosso Tiago usa pneus Bridgestone e assim foi um dos 6 a correr.
Teve mais uma vez o mérito de terminar o GP, o nono seguido, de deixar o seu colega da Jordan para trás, bem como os dois Minardi, apenas batido pelos dois Ferrari.
Comemorou, como tinha certamente direito, a sua proeza neste dia triste e estranho para a sua modalidade e, quando deu por isso, estava sozinho no pódio a jorrar a garrafa de champanhe, depois dos seus colegas da Ferrari lhe terem virado as costas. Aparentemente, só ele teria razões para comemorar. Ele e o desporto português, que se contenta estranhamente em fazer história em dias tristes.

domingo, junho 19, 2005

Para Meninas?


Parece que me enganei no nome do Blog.
Então não é que decorreu o Europeu de Meninas de Futebol, em Inglaterra, e eu não fui capaz de escrever nem um linha? Pior, confesso que não vi nem um jogo. Mais, o alheamento desta "alternativa futebolística" é tamanho, que não saberia o que dizer. Mas vamos aos factos; a Alemanha venceu a Noruega por 3x1 na final de hoje. O 3.º golo foi marcado pela Birgit Prinz, a única em actividade que consigo identificar.
A primeira vez que prestei atenção às meninas do futebol foi, obviamente, fora do nosso país. Foi verdadeiramente uma novidade ver a transmissão de um jogo de futebol feminino numa tv, a Espn ou coisa do género, num quarto de hotel no fim do mundo, em dia feriado, com o anoitecer a cair por volta das 16:00. Não havia mais nada para fazer para além de atacar os Filipinos e fixar a televisão. E o que vi? Os adeptos em extâse pelo golo n.º sei lá quantos de uma jogadora americana. Mais do que famosa, fiquei então a saber. Mia Hamm de seu nome, o Pelé, ou o Maradona, das Meninas.
Deixou de jogar o ano passado, ganhou tudo o que havia para ganhar, e aproveitando a boleia do Campeonato Europeu, aqui vai a singela homenagem à heroína do Futebol É Para Meninas.

quinta-feira, junho 09, 2005


Argentina3X1Brasil

O 3.º foi um golaço de Riquelme

ArgentinaXBrasil, hoje em Buenos Aires

Portugaliiiiiiiiiiiiii

Portugal jogou bem ou não?
Pelo menos Cristiano Ronaldo voltou a encantar e a marcar.
O nosso Cristianito está cada vez mais um homenzito.

quarta-feira, junho 08, 2005

Ingratidão?

Até parece que aqui o Futebol É Para Meninas não reconhece o trabalho que alguns "históricos" - Pedro Barbosa e Rui Jorge - desenvolveram no Sporting.
Pelo contrário, entendo é que na saída dos jogadores de um clube o respeito tem de ser mútuo, e não apenas exigido ao clube.
Fora de causa colocar em dúvida o seu apêgo e dedicação ao Sporting, mas toda a gente viu que tanto um como o outro estão numa fase descendente das suas carreiras e, vê-se agora, infelizmente, sem sintonia com o clube.
Se assim é, porque esperaram pelo anúncio do Sporting para se demarcarem? Porque não anteciparam a sua decisão se, eles próprios o confessam agora, não pretendiam seguir no clube por não concordarem com alguns que lá continuam?

Croissant a la Barbosa

Pedro Barbosa, depois de conhecida a decisão do Sporting em não renovar o contrato que os ligava há já 10 anos, afirmou que já tinha a sua própria decisão tomada.
Não pretendia renovar porque, entre outros, não se identifica com o treinador, José Peseiro. O mesmo que, só para citar os últimos três jogos da época, lhe permitiu jogar os 90m do decisivo BenficaXSporting, os 90m da histórica (para o clube e jogadores) final da Taça Uefa, e alguns minutos do SportingXNacional, tendo o capitão ido mais cedo para o duche por expulsão. Por bocas, é claro.

terça-feira, junho 07, 2005

Estamos Quase Lá

Segundo Cristiano Ronaldo, se ganharmos amanhã na Estónia ficaremos com cerca de 70% de hipóteses de participar no evento cuja promoção valeu ontem a Monchengladbach uma entrada no Guiness.
Rumo ao Mundial da Alemanha em 2006, 142000 bolas de futebol espalhadas pelo relvado do Borussia de Monchengladbach

Novos Amarelos Para Quem Marca Golos

Acabo de ouvir que uma das novas regras na arbitragem será a punição com cartão amarelo ao jogador da equipa que marque um golo e vá, em seguida, buscar a bola ao fundo das redes da baliza do adversário.
A razão? Segundo os iluminados que têm vindo a acabar sistematicamente com qualquer espécie de comemoração que fuja um pouquinho que seja à normalidade, cabe à equipa que sofre o golo recomeçar o jogo.
Atenção por isso à rapaziada que queira agradecer à bolinha o favor de ter entrado na baliza ou que queira simplesmente apressar a retomada do espectáculo - agora terão punição à medida do seu crime.
Como Eusébio tem sorte de não jogar agora. E como nós temos sorte por Eusébio não jogar agora. Se não fosse assim, nunca reteriamos aquela sua imagem de marca a vir da baliza adversária com a bola debaixo do braço, pronto a marcar mais um a quem lhe aparecesse pela frente.
Sébio

Contratos

Não é necessário frequentar aulas de direito para se aprender que os contratos / acordos são para se cumprir. Basta ter uma formação familiar e social decente para o saber.
No entanto, quem tenha esta ideia em mente e olhe para o futebol, pode ficar baralhado. A prática corrente é que os jogadores saiam antes do termo do contrato, seja por vontade própria, seja por vontade (ou empurrados) do clube.
Gostando mais do clube do que um jogador em especial, terei óbvia tendência em me preocupar mais com o primeiro destes casos.
Não posso, todavia, ficar indiferente à forma como, por vezes, alguns clubes tratam alguns jogadores. Até porque, as mais das vezes, os verdadeiros prejudicados são os próprios clubes. Lembro-me de 3 casos, um de cada um dos 3 grandes: Afonso Martins, época atrás de época relegado para a equipa secundária, sempre sem deixar de receber o seu ordenado; Maniche relegado para a equipa B, saindo ao final do seu contrato para um dos rivais a tempo de vir a ser consagrado como vencedor da Taça Uefa e da Liga dos Campeões; Miklos Feher a entreter-se com os B´s por vontade do Papa Pinto da Costa, fazendo o percurso inverso a Maniche.
O Sporting vive agora o caso Liedson, ainda com contrato com o clube, mas com uma imensa vontade de se pôr a andar daqui para fora. O argumento utilizado? O mesmo que serviu na vinda para a Europa: aproveitar o clube como montra para chegar à selecção do seu país. A resolução desta situação pareceria fácil – cumprir o contrato, seja através da prestação dos seus serviços até ao seu final, seja através do pagamento da cláusula de rescisão anteriormente acordada entre as duas partes. A má fé permite, no entanto, outras saídas.
O caso do Rui Jorge também se enquadra numa situação de cumprimento de contrato. Ou seja, o seu contrato chegou ao fim e não houve vontade de, pelo menos, uma das partes em estabelecer novo contrato. Ainda que o Rui Jorge seja um dos meus jogadores preferidos no Sporting (como prova dá para ver que ainda não me habituei à ideia de que vai abandonar o clube ao fim de 8 anos), parece-me correctíssima a opção de não renovar o seu contrato. Foi esta época um dos jogadores que viu mais vermelhos no campeonato (3), um por falta de pernas e os outros mesmo sem estar no relvado. O momento mais triste da sua carreira – o afastamento da final da Taça Uefa, por opção do treinador, depois de ter feito a campanha toda na prova – pode ser considerado injusto, até porque Tello não é nenhuma espingarda. Mas poderia Rui Jorge aguentar-se com a temida velocidade dos russos? Pois, a posteriori a resposta é: não aguentava ele, assim como não aguentaram os seus colegas. A verdade é que Rui Jorge, tal como Paíto e Tello a defesas-esquerdos, fez uma época sofrível. Não há que lamentar mais do que a saída do grande profissional, que sempre demonstrou correcção pelo clube e pelos colegas, mas que saí no final do contrato por si livremente estabelecido.
Tomara aos clubes que fosse sempre assim.

segunda-feira, junho 06, 2005

Rafael Saltitão

Desta vez o favorito ganhou. Ultrapassado Roger Federer nas meias-finais, poucos apostariam na derrota de Rafael Nadal. Acertaram, mas se pensaram que iria ser fácil, erraram. Mariano Puerta, o finalista vencido, teve 3 set-points que obrigariam a um 5.º set. Desperdiçou-os, tal como a outros pontos decisivos. A diferença entre os dois finalistas esteve precisamente aqui: no aproveitamento dos pontos e momentos mais importantes. O argentino, que jogou um ténis de alto nível durante a quinzena, incluindo no dia da final, esteve menos bem a jogar na rede, diria mesmo algo displicente. Mas, talvez ao contrário do que se previa, fartou-se de fazer o "chico" Nadal correr de um lado para o outro do court. Pelo meio destas corridas, uma constante: os saltos de júbilo de Rafa Nadal por cada ponto conquistado.
Aos 19 anos, acabadinhos de fazer, conquistou um dos objectivos de uma carreira, depois de já ter amealhado a Copa Davis no final do ano passado.
Fantástico!
Agora terá de manter a motivação e a ambição em alta para poder vir a discutir com Federer, e outros que tais, as vitórias em outros pisos para além da terra batida.

sexta-feira, junho 03, 2005

Finalistas

Mariano Puerta e Rafael Nadal serão os finalistas de Roland Garros 2005.

Mais um argentino numa final de um Slam, depois de David Nalbandian em Wimbledon 2003 e de Gaston Gaudio e Guillermo Coria em Roland Garros 2004. O desporto argentino, apesar da crise que o país viveu há 3 / 4 anos, continua lá em cima, como se comprova não só pelos brilharetes no ténis e pelo incontornável futebol, como também pelo basquete campeão olímpico, pela respeitável equipa de volei e, até, por uma medalhada na natação nos últimos Jogos. Queriamos, não queriamos?
Voltando ao ténis, esta final oporá dois tenistas surpresa. Ou melhor, Nadal só é surpresa pela idade - 19 anos feitos esta semana - e por ser a primeira vez que disputa o quadro principal do torneio. De resto, tem dominado a temporada de terra batida. Cheio de ganas, comemorando cada ponto como se fosse o match point, com saltos e socos no ar, sem medo, não pareceu acusar qualquer tipo de pressão. Roger Federer, o adversário que hoje levou de vencida, o tenista mais elegante e fora-de-série da actualidade, pelo contrário, jogou sobre brasas. Não parecia possível que o grande Roger pudesse sucumbir aos nervos de se ver às portas da final do único Slam que ainda não conquistou. Mas, como o próprio explicou no final, a verdade é que começou e terminou mal o jogo, jogando bem de vez em quando pelo meio. Pouco para ganhar ao supermotivado Rafael Nadal, como se viu.
Já Mariano Puerta, apesar dos muitos argentinos apontados como favoritos para chegar à final, não constava desse rol. É um tenista renascido, depois de ter estado parte de 2003 e de 2004 afastado por doping, alegadamente por um medicamento para combater a asma. O certo é que este ex-finalista de Roland Garros na categoria junior chegou lá, ainda que com muitas horas gastas no court para se ver livre dos oponentes em 5 sets.
O favorito é, claramente, Rafael Nadal e toda a gente está à espera que o espanhol dê uma "coça" ao argentino. Quanto a mim, e pelo apoio que tenho demonstrado neste blog a tudo o que é argentino, estou pelo Mariano. Fuerza, pibito!!!

Roger Federer esconde-se da vitória no único Slam que lhe falta.

quinta-feira, junho 02, 2005

Elogios

Acerca de Sesil Karatantcheva, a miúda búlgara de 15 anos que este ano conseguiu chegar aos quartos-de-final em Roland Garros, o diário argentino Clarin publicou o seguinte:
«Se llama Sesil Karatantcheva. Es búlgara, tiene 15 años y fue la campeona junior de Roland Garros 2004. Ayer dio la sorpresa al eliminar a la estadounidense Venus Williams. Y ofreció una sorpresa más un rato después cuando se le preguntó cómo eligió el tenis. Si por las Maleeva, si por Monica Seles...
"Por Gabriela Sabatini," dijo.
—¿Por qué?
—Tengo una hermana a la que yo misma le elegí el nombre, Gabriela, porque era mi tenista favorita. Jugaba al tenis con una gran clase, como si no le importara si ganaba o perdía. Siempre parecía divertirse.
—¿Por eso fuiste tenista?
—Sí, elegí el tenis por Gabriela.»
Talvez por feitio, talvez por perceber da profissão que provavelmente irá seguir, a miúda conseguiu expressar bem sobre Gabriela Sabatini o que eu quis transmitir no post anterior: pode não ganhar, pode não ter sido a n.º 1, mas a forma mais do que elegante e cheia de classe com que jogava faz com que ainda hoje muitos a reconheçam, admirem e atribuam o seu nome às irmãs, filhas e bonecas.
Uhmmm... esta história do não ganhar mas jogar bem fez-me lembrar de outro que também não ganhou nada este mês de Maio. É isso, o meu futuro irmão, filho ou, pelo menos, bichano irá chamar-se Peseiro.

