Futebol é Para Meninