Futebol é Para Meninas

O Blogue de Todos os Desportos

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Roger 7


Roger Federer não será o meu tenista favorito.
Mas é aquele que não me importo nada de ver ganhar sempre.
Contraditório? Talvez.
A verdade é que Roger Federer tem um jogo e uns movimentos tão delicados em court que vê-lo jogar é como assistir a um bailado.
Depois é um nice guy, o que não sendo de todo decisivo para que possa admirar alguém, nele causa uma simpatia imensa.
Não é o rapaz mais bonito do mundo, mas aquelas sobrancelhas carregadas juntamente com aquele nariz disforme dão-lhe um ar lindo.
Vai daí, o suiço de 24 anos conseguiu este domingo na Austrália o seu 7.º título do Grand Slam. Metade dos que Pete Sampras ganhou em toda a sua carreira, marca esta que parecia inalcançável mas que com Roger Federer parece ser passível de liquidação em tempos próximos.
Tal como Pete, Roger só não consegue ganhar em Roland Garros, mas arrasa em todos os outros Slams da época, ganhando sempre 2 ou 3 por ano.
E arrasa também nos jogos decisivos - as finais - raramente os perdendo. Ganhou 24 finais seguidas até perder no Masters de 2005 com David Nalbandian.
É, pois, conhecido como o homem gelo, de nervos de aço, que nunca quebra.
Nunca?
Então não o vimos chorar em directo ao ganhar o último Australian Open? Mais um momento do fim de semana em cheio para coleccionar.
Juntei-me a Roger e chorei com ele. Eu emocionada por ver que o maior tenista dos tempos de hoje também ainda se emociona com as suas recorrentes vitórias, ele por, entre outras, receber o troféu das mãos do maior tenista de todos os tempos (a par de Pete Sampras), Rod Laver de seu nome.
Aquele que foi o único a ganhar os 4 Slams numa mesma época, no longínquo ano de 1968.
Aquele que Roger se apresta a suceder?

Ah, Noite Linda!

Para o bem e para o mal, quando o acontecimento chega sem se esperar, o choque é maior.
Neste caso a alegria foi enorme.
Apesar de, em todos os jogos, mesmo com 5´ depois dos 90´ continuar sempre a sonhar que é possível o Sporting inverter qualquer resultado negativo, no campo da realidade pura e dura qualquer expectativa positiva para o Benfica X Sporting do fim de semana era um redondo zero.
Mas...
Para além dos 3 momentos de explosão na casa dos vizinhos feios, ficarão os meus outros momentos:
- Liedson a passar bem em frente da "Loira" Koeman com a sua tradicional mão na orelha.
- Sá Pinto a sair aos pulinhos e com socos de vitória no ar.
- Admissão unânime de que o Benfica não criou uma única ocasião de golo durante todo o jogo.
- Palavras de Ricardo - afirmou ter saído frustado por o Sporting não ter marcado uns 7 ou 8.

20.ª Jornada - Benfica 1X3 Sporting

Depois de uma queda em palco logo nos primeiros minutos, eis os 3 actos do memorável recital de sábado à noite, a que assistiram 63000 ao vivo:





quarta-feira, janeiro 25, 2006

Afinal Não

Oh!
Afinal o Sporting não adquiriu um Koke.
Comprou antes o Koke, espanhol que jogava em França.
Ainda ninguém tinha dado pelo rapaz, mas pode ser que seja como o outro Koke. Um génio tardiamente compreendido. Ou será este o nosso Tote?
Parece que uma das razões que levaram à compra do espanhol foi o facto de ele ser SCP - Sérgio Contreras Pablo - e não o facto de vir rotulado como ponta de lança, uma vez que na conferência de imprensa Koke afirmou ser mais um extremo.

Koke

O Sporting adquiriu um Koke.
Apoio. Sou fã da obra de Paul "Koke" Gauguin, principalmente da sua fase Polinésia.
Espero que tenha sido este o Koke comprado.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Os "Jovens" e "Inexperientes"

Os mais simplistas parecem ter encontrado uma razão para o péssimo futebol do Sporting. Há quem diga que a irregularidade das exibições se deve à excessiva juventude e inexperiência dos seus jogadores.
Dois mitos que não passam disso mesmo.
O primeiro, a irregularidade, não existe na verdade. O Sporting há muito nos habituou a não ganhar dois jogos seguidos e apenas passará a ser irregular quando conseguir ganhá-los ou conseguir jogar futebol em dois jogos consecutivos. Aí sim, sairá da sua regularidade.
O segundo mito, o da juventude e inexperiência dos seus jogadores, não existe igualmente. Veja-se as idades de cada um dos que foram titulares no último jogo:
Ricardo (29), Abel (27), Tonel (25), Polga (26), Caneira (26), Custódio (22), Carlos Martins (23), João Moutinho (19), Romagnoli (24), Sá Pinto (33) e Liedson (28).
A média é de 25 anos. Não é por aqui, portanto.
Serão então inexperientes? Tirando Ricardo, Polga, Caneira, Sá Pinto, todos com umas quantas internacionalizações, mais Custódio e João Moutinho, igualmente internacionais e que já passaram por um campeonato disputado até à última jornada e por uma final europeia, mais Liedson que tem experiência suficiente em resolver, quer jogos quer férias, restam-nos Abel e Tonel, Carlos Martins e Romagnoli. Os dois primeiros têm umas quantas épocas de I Liga. Carlos Martins há muito que está no clube e, apesar de não jogar com tanta frequência como se esperaria, também não pode ser acusado de falta de experiência.
Sobrou Romagnoli!
Será ele, que apenas fez 3 jogos em Portugal, que carrega com o peso da inexperiência?

Exercício de Masoquismo

Revi hoje, pelo terceiro dia consecutivo, o golo do Marítimo em Alvalade.
Este revisionamento da derrocada de sábado, acompanhado pela difusão das imagens da vitória do proprietário da vivenda Mariani, tem me deixado atormentada por demais e faz-me querer esquecer o fim de semana o mais rapidamente possível.
Mas o masoquismo parece não o permitir.
Como é possível que dentro da área, a pequenos passos da pequena área, se encontrem 6 jogadores do Sporting, mais o guarda redes (para os mais distraídos esta conta dá 7, em 11 possíveis), contra 2 jogadores do Marítimo e 1 destes consiga rematar quase de bicicleta para golo com aquela canalha toda à volta?
Alguém faz o favor de explicar?

19.ª Jornada - Sporting 1X1 Marítimo

Levei falta em Alvalade e no sofá da sala.
Sporting marcou primeiro. Marítimo empatou num lance à Sporting. Enjoei de vez destas chachadas que resultam em bola a entrar na nossa baliza e que jogo após jogo nos fazem questionar o que os jogadores do Sporting andam a fazer nos treinos e onde andam com a sua "cabeça" nos jogos.
Sá Pinto cometeu um penálti mais do que ingénuo pelo segundo jogo consecutivo. Igualmente, pelo segundo jogo consecutivo tivémos a sorte de ver um adversário falhar um penálti.
Hoje, porém, essa sorte não chegou para ganhar um jogo em que, dizem, o Sporting jogou nos primeiros 20 minutos do melhor futebol que já se vira a equipa a praticar no presente campeonato.
Todavia, tanta falta de aproveitamento das jogadas de golo criadas deu em azia. O que levou a que o nosso treinador e os nossos dirigentes dirigissem as suas críticas ao árbitro. Que tal pousar o olhar na situação - desportiva e directiva - do próprio clube?

segunda-feira, janeiro 16, 2006

18.ª Jornada - Belenenses 0X1 Sporting

Vitória fora, ainda que em Lisboa, nada mau.
Desta vez a injustiça tocou aos outros.
Com muita sorte à mistura, o Sporting conseguiu marcar um golo - por Tonel - e não sofrer nenhum. Ajuda de Marco Aurélio, que deixou a bola escapar no lance do nosso golo, e ajuda de Ruben Amorim que falhou um penálti ingenuamente cometido por Sá Pinto.
Sá Pinto que, no último minuto, colocou uma pitada de justiça no jogo ao desperdiçar também um penálti. Seria o 2x0 para uma equipa que só defendeu na segunda parte.
Um suplício este tipo de jogo que pensavamos cativo de equipas com outras ambições.
Estas tretas em campo só vêm dar razão ao palhaço do presidente do Nacional ao equipar o Sporting àquele clubezeco, que nem n.º 1 da Madeira é. Se é como ele disse, se ambos os clubes - Sporting e Nacional - lutam apenas pelas competições europeias, então a jornada não foi nada má - ganhámos dois pontos aos nossos novos rivais e ainda vimos o FêCêPê - o tal que tem outros objectivos - a perder três pontos.
Bem vindo ao novo estatuto, Sporting.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Salada Russa