quarta-feira, junho 01, 2005

Por Falar Em Ténis

Já que estamos numa onda de ténis, esclareça-se que não fui praticante da modalidade e, apesar de hoje gostar de dar umas raquetadas (principalmente na praia, com um pé na água e outro na areia molhada), sou mais adepta de bancada ou de sofá.
Depois de ter ficado liberta das obrigações desportivas a que me dediquei até 1991, no caso a natação, comecei a gostar de ténis. Lembro-me de assistir pela televisão à final das meninas de Wimbledon em 1992, em que a Gabriela Sabatini esteve a apenas dois pontos de ganhar o torneio a Steffi Graf e, consequentemente, de vir a ser a n.º 1 do mundo. Nunca viria a conseguir nem uma coisa nem outra. Mas ganhou uma adepta logo ali. Antes, em 1990, havia ganho o único Grand Slam da sua carreira, o Us Open.
Curiosamente, também Patrick Rafter, o meu preferido entre os meninos, chegou a uma final de Wimbledon, em 2001, sem que a tivesse ganho, e entre os Grand Slams conquistados apenas lhe tocou também o Us Open, em 1997 e 1998.
Quem em Portugal gosta de ténis não tem muita razão de queixa quanto ao facto de não poder ver os melhores tenistas em acção. No Estoril Open é possível ver todos os anos o pessoal que gosta de sujar as meias e os ténis de pó de tijolo ou então aquele pessoal que precisa dos pontinhos para subir no ranking. Isto inclui grande parte dos melhores do mundo, à cabeça com espanhóis, argentinos, russos, e exclui grande parte dos americanos. Para ver estes, nomeadamente o deus Pete Sampras e o careca Andre Agassi, o inevitável João Lagos fez questão de trazer até Lisboa a Masters Cup em 2000.
Ressentimentos? Só o facto de Pat Rafter ter estado lesionado nessa altura e de João Lagos, ou alguém por ele, não se ter lembrado de arranjar um jogo de exibição entre a Gabriela Sabatini e a Steffi Graf, com o Rafter como árbitro, por exemplo.

Um Brasileiro Em Paris

Gustavo Kuerten ganhou por três vezes em Roland Garros, 1997, 2000 e 2001. Por altura do primeiro título era praticamente um desconhecido, o número 66 do mundo, que nunca tinha ganho um torneio ATP. Passou por adversários difíceis, como o ex campeão Thomas Muster, e foi conquistando o exigente público francês à medida que ia avançando pelas rondas até à final. Claro que para isso contribuiu o seu jeitinho bem brasileiro, carismático, alegre, bem medidos nas suas roupas coloridas - azul e amarelo como a bandeira do seu país.
Os franceses têm tido desde aí a possibilidade de gritar por Guga. Mas nos últimos anos Guga não tem estado muito bem, principalmente devido a problemas físicos.
Este ano em Roland Garros ficou-se pela primeira ronda, eliminado pelo espanhol David Sanchez. Quem não soubesse quem era Guga e qual o seu percurso no Grand Slam francês poderia ficar admirado com a recepção que ele teve. No entanto, eu acompanho-o desde a sua primeira vitória e, mesmo assim, não pude deixar de ficar impressionada com o apoio que lhe foi dedicado este ano. Jogava no Court 2, o quarto em importância, absolutamente apinhado e com filas enormes cá fora com pessoas pacientes à espera de poderem entrar para assistir ao seu jogo. Ao lado, o Court 3 já não tinha nenhum jogo em disputa e o público decidiu ocupar os seus topos que dão para o court onde Guga jogava. No court principal, o Philippe Chatrier, jogavam Andy Roddick e JW Tsonga mas o seu público prestava tanta atenção a este jogo como ao que se vivia lá em baixo no Court 2, donde vinham aplausos e gritos ensurdecedores de incentivo ao brasileiro. Assim que o jogo do Roddick acabou, também os topos do Philippe Chatrier foram logo ocupados.
Não sei se a derrota de Kuerten foi decepcionante para as milhares de pessoas que o tentavam ver jogar, tal foi a clareza do resultado do jogo, mas deu para ficar com a certeza de que o rei nunca perde a majestade. E de que para o ano, seja em que condições se apresentar, Kuerten terá novamente milhentos adeptos à sua volta só para o ver com uma raqueta na mão e gritar até cansar Guga Guga Guga.