Futebol é Para Meninas

O Blogue de Todos os Desportos

quarta-feira, agosto 31, 2005

Fábio Rochemback

Fábio Rochemback, chegado ao Sporting na época 2003/2004, emprestado pelo Barcelona, ficou 2 temporadas e, soube-se hoje, vai embora para o campeonato inglês, para o Middlesbrough. Foi um excelente negócio para o nosso clube. Em termos monetários e desportivos. Apesar de nada termos ganho com "Roca", foi sem dúvida um dos mais importantes e influentes jogadores. Sem ele em campo a equipa não jogava para a frente com a mesma determinação. Agora foi-se. Detesto quando sai um dos jogadores que me leva a ir ver futebol no estádio. Se pudesse escolher, pensando em termos emocionais, não o deixaria sair. Racionalmente, não havia outra solução face a uma boa proposta apresentada a um jogador que, dado o seu alto salário, não seguiria no clube na próxima temporada.
Ainda que conformada, terei saudades do "badocha".
goodbye

"Infâmias"

"Há uma guerra infame feita contra o Ricardo e essa guerra só foi trazida para dentro do clube por causa do comportamento dos sportinguistas nos jogos em casa".
Quem afirmou esta pérola? Dias da Cunha, presidente do Sporting Clube de Portugal.
Gosto do senhor, é nosso presidente, rio-me sempre que o oiço falar do sistema e do sistema e do sistema. Uma cassete velha num rádio velho com a tecla presa no repeat.
Mas agora... a culpa é dos próprios adeptos do clube? Aqueles que permanentemente, desde que Ricardo chegou ao Sporting vai para 2 anos, têm assistido à maior série de "gaffes" que Alvalade já viu, deveriam eles permanecer caladinhos como se o nosso plantel tivesse 11 elementos e azar?
Que as estruturas do clube devam defender os seus, moralizando-os, tudo bem. Agredir verbalmente e injustamente aqueles que não conseguem calar o seu legítimo descontentamento face aos erros de um dos elementos mais bem pagos do plantel e mais cagão, está mais do que mal. Ainda para mais de um presidente que, em ano de centenário, parece ter deixado de lado a hipótese de se constituir o presidente de todos os sportinguistas e fazer da união força.
Para aqueles que dizem que o Ricardo na selecção nunca comprometeu, lembro apenas 2 lances: o golo sofrido contra o grande Liechtenstein (na sequência de uma falta, parecidíssimo com um que também na época passada sofreu pelo Sporting no campeonato) e o golo decisivo da final do Euro com a Grécia - Costinha comprometeu, Ricardo ajudou à festa dos gregos. Ah, pois, mas foi por ele ter defendido um penálti e marcado outro que nós conseguimos chegar à final - és o nosso herói, Labreca. Por estas e por outras (mais os golos sofridos no Sporting) é que se vêem cartazes de apoio ao lampião no Estádio da Luz.

segunda-feira, agosto 29, 2005

2.ª Jornada - Maritimo 1X2 Sporting


Golos: 69´ Liedson, 84´Liedson, 90´+1 Rincon.

Contrariamente ao antes afirmado, afinal Peseiro não foi teimoso e decidiu dar umas férias a Ricardo (nem jogo a titular, nem jogo no banco a suplente, foi mesmo, pelo menos, um fim de semana de férias). Com Nélson a titular, guarda-redes, a par de Tiago, campeão pelo Sporting, conseguimos uma boa vitória na Madeira. Não terá realizado uma excelente exibição, como nos quer fazer crer "A Bola", mas esteve à altura de um guarda-redes de 1.ª Divisão ao defender como tinha de ser nos momentos decisivos. Este foi, aliás, um dos jogos mais sossegados para a nossa periclitante defesa, com o primeiro calafrio a surgir apenas lá para o minuto 55´. Já nos descontos, lá sofremos o golito (pelo menos 1) da ordem, após uma falha incrível do desastrado (ontem) Rogério.
Mas antes já Liedson tinha marcado 2 golos, o 1.º dos quais lindo, a deixar o não menos lindo Nuno Morais tonto. Antes, durante e após isso, muitos golos fáceis falhados, quer pelo próprio Liedson, quer por Deivid e Douala, para ninguém se ficar a rir.
Em resumo, um jogo que acabou por ser tranquilo, com uma exibição do Sporting agradável e personalizada, na sequência de uma semana triste e complicada. Boa resposta, portanto.
Algumas notas mais:
- Rochemback voltou a não jogar absolutamente nada, e isto custa-me a escrever, pois penso sempre que sem ele a titular o Sporting já começa o jogo com menos um, ele que costumava levar a equipa para a frente, mesmo quando estava mal fisicamente. A melhorar urgentemente;
- Luís Loureiro está (ou será?) uma nódoa. A retirar rapidamente;
- Em complemento à dedicatória da vitória ao Ricardo, feita pela equipa técnica e pelo Nélson, certamente por motivos profissionais, parece-me que também se devia incluir aqui outros jogadores do mesmo calibre, como o são Tello, Paíto, Hugo, Silva e, com algum atraso, mas para provar que não o esquecemos, Mário Sérgio (isto em termos técnicos, ficando, assim, salvaguardadas as questões de personalidade);
- Quando os jornais oficiais do Benfica já andavam a esfregar as mãos de contentes pelo jogo medíocre do Sporting em Udine, desejando que fosse sempre assim, e contando antecipadamente com a derrota na Madeira, lembro que na realidade as contas antes do derby são as seguintes: Sporting 6 pontos - Benfica 1 ponto.

sexta-feira, agosto 26, 2005

Traumas

Tal como no final da época passada, ando traumatizada com o futebol. Isto porque o futebol é O Sporting, e o resto é só figurantes. Acontece que com o primeiro trauma até se via algum futebol. Agora com este jogo em Itália... Horroroso.
Para compor o ramalhete de Peseiro não ter aprendido nada com os erros passados, surge-nos uma galinha na nossa baliza em plena forma. Ela andava por lá mas agora abriu as asas com toda a força e só se vê é pena por todo o lado.
O nosso treinador é teimoso e por isso vai insistir com o Labreca na baliza. O calendário até o(s) ajuda, pois há um jogo na distante Madeira, quase inacessível à maioria sportinguista que tem sido testemunha do rol de frangalhadas, e depois há um jogo de Portugal, onde os possíveis erros não contam para o nosso campeonato. Por isso, daqui a 3 semanas, em casa, contra o clube a quem o bom do Labreca já deu um campeonato, logo se vê, logo se pensa o que fazer, pode ser que a sorte componha tudo.
Sim, porque a memória irá permanecer. Assim como permanecerá o sentimento de injustiça face aos outros guarda-redes do plantel.

quarta-feira, agosto 24, 2005

Udinese 3 x 2 Sporting

(Pré eliminatória da Liga dos Campeões - 2.ª mão)
Talvez um dos piores jogos que o Sporting realizou nos últimos tempos (e para que conste, é a 4.ª derrota consecutiva nas competições europeias, depois da 2.ª mão com o AZ, da final com o CSKA e, agora, das 2 mãos com a Udinese).
O guarda-redes, a defesa, o meio campo e o ataque não funcionaram. Ninguém escapou. A defesa continua um passador e teve a sorte de ver o árbitro assinalar mal pelo menos 2 fora-de-jogo que deixavam os de Udine na cara da nossa baliza. Vimos, ainda, 3 bolas no poste. Marcámos 2 golos nas duas únicas ocasiões que tivémos. Não dispusémos de mais posse de bola do que o adversário. Gramámos os comentadores da RTP a dizer que o penálti foi discutível e que o jogador da Udine, ainda que atrapalhado, podia muito bem continuar sem cair no chão. Pois, como os nossos fazem!
Ricardo, na minha modesta opinião, podia ter evitado o penálti, caso fosse um excelente guarda-redes. Minutos depois, sofreu outro frango daqueles de fazer rir. Os adversários, é claro. Será só azar e dias maus? Valha a verdade que tiveram muita culpa aqueles que permitiram que a bola atravessasse o campo todo sem a cortar, caso do primeiro golo, e daquela multidão de verde e branca que permitiu que o de Udine cabeçeasse sozinho quase à entrada da área, caso do segundo golo.
Tudo na mesma ou pior do que as falhas do ano passado.
Mesmo com esta realidade, fiquei até à última convicta de que iamos marcar os 2 golos que faziam falta.
Não marcámos.
Vamos para a Uefa.

domingo, agosto 21, 2005

1.ª Jornada - Resumo

A grande surpresa foi a vitória da Naval (estreante na I Divisão) em Guimarães, agora treinado por Jaime Pacheco. Os moços do berço devem ter levado cá um raspanete...
O bom da jornada foi o um pontinho da Académica, o que frente ao Benfica dá ainda mais jeito. Ronald Koeman, na sequência do jogo e bailarico face à Juventus, tinha afirmado que o que valia era que no campeonato nacional não existiam equipas daquelas, pelo que tudo seria muito mais fácil. Pois..., não houve golos mas pelo menos também não houve baile.
O inevitável da jornada foi a vitória do Porto, em casa, por 1x0, face ao recém-promovido Estrela da Amadora. Como disse no post anterior a propósito do Sporting, o que interessa é entrar a ganhar. Parece que Co Adriaanse tinha afirmado que, exceptuando os jogos contra o Sporting e Benfica, se não vencesse por mais de 3x0 em casa não consideraria isso uma vitória. Outro que julga que isto são favas contadas. Proponho então que os tripeiros levem apenas um ponto.

1.ª Jornada - Sporting 2X1 Belenenses

A equipa do Sporting:
Ricardo;
Rogério (Miguel Garcia), Beto, Tonel, Tello;
Rochemback (Luís Loureiro), João Moutinho, Sá Pinto, Douala;
Liedson, Deivid (Varela)
(golos: 38´ Rogério, 58´ Pinheiro, 63´ Deivid)

Vitória justa do Sporting mas, sem cair em contradição, bem se pode dizer que a sorte do jogo nos acompanhou. Se não, vejamos os dois momentos decisivos:
- Tonel (estreante na equipa do Sporting), logo aos 24 minutos, faz uma fífia e deixa que o adversário fique isolado face a Ricardo. Primeiro falhou o puxão do belenense e, assim, evitou o vermelho directo, depois viu o "amigo" chutar desastrosamente por cima da baliza. Ufa I
- Ricardo faz frango do outro planeta, o que deu o empate ao Belenenses, mas o Sporting marca logo 5m depois. Ufa II

Na verdade, o primeiro jogo é por todos considerado muito importante, os jogadores estarão mais nervosos, os adeptos idem (ainda que os de Alvalade passem o ano todo num estado de tensão de outro planeta), enfim, é para ganhar e mais nada. Foi isso o que o Sporting fez e por isso a missão foi cumprida em absoluto.
Tonel teve aquele lapso que poderia ter sido demolidor mas, sinceramente, trouxe sorte (Hugo e Polga fazem muitas dessas com a diferença de terem o azar de as suas fífias darem em golo). Para além dessa jogada até se mostrou tranquilo. Eu apostaria nele para os próximos jogos. Tello não esteve tão mau como no jogo anterior mas mesmo assim não há pachorra para a sua lentidão e desacerto no passe e cobertura do flanco (são coisas a mais). Douala simplesmente não jogou, a não ser no momento em que centrou para o golo do Deivid. Este não mostrou que o Sporting deva jogar com dois pontas de lança, pelo menos se for ele o companheiro de Liedson. Quanto a Rochemback, mesmo sem ter feito um jogão de encher o olho, quando foi substituido a equipa andou aos papéis. Uma palavra para João Moutinho, que jogando no meio mexe de facto com a equipa, e para Sá Pinto, sempre disposto a levar o jogo para a frente.