Primeiro foram os futebolistas portugueses que quiseram ir para a Rússia a afirmar que não se adaptaram, que Moscovo era esquisita, complicada para lá viver, outros costumes, chora daqui, chora dali, sempre com os bolsos cheios, no entanto.
Agora foi o russo Karyaka (que não é pioneiro nem no Benfica nem em Portugal, vidé Yuran, Mostovoi, Ovchinikov e, o meu preferido, Kulkov) a vingar-se. Diz não ter interesse em ver jogos do futebol português; e qual é o nosso interesse em vê-los se não tivermos umas equipas para puxar para cima – o Sporting e a Académica – e outras para puxar para baixo – o Porto e o Benfica? O russo não se encontrará em nenhum destes casos e, por isso, teria mais do que fazer para ocupar os seus tempos.
O problema é que Karyaka, estranhos costumes, não gosta de centros comerciais nem de ficar fechado em casa a ver televisão ou a jogar playstation. E, mais estranho ainda, gosta de passear por zonas verdes. E pensava que morando ali para a zona do Estádio da Luz iria encontrar alguma zona verde. Parece que os dirigentes do seu clube só lhe indicaram o caminho dos relvados. E só para treinar. De verde estamos conversados.
O pessoal aqui por estas bandas ficou muito ofendido por hábitos e gostos tão sem sentido e estranha que um russo a quem deram a possibilidade de vir para o grande e capitalista (há já bem mais de duas década) Ocidente possa ser tão mal agradecido.
Karyaka nasceu em Dnipropetrovsk, na Ucrânia, e andou por não sei que cidades russas, mas talvez se os tugas derem uma voltinha a Moscovo ou São Petersburgo possam hesitar um pouco antes de negar o atraso de um país pela falta de zonas verdes, zonas para se estar e brincar sem os modernismos de uma sociedade que se julga evoluida pelo acesso a (alguma) tecnologia.
Quanto a mim, se tivesse oportunidade de dizer algo a Karyaka, dir-lhe-ia apenas: sorte tua que não estiveste cá no tempo dos outros russos, há 10 anos atrás, pré-Expo98, por exemplo. Aí sim não aguentarias nem 6 meses por Lisboa.

Sássa Mutema

Taça de Portugal
Sporting 2X1 Vizela

O Vizela marcou primeiro. O sporting deu a volta - na segunda parte - ao costume do passado (com excepção do último ano, com eliminação na Luz, o passado acenava-nos com eliminações pelo Setúbal e pela Naval - sempre em Alvalade).
Para história ficam mais dois golos do substituto Ricardo Sá Pinto, um de penálti e outro a 8 minutos do fim.

terça-feira, janeiro 10, 2006

17.ª Jornada - Sp.Braga 3X2 Sporting

À entrada para a última jornada da primeira volta, o Sporting estava obrigado a vencer e na lembrança estava ainda a convincente vitória (e exibição) sobre o Rio Ave.
Olhando para a primeira parte do jogo de Braga, sábado passado, rapidamente nos recordámos de que isso tinha sido no longínquo ano de 2005.
Num piscar de olhos nos vimos a perder por dois a zero, perdidos no relvado, sem ponta de garra, imaginação e esperança de dar a volta ao marcador.
Triste começo de ano.
Sem surpresa, se atentarmos à forma como o nosso plantel tem sido gerido, donde resultou a quantidade residual de jogadores disponíveis para este jogo: às "normais" lesões (Beto, André Marques e Luís Loureiro), somaram-se os já também normais castigos pós-férias no sol do Brasiu (Polga e Deivid), o castigo por acumulação de cartões (Ricardo Sá Pinto), a burocracia na vinda de papéis (Romagnoli) mais, finalmente, as incontáveis dispensas de meio de época de jogadores.
Um dos dispensados brilhou com a camisola do Sporting, mas de Braga - Wender tinha feito 8 jogos a suplente no Sporting, sem marcar qualquer golo; esperou para voltar ao Sporting vermelho para num jogo a titular marcar 2 golos. Nada que não fosse previsível. Seria demais pedir à SAD que num próximo negócio olhasse, pelo menos sorrateiramente, para o calendário? Evitava-se, assim, este ganho psicológico do adversário antes de se entrar em campo.
Com tantas ausências, para além do ex-júnior Nani a titular, o banco tinha ainda Semedo e mais três júniores. Dois deles fizeram a sua estreia (Tomané - nome do craque que jogava entre as ervas e as árvores atrás do meu prédio - e David Caiado).
Voltando ao jogo propriamente dito, a primeira parte foi má demais, relembrando velhos temores. A segunda parecia ir pelo mesmo caminho até que Liedson marcou dois golos também num piscar de olhos. Seria injusto até àquela altura mas o certo é que o Sporting moralizou, começou a jogar bem e criou mais 2 ou 3 oportunidades flagrantes para passar para a frente. O Braga estava, então, perdido. No entanto... mais uma vez num piscar de olho o Braga ganha um canto e a nossa defesa lembra-se que já desde o ano passado que não andava aos papéis. Vai daí... Toca de aparvalharem todos ao mesmo tempo. Caneira, o ex-rescindido, incluído.
Resumo: no fim da primeira volta o Sporting está a 10 pontos do Porto e a 4 do Benfica. Está bonito, está!

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Quem tem Pena do Estoril?

Fala-se na possibilidade – certa, ao princípio da manhã; com esperança de ser reversível, ao fim da tarde – de o Estoril Praia acabar com o futebol principal.
Transcevo o seguinte do Público de hoje:
«António Figueiredo, presidente da SAD do Estoril, admitiu ao PÚBLICO que a despromoção do clube da SuperLiga para a Liga de Honra, na temporada transacta, foi fatal, uma vez que só no escalão prinicpal do futebol português são geradas receitas que garantem a sustentabilidade de uma equipa de futebol como a do Estoril. “Na I Liga sobreviveriamos sem problemas”, insistiu Figueiredo.»
Para os mais distraidos, António Figueiredo, próximo do Benfica, já andava pelo Estoril na temporada transacta, a tal que foi fatal para um dos seus clubes, o da despromoção. A tal em que, em momento decisivo para as contas (pontos na tabela classificativa) de ambos os clubes, decidiu vender o Estoril ao Benfica, dando a este último a possibilidade de jogar em casa do Estoril no Algarve. Na altura falou-se que o Estoril, para além de pontos, precisava era de dinheiro. Não chegou para a sobrevivência, pelos vistos. Mas diz agora o Figueiredo que os pontos (não alcançados na temporada transacta) teriam chegado.
Conclusão fatalmente tardia, no que ao Estoril diz respeito, como é óbvio.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Romagnoli e o Cm

A poucos dias de se estrear pelo Sporting, a ansiedade de ver um verdadeiro 10 a comandar a equipa é muita. Será Romagnoli o craque de que o clube precisa? Veremos.
No entanto, a (pré) opinião de amigo portista e amigo benfiquista é igual à que me veio logo à cabeça: no Championship Manager (agora Football Manager) Romagnoli é jogador de confiança.

O Doping Visto Pelo Atleta

Ainda a propósito do doping, e também no ténis, Guillermo Coria, cujo currículo se encontra já manchado por um caso de utilização de substâncias proibidas, disse o seguinte ao La Nacion acerca do medo do doping:
«A mí me hacen 20 controles antidoping por año: tarde o temprano te va a dar. Yo, por las dudas, sigo sin tomar nada. Y cuando tomo algo es porque estoy recontra enfermo. En el US Open jugué tres días engripado sin medicarme, pero no daba más y tuve que ir al médico. Me hicieron un control, pero igual me sentía inseguro. La ATP y la FIT deberían hablarnos más sobre el tema, ya que nos sentimos desprotegidos por el sistema. Ellos te dicen que no hay que tomar nada, pero ¿cómo haces para jugar cinco sets con tanto calor? Necesitás hierro, magnesio... Es inhumano tener un solo día de descanso en los Grand Slams. Terminás de jugar y te duelen hasta las uñas del pie.»

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Lista de Espera

Com os estalos de ontem e de hoje nos aeroportos brasileiros e portugueses, ficámos a saber que Luís Filipe Vieira pode mais do que Polga.
Senão vejamos: Luís Filipe Vieira decide ir à última da hora para o Brasil e consegue não só bilhete de avião de ida como também de volta. Anderson Polga preparava-se desde o princípio da temporada para ir para o Brasil por esta altura e consegue bilhete de avião de ida mas falta-lhe o da volta.
Neste caso nem me importaria de poder menos. Quando quiser viajar para o Brasil e ficar por lá mais uns quantos dias já sei que é só falar com o empresário de Polga (o mesmo do de Liedson), reincidente no esquema.