Ricardo leva um parágrafo só para ele: como não gosto nem nunca gostei dele, e terá que mudar não só o seu jogo como também a sua personalidade para que venha a gostar dele no futuro, não senti qualquer incómodo com os assobios que lhe foram dedicados. Infelizmente não sei assobiar. Mas sei que manda a justiça que quando um jogador falha constantemente se dê, pelo menos, a oportunidade a que os seus suplentes mostrem o que valem (que também, diga-se, não será muito mais - mas... plantel é plantel). João Moutinho afirmou a este propósito que Ricardo não merece os assobios, mas antes palminhas, porque já deu muito ao Sporting. É mesmo? Não estou a ver bem o quê. Em compensação existem muitos pontos que já deu a outros clubes nas 2 épocas completas que leva no clube (inclusivamente 3 pontos no jogo do título passado). O que é certo é que um jogador que entende não ter de justificar o seu trabalho aos leigos e, em consequência, não assume os seus erros, tem pelo menos de mostrar estaleca para dar a volta por cima. Ora, o que se viu ontem após o frango foi um ser cabisbaixo com vontade de se enfiar num buraco e sem ponta de incentivo para os colegas. Pelo contrário, Deivid foi, no mínimo, um amigão ao fazer questão de ir ter com ele e dedicar-lhe o golo, que viria a ser o da vitória. Mesmo assim, não dá para esquecer.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Novo Maradona, Parte 7603

Ontem a Argentina andava ansiosa pela estreia de Leo Messi pela selecção principal, depois de ter brilhado nos sub-20, levando-os a campeões mundiais.
Falava-se, e fala-se, em novo Maradona: coincidências para além da arte? Ambos, por ocasião da estreia, jogavam no Barcelona e a estreia seria realizada contra a Hungria.
Acontece que o filme, que ainda se espera que venha a ter final feliz, teve um contratempo: El pibe Messi entrou na 2.ª parte e em 20s pegou na bola, fugiu do adversário, foi por ele gordorosamente agarrado e, em resposta, deu um safanão para trás. Azar dos azares, o húngaro fingiu (ou foi mesmo a sério?) que tinha sido atingido, rebolou um pouco, e o árbitro resolveu mostrar o vermelho ao estreante.
Messi, que ou sonhou com uma esteia fabulosa cheia de golos e assistências, ou teve um pesadelo em que falhava golos de baliza aberta, nunca poderia esperar um debute assim.
Entrou para a história, sim. Dos azares do desporto.

3.ª Opção

Ricardo Carvalho, contratado a época passada pelo Chelsea por balúrdios, veio demonstrar através dos jornais o seu descontentamento por, depois de 1 jogo oficial, ser 3.ª opção na equipa. Disse então que não compreendia Mourinho. Mourinho foi rápido a reagir e terá afirmado: “Ricardo Carvalho trabalha comigo há quatro anos e não me compreende? Bom, então temos que testar o seu quociente de inteligência”.
E talvez quem sabe lembrar-lhe que um plantel campeão não tem apenas 3 opções válidas mas, pelo menos, 4 (Terry - titular da selecção inglesa; Gallas - titular da selecção francesa; Huth - titular da selecção alemã; e Carvalho - titular da selecção portuguesa).
O mal foi os jornais (portugueses, óbvio) terem tentado fazer-nos crer que o Ricardo Carvalho era o melhor do mundo na sua posição. A verdade é que o rapaz é muito bom mas não será o maior. Maiores são os nossos 3 jornais diários desportivos que têm de exagerar para vender. Pena que o próprio tenha acreditado e espere agora que em equipa que ganha tenha de se mexer para encaixar o "maior".

domingo, agosto 14, 2005

Opções II

Nuno Valente, já passou pelo Sporting e, nessa altura, fartava-se de meter água, tendo então sido bem corrido para o U. Leiria. Aí chegado encontrou-se com José Mourinho que apostou nele, vendo no rapaz qualidades que andavam escondidas. Com isso, transportou-o depois para o Porto, permitindo-lhe ganhar campeonatos nacionais, Taça de Portugal, Taça Uefa, Liga dos Campeões, e só não participou da conquista da Taça Intercontinental porque se havia lesionado em Setembro num encontro de Portugal, ficando com a época praticamente toda estragada e só voltando intermitentemente na parte final.
Sabe-se agora que o Porto exige que Nuno Valente, já com mais de 30 anos e com o histórico recente da tal lesão, abdique da selecção nacional. Enquanto não o fizer não joga no seu clube. E, em consequência, não jogando no clube não é seleccionado.
Será esta posição correcta?
Obviamente, e do ponto de vista do jogador, é verdadeiramente injusta, retirando-lhe o direito a exercer em pleno a sua profissão e a ver reconhecido o seu bom trabalho, ainda para mais tratando-se de ano de Mundial, certamente o último na sua carreira, dada a sua idade.
Do ponto de vista do clube, ao mesmo tempo que reconheço a injustiça e prepotência da posição tomada, confesso que consigo entendê-la. Afinal, trata-se, em parte, de tentar acautelar a integridade física de um jogador que não é novo e que já sofreu lesões complicadas. No fundo, jogar pelo seguro e ficar de consciência tranquila de que se vier a ficar privado do jogador por lesão esta foi sofrida enquanto este se encontrava ao serviço do próprio clube, assumindo assim as consequências e responsabilidades que daí advierem. Ou seja, não ficar lesado por acontecimentos a que será alheio.
Esta questão das lesões dos jogadores ao serviço das selecções, hipotecando a possibilidade de exercer em pleno, ou pura e simplesmente de exercer de todo, o seu trabalho face à entidade patronal que lhe presta a retribuição mensalmente, é deveras delicada e polémica. Como não estou por dentro dos pagamentos, seguros, responsabilidades de cada uma das partes envolvidas, por aqui me fico.

Opções I

Ronald Koeman, não vendo diferenças entre os guarda-redes Quim e Moreira, decidiu apostar neste último por ser mais jovem. E já agora, acrescento eu, por ser da casa, um dos poucos do plantel formado (ou praticamente) no clube.
Infelizmente, houve alguém que abriu a pestana. Isto não pondo em causa o valor de Quim, mas também não lhe reconhecendo umas capacidades de excelência como merece um clube, por mais feio que seja, que nos tempos mais próximos viu a sua baliza defendida por Bento ou Preud-Homme. A questão é que Moreira apareceu e segurou a baliza da instituiçãozeca num momento muito difícil, em que todos andavam por baixo, e não foi por ele que as coisas vieram ainda mais ao fundo. Pelo contrário, mostrou estaleca e não se amedrontou. Jovem como era, o lógico seria apostar nele e deixá-lo crescer ainda mais. Mas não. Contraram o Yanick e Quim, dois guarda-redes que não ficam nada a dever a Moreira, e optaram por eles (o Yanick, de tão mau que começou, acabou por ser logo colocado na borda). O povo lampião não gostou e não se cansou de demonstrar a sua preferência por Moreira. Infelizmente, repito, faz bem. A que propósito chega um jogador a um clube e, sem que mostre ser uma mais valia em relação ao que já por lá anda, é lhe entregue a titularidade?
E já agora, mas esta aplaudo, a que propósito se contrata e aposta num treinador jovem estrangeiro que não provou nada e não se aposta num treinador jovem mas da casa que nos 2 ou 3 jogos que dirigiu até se mostrou à altura e lançou algumas bases para o espanhol que se lhe seguiu? Será por um ser louro e o outro ter bigode?

Mais Uma

O Benfica venceu a Super Taça, frente ao Setúbal, com o único golo da partida a ser marcado na sequência de uma falta do tamanho do mundo que não foi assinalada.

sábado, agosto 13, 2005

Oh Captain, My Captain

Pedro Barbosa anunciou a sua retirada do futebol de competição enquanto jogador.
Nascido em 6 de Agosto de 1970, em Gondomar, apesar de ter andado pelas escolas do FC Porto, depois de passar pelo Freamunde, foi no Guimarães que veio a mostrar-se como um grande jogador, nomeadamente nas temporadas 1991/1992 até 1994/1995. Lembro-me de numa destas alturas vê-lo jogar contra o Porto a partir a loiça toda e chamar-lhe mesmo assim um montão de nomes por ter falhado um golo feito. Depois disso, ouviria ainda muitas mais vezes os outros a chamar-lhe nomes, eu própria não terei resistido em algumas ocasiões. Foi, claro, a partir do momento em que se mudou para o Sporting, na época de 1995/1996, tendo permanecido no clube até agora, num total nada modesto de 10 épocas consecutivas. Caso raro e, não só por isso, era o nosso capitão.
A sua técnica é mais do que consensual, e ficam na memória as suas jogadas de ataque, principalmente aquela que poderia registar como sua marca – puxando a bola para um dos lados da grande área, à entrada, e rematando em arco. Quantos e quantos golos não marcou assim, não só no Sporting mas também com a camisola de Portugal (lembro agora daquele golaço à Holanda).
Porquê então os constantes assobios? Pelos eclipses que tinha, pelas suas distracções durante os jogos, pelo jogo algo arrastado de que alguns não gostavam. Quinito, seu treinador no Guimarães, dizia que Pedro adorava croissants e que por isso parecia pesado e lento a jogar. Seja. Naquele aspecto nunca concordei com muitos dos meus vizinhos de bancada de Alvalade. Apesar de, por vezes, como já afirmei acima, também me desesperar o seu jogo enrolado, principalmente quando o Sporting precisava de ir para a frente e marcar, achava que o Pedro Barbosa em qualquer momento poderia ter uma das suas jogadas de génio e decidir o jogo, por isso teria de jogar sempre. Afinal, são jogadores como este que nos levam aos estádios para ver bom futebol. E que nos fazem sentir o desejo de ser novamente adolescentes e colar posters dos nossos ídolos nas paredes, como naquela papelaria em Telheiras, vizinha de Pedro, decorada com posters e camisas suas, o que contribui certamente para que quando vou para aquelas bandas faça questão de lá voltar a entrar.
Obviamente terei saudades de vê-lo jogar. No entanto, não discordo da opção de não renovação do seu contrato, pois apesar de a sua penúltima época ter sido muito boa, daí resultando a sua transição para o plantel da passada temporada, a verdade é que o seu aproveitamento enquanto jogador já trintão vinha baixando. Na mesma medida que aumentava a sua capacidade para reclamar com os árbitros. Sinal disso, e marca infeliz como o próprio o confessa, é ter sido expluso, por bocas, no último jogo oficial que efectuou. Posso, todavia, discordar da forma como o Sporting agiu no processo da sua dispensa, assim como posso discordar das palavras que Pedro Barbosa proferiu contra a equipa técnica quando saiu, pois é visível que sempre foi opção dos que agora criticou. Aliás, jogou a titular no jogo do título com o Benfica e escassos 4 dias depois de novo a titular com o CSKA Moscovo na final da Taça Uefa, quando a maioria da “opinião pública” não apostaria nele para a totalidade dos 90m nesses 2 jogos seguidos.
Engraçado o facto de eu ter tido exactamente a mesma visão de Pedro Barbosa: também eu o vi a levantar a Taça Uefa, pena que para além das nossas cabeças não existam provas de que tal sucedeu realmente.
Para a posteridade fica então que Pedro Barbosa representou o Freamunde, Guimarães e Sporting, foi por 2 vezes campeão nacional (1999/2000 e 2001/2002), venceu 1 Taça de Portugal (2001/2002), 3 Super Taças (1994/1995, 1999/2000 e 2001/2002), foi finalista da Taça Uefa (2004/2005), representou 21 a selecção portuguesa e esteve, nesse âmbito, presente no Euro 96 e no Mundial 2002.

quinta-feira, agosto 11, 2005

O Melhor da Noite

Os únicos bons momentos da noite deram-se, infelizmente, antes do apito do árbitro.
Rui Silva de bronze nos 1500 dos mundiais de Helsínquia.
Beto Acosta, Beto Acosta, és o nosso matador, matadorrrrrrrrr. Arrepiante os gritos entusiásticos para um jogador que passou apenas 3 épocas em Alvalade e já havia ido embora há 4 anos. Mas os adeptos não o esqueceram e demonstraram-no hoje à noite.

Sporting 0 X 1 Udinese

(Pré eliminatória da Liga dos Campeões)
No jogo de estreia oficial do Sporting assistiu-se a um remake de um filme antigo. Sporting a tentar jogar futebol contra uma equipa italiana, a ter a bola em seu poder na esmagadora maioria do jogo, mas a não ter sequer discernimento e saber para fazer golos.
As surpresas negativas chegaram bem cedo: Rochemback e Edson de fora por lesão (a juntar às já sabidas lesões de Carlos Martins e Luís Loureiro). Se Rochemback é insubstítuivel, para o lugar de Edson entrou o inenarrável Tello, ultrapassando os outros dois defesas esquerdos do plantel, Paíto e André Marques.
Mas não foi por aqui que o Sporting perdeu o jogo. Logo nos primeiros minutos os italianos mandaram uma bola à trave, marcaram de penálti à meia hora de jogo e só tiveram mais uma ocasião de marcar. De resto mais nada. Também não era necessário, como se viu depois. A este muito pouco dos italianos, o Sporting respondeu com muito querer, tentou fazer as coisas bem mas... nada. Contra uma muralha humana defronte da baliza os nossos faziam questão de raramente abrir o jogo para as alas. Douala só se viu na primeira parte e do lado contrário não havia ninguém. Mesmo assim, José Peseiro ainda mandou o Silva, o homem que mais parece um muro de tão estático que é, para a confusão, tirando o Deivid que por vezes ia tentando contrariar a vontade de jogar só pelo meio. Nani entrou bem no jogo e mostrou atrevimento. Na sequência de uma jogada sua o Sporting enviou uma bola à trave. Deivid e Liedson viram dois golos bem anulados por fora-de-jogo, o segundo dos quais graças a alguma desconcentração.
Enfim, daqui a duas semanas se verá o desfecho desta pré-eliminatória, na certeza de que este Sporting, que não é mais do que uma continuação do do ano passado, já mostrou que é capaz de tudo: da irritante ineficácia à mais letal eficácia.

Pelos ares, muito contacto, muito choque, muitas faltas, poucos (ou nenhum) golos.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Estatísticas do Plantel

Em conclusão à apresentação dos jogadores para a presente temporada:
Quanto aos mais baixos do plantel temos um triplo empate a 1,70m entre João Moutinho, Paíto e Rodrigo Tello;
Nos mais altos vão duas medalhas de ouro para Mauricio Pinilla e Nélson, empatados a 1,87m, e uma medalha de bronze para Luís Loureiro, com 1,86m;
Os mais velhos são Ricardo Sá Pinto (32), Tiago (30) e Silva (30) – devido à minha já avançada idade, sinto que de todo o plantel apenas devo respeito a Sá Pinto;
Os mais novitos são André Marques (18), João Moutinho (18 quase 19) e Silvestre Varela (20);
A categoria de capitão foi ganha por Beto, seguido por Ricardo Sá Pinto, Nélson e Rochemback (ao que se diz, para ganhar a confiança dos brasileiros, que são só 7).
Em termos de países, a representação é a seguinte:
14 portugueses
7 brasileiros
2 chilenos
1 camaronês
1 moçambicano
1 cabo-verdiano

Plantel SCP 2005/2006

Agora que uma nova época futebolística se prepara para começar oficialmente, iremos apresentar os jogadores que fazem esta temporada parte do plantel do SCP, para que os possamos reconhecer na rua, cumprimentá-los pelas vitórias e partilhar com eles as jogadas que sonhámos e, se preciso for, para lhe darmos umas belinhas e uns calduços.

Os Guarda-Redes:

76 – Ricardo, nascido no Montijo, em 11/02/1976, também conhecido por Labreca;

1 – Nélson, nascido em Torres Vedras, em 20/10/1975;

12 – Tiago, nascido em À-dos-Cunhados, também em Torres Vedras, em 16/4/1975;
(estes 3 guarda-redes são muito parecidos, nenhum é reconhecido como um excelente guarda-redes, são todos praticamente da mesma idade e os seus sobrenomes são desconhecidos; se tivesse de ser eu a escolher a qual atribuir a titularidade consideraria a forma mais justa para tal a técnica do papelinho com o nome de cada um dentro do saco de plástico da loja verde)

Os Defesas Laterais:

2 – Rogério, nascido em Campinas, São Paulo, Brasil, em 28/2/1976. Falhou um golo feito, mesmo em cima da linha da baliza, que na altura daria o empate na passada final da Uefa. Não dá para esquecer;

15 – Miguel Garcia, nascido em Moura, Alentejo, em 4/2/1983. Marcou o golo no último minuto do prolongamento que deu o apuramento para a final da Uefa. Ainda mais, também não dá para esquecer;

33 – Edson, nascido em Palmares, Pernambuco, Brasil, em 15/3/1977. Veio do Leiria mas antes também havia jogado e perdido uma final da Uefa pelo Marselha. É um defesa goleador;

21 – Paíto, primeiro nome Martinho, nascido em Maputo, Moçambique, em 5/7/1982. Muitas arrancadas e correrias acompanhadas de muita inconsequência. Ponto alto da época passada foi o golo que marcou ao Benfica, o melhor do ano, em que correu o campo todo até fazer uma “rata” ao Luisão e chutar para o fundo da baliza;

55 – André Marques, nascido em 1/8/1987. Promovido dos juniores e esperança de que venha a ser o titular do futuro na lateral esquerda.

Os Defesas Centrais:

22 – Beto, nascido em Lisboa, em 3/5/1976. O capitão. Tem Deus no nome mas a forma como discute com toda a gente dentro do relvado não é nada católica;

4 – Anderson Polga, nascido em Santiago, Rio Grande do Sul, Brasil, em 9/2/1979. Foi o primeiro (e único, até ao momento) campeão do mundo a jogar em Portugal. Este ano será, certamente, impossível de repetir os erros decisivos do anterior;

3 – José Semedo, nascido em 11/1/1985, cresceu em Setúbal. Depois de um ano a rodar em divisão inferior, no Casa Pia, chega ao plantel principal. Em pequenos, Cristiano Ronaldo, amigo, ofereceu-lhe parte da sua cama para poder continuar no centro de estágio do Sporting.

13 – Tonel, o António Leonel nasceu em Lourosa, em 13/4/1980. Veio do Marítimo mas foi formado nas escolas do FCPorto, donde, inquestionavelmente, vêm os melhores centrais do futebol português.

Os Médios Defensivos:

27 – Custódio, nascido em Guimarães, em 24/5/1983. Devia ser o titular até outro jogar mais do que ele, e não o contrário;

8 – Luís Loureiro, nascido em Lisboa, em 4/12/1976. Foi o primeiro “russo” a desistir de Moscovo, vindo do aportuguesado Dinamo. Quando chegou, declarou-se logo sportinguista desde pequenino. Bastará?

28 – João Moutinho, nascido em Portimão, em 8/9/1986. Depois dele, as potenciais estrelas passaram todas a ser apelidadas de “novos Moutinhos”. Que melhor cartão de visita?

26 – Fábio Rochemback, nascido em Soledade, Rio Grande do Sul, Brasil, em 10/12/1981. Será a 3.ª época no Sporting (e, infelizmente, última?), fazendo esquecer a ida de Ricardo Quaresma para o Barcelona (e depois para o Porto). A sua influência na equipa é tanta que este ano é um dos capitães.

Os Médios Atacantes:

10 – Ricardo Sá Pinto, nascido no Porto, em 10/10/1972. Adoptado pela JuveLeo assim que chegou em 1994. É o jogador mais carismático do plantel, e ainda que o seu feitio não reúna consenso, ninguém nega que com ele em campo a garra de toda a equipa é outra;

5 – Carlos Martins, nascido em Touriz, Oliveira do Hospital, em 29/4/1982. Será este ano? No passado, quando a equipa jogava sob a sua batuta e parecia que não mais perderia a titularidade, vieram os problemas musculares. Feita a pré-época, e ainda sem jogos a sério, os problemas musculares parece que continuam;

18 – Nani, de nome Luís Carlos Cunha, nascido em Cabo-Verde, em 17/11/1986. Veio dos juniores e foi-lhe atribuido o n.º do mítico Jurgen Klinsmann. Irá, certamente, ter muitas oportunidade de jogar e encantar, como já o fez em alguns jogos da pré-época;

11 – Rodrigo Tello, nascido em Santiago, Chile, em 14/10/1979. A tranferência mais cara de sempre do Sporting. Vai para a 6.ª época no Sporting e ainda não conseguiu corresponder minimamente ao investimento nele efectuado. Apesar de o plantel do Sporting ter 3 defesas-esquerdos, no jogo de apresentação da presente época foi a primeira opção para substituir o presumível titular naquela posição, Edson;

17 – Rodolph Doaula, nascido em Doula, Camarões, em 25/9/1978. O rapaz é meu vizinho e por isso da próxima que o encontrar vou tentar mandar-lhe um calduço e explicar-lhe que fazer chantagem é feio. Alguém o terá obrigado a assinar o contrato o ano passado para já estar para aqui a mandar vir que se não o deixam sair têm de o aumentar?

Os Avançados:

31 – Liedson, nascido em Cairu, Bahia, Brasil, em 17/12/1977. Um dos mais decisivos atacantes que já passaram por Alvalade. A ele tudo se tem perdoado, mas a paciência terá limites;

23 – Deivid, nascido em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, em 22/10/1979. Transferiu-se do Santos. Deve o seu nome ao Hulk, também conhecido como David Banner, mas o senhor do registo civil enganou-se a escrever o seu nome e assim ficou. Apesar de nunca ter jogado lá, é do Flamengo desde pequenino, o que revela, pelo menos, alguma inteligência. Curiosamente, quando deixou o Corinthians, o Liedson ficou com o seu lugar;

87 – Mauricio Pinilla, nascido em Santiago, Chile, em 4/2/1984. É ídolo, principalmente das adolescentes, no seu país. Por cá tem direito a uma das mais bem conseguidas músicas dedicadas a jogadores: Pini, Pini, Pinigol... Pinigol...

9 – Elpídio Silva, nascido em Campina Grande, Paraíba, Brasil, em 19/7/1975. Na primeira passagem pelo Sporting o “Pistoleiro” estava sem munições. Na presente época é pouco provável que lhe dêem sequer a arma para mostrar o seu trabalho. Voltou depois de uma época em Guimarães, com o insólito(?) de nos ter marcado 2 golos;

20 – Silvestre Varela, nasceu em 2/2/1985. Não faço ideia onde nasceu, mas como vai dar certamente muito nas vistas, à semelhança do que tem vindo a fazer nas selecções dos mais pequenitos, terei oportunidade de actualizar este dado. Chega pela primeira vez à equipa principal depois de rodar no Casa Pia.

terça-feira, agosto 09, 2005

Estádio Olímpico de Helsinquia

Os Campeonatos do Mundo de Atletismo encontram-se a decorrer em Helsinquia, no estádio olímpico, considerado um dos mais bonitos do mundo. Foi construído para os JO de 1940, que acabaram por não se realizar devido à II Grande Guerra Mundial, servindo depois para os acolher em 1952. Curiosamente, os primeiros Mundiais de Atletismo realizaram-se lá, em 1983.
Um dos símbolos mais reconhecidos do estádio é a sua torre de 72 metros de altura, à qual se pode subir e contemplar uma óptima panorâmica da cidade. O que fiz, também na tentativa de obter um bom ângulo para fotografar as minhas companheiras de viagem em pleno relvado. O resultado? Expulsão imediata, que não minha mas delas, pelos calmos finnishs. Fica a experiência de ter apoiado uma corrida quase olímpica por parte da minha mana e da Ana.

segunda-feira, agosto 08, 2005

Bronze


Quando aqueles de quem eu gosto ganham, fico feliz por eles.
Ontem, ao ver Susana Feitor terminar em 3.º a sua marcha, depois de tantas esperanças adiadas desde a sua brilhante carreira de junior, fiquei igualmente feliz. É um dos poucos atletas de top com quem tive oportunidade de conversar por breves momentos num dos seus muitos estágios na Serra Nevada. E o encontro veio confirmar a impressão que dela tinha: uma óptima conversadora, extremamente simpática e disponível. E persistente, pois há 15 anos que em termos mundiais esperava esta medalha. Agora, e como a minha homónima afirmou, há que continuar a perseguir o sonho olímpico, até Pequim 2008, não só a marchar como também através do seu envolvimento na comissão de atletas olímpicos.
O nosso Francis ficou em 4.º lugar nos 100 metros e parece que pediu desculpa aos portugueses que o seguiram pela tv. Ah? Por acaso estás a ver assim uma mão cheia de tugas a ficar em 4.º em alguma coisa? E viremos a ter muitos mais atletas assim?
Naide Gomes ficou em 7.º no heptatlo, uma das modalidade em que mais olhos estão depositados por causa de Carolina Kluft, a nova “deusa” das pistas. O objectivo era ficar entre os 8 primeiros, por isso, objectivo cumprido, ainda para mais com um novo melhor tempo pessoal na prova final, os 800m.
Durante a próxima semana esperam-se mais bons resultados no desporto que mais alegrias tem dado aos portugueses.

domingo, agosto 07, 2005

Sonhos

A ida de Luís Figo para o Inter de Milão deixa-me desiludida com a vida.
Alguém nos diz que devemos ir atrás dos nossos sonhos e pensamos sempre que com dinheiro mais facilmente os cumprimos. Mas se nem os podres de ricos, pelos vistos, os cumprem...
Veja-se o caso de Figo, que sempre afirmou que o seu sonho era jogar em Inglaterra, optar pelo Inter em vez do Liverpool, campeão europeu e equipa mítica do tal campeonato inglês dos seus sonhos; vendo-se Figo, dizia, optar por mais e mais $$$ deixando de lado a oportunidade de cumprir o seu sonho publicamente declarado só vem confirmar que o futebol, para muitos, está mais próximo da moda do que das emoções.

quinta-feira, agosto 04, 2005

Fora-de-Jogo

Na noite de ontem, na apresentação do Sporting, viu-se pela primeira vez em Alvalade as novas regras do fora-de-jogo. Foi realmente muito esquisito de compreender a lenta reacção do fiscal de linha a levantar a bandeirola 2h33m depois de toda a gente ter visto o fora de jogo. Os assobios eram tantos que ao intervalo surgiu alguém aos microfones a explicar que a culpa não era propriamente do senhor fiscal mas antes das regras novas.
Deu para ver que, mais importante que os adeptos, os jogadores terão de adaptar-se rapidamente a esta “coisa”, não perdendo tempo inútil a olhar para o fiscal, pois já se sabe: podem correr desalmadamente o campo todo atrás da bola que ele, qual sádico, só levanta a bandeirola quando apanharem a bolita.

Ante-Estreia

Os "Indomáveis" tiveram hoje à noite a sua ante-estreia frente à Sampdória.
Novidades no onze inicial apenas Edson, Luís Loureiro e Deivid. Foram todos assim assim. Para a minha vista, os já conhecidos Rochemback e Douala mostraram mais força e querer, principalmente este último com arrancadas tão rápidas que não deixava só os rapazes da Samp para trás, como também os seus próprios colegas.
O Edson mostrou que nos livres é mesmo perigoso, o Luís Loureiro lesionou-se no final da primeira parte e o Deivid pareceu um pouco trapalhão a soltar a bola e com vergonha de rematar à baliza. Há-de melhorar à medida que for ganhando confiança.
Em resumo, resultado final 2x1, com um auto-golo e um de penálti do Liedson; um jogo enfadonho para um estádio muito bem preenchido pelos adeptos. Mas o jogo do Sporting será como o do Deivid - irá melhorando com os dias, até porque daqui exactamente a uma semana há já um dos mais importantes de toda a época, a pré-eliminatória da liga dos campeões frente à Udinese.

quarta-feira, agosto 03, 2005

Braçadas Mundiais

No domingo passado terminaram mais uns campeonatos mundiais de natação, em Montreal. Para os portugueses, missão cumprida. Os objectivos não eram nada por aí além, aliás, à cautela, nunca o são. Mesmo assim, a par de um ou dois recordes nacionais superados, a novidade foi a qualificação para as semi-finais da nova campeã europeia de juniores de bruços, Diana Gomes de seu nome. Incrivelmente, foi a primeira vez que uma menina portuguesa chegou às 16 primeiras nuns campeonatos mundiais. Fez-se história, portanto.
De resto, e falando das trutas da natação, não estiveram presentes Alex Popov, Lenny Krayzelburg, Franziska Van Almsick, Jenny Thompson, Yana Klochkova, todos já retirados, nem Ian Thorpe, a gozar um ano inteirinho de férias antes de se lançar de cabeça para os Jogos de Pequim.
Nas meninas, as australianas dominaram, juntamente com algumas teenagers americanas. O Zimbabwé, depois de uma medalha de bronze (ou prata?) nos últimos JO, conseguiu ver uma sua nadadora dar-lhe o primeiro título mundial na natação.
Nos meninos, o já inevitável Michael Phelps mostrou coragem para se aventurar em provas que não são as suas com o propósito de melhorar ainda mais nestas. E mais uma vez mostrou que é mesmo um fenómeno. Os sul africanos do crawl de velocidade continuaram em alta, viu-se uma série de japoneses nas finais de praticamente todos os estilos, um grego foi campeão mundial, um tunisino foi ao pódio e houve finais para, pelo menos, um argelino, um croata, um polaco, um esloveno, um norueguês, um cazaque, um chinês, um romeno e um lituano, só para falar dos países mais improváveis de, teoricamente, se ver nestas andanças. Depois do Alexandre Yokochi, quanto tempo mais teremos de esperar para estarmos numa final?
A estrela destes mundiais foi, no entanto, o australiano Grant Hackett. Continuando a tradição dos cangurus nas provas de seca, venceu pela 4.ª vez seguida os 1500 em mundiais e tornou-se o primeiro nadador a ganhar 7 títulos mundiais individuais. Apesar de não gostar assim tanto do rapaz, o feito obriga-me a postar a foto do novo herói das piscinas.

segunda-feira, agosto 01, 2005

SCP 2005-2006

Depois da época passada, a fasquia está, necessariamente, elevada. Em termos de emoção estamos conversados. Dificilmente será melhor. Exagero? Vejamos, então: no ano passado o Sporting foi eliminado da Taça de Portugal apenas nos penâltis (naquele que foi considerado o jogo da temporada), ficou arredado do título nacional com um “golo” a menos de 10 minutos do fim da penúltima jornada, e perdeu na final da Taça Uefa depois de se ter apurado no último minuto do prolongamento.
Após estes dois meses e tal fica já mais fácil falar sobre o assunto.
O que se espera então da época que irá ter, por parte do Sporting, a sua apresentação aos sócios e adeptos nesta 4.ª feira? Em ano de centenário, não custa continuar a sonhar em ser campeão em Portugal e fazer um brilharete na Europa.
Relativamente às mexidas no plantel, e deixando o decorrer da época para análises mais rigorosas, o Futebol É Para Meninas vê mais ou menos assim as coisas:
- Os jogadores que sairam:
Pedro Barbosa e Rui Jorge terminaram os seus contratos e, tendo em conta a idade e produção da época que passou, não havia como renová-los;
Marius Niculae prometeu e cumpriu até se lesionar. Valeria a pena continuar a pagar para ver?;
Hugo Viana assinou o contrato da sua vida com o Newcastle e depois disso, ou baixa o salário ou convence o clube a continuar a deitar para o lixo o dinheiro que investiu nele. Deixará saudades ao Sporting?
Mota quem?
Mário Sérgio e Hugo já foram tarde.
Enakarhire é o único destes (tirando o Pedro Barbosa e o Rui Jorge de outros tempos) que, pelo que apresentou na época passada, deixará saudades.
- Os jogadores que subiram ou voltaram:
Semedo, Silvestre Varela, Miguel Veloso, Nani, André Marques têm como motivação suplementar poderem vir a ser considerados os próximos João Moutinho (até este Blogue não conseguiu fugir tentação de fazer a irritante comparação...);
Silva, será para ficar?
- Os jogadores que entraram:
Deivid gera imensa expectativa pelo que dizem que pode fazer;
Edson não tem desiludido, pelo contrário. Quando for a doer se verá se cumpre não só nos chutões mas também a defender;
Luís Loureiro parece ter sido um bom negócio. Chegou sem se atrapalhar e foi logo dizendo que é do Sporting desde pequenino. Se jogar bem, acreditamos. Aparte isso, vem para um lugar para onde só havia Custódio;
Tonel jogou uns tempos na Académica, por isso deve ser um rapaz bem formado;
Manoel e Labarthe parece que são para emprestar. Se assim for e se se portarem bem, para o ano falo deles.
- Os que o Futebol É Para Meninas não se importava que fossem embora:
Ricardo, Rodrigo Tello e Anderson Polga.
O primeiro porque se julga infinitamente melhor do que na realidade é, e a realidade mostra-nos que não é assim grande coisa (Ó Labreca, mostra-nos que isto é uma granda mentira!!!). O segundo porque veio a preço de ouro e os 2 ou 3 golões que marcou (e foi só!) não valem as milhentas épocas que já leva de Sporting. O terceiro porque na última época causou tantos calafrios como o Hugo – isso pega-se, ou quê?
- Os jogadores que não deveriam sair, der lá por onde der:
Douala e Liedson.
- Os jogadores que vão fazer uma época em cheio:
Rochemback, João Moutinho, Edson, Carlos Martins, Douala, Silvestre Varela.

4.ª feira, após o Sporting X Sampdória, logo se começará a ver se o conjunto de letrinhas acima colocadas são só absurdos ou se aproximam pelo menos um pouco da realidade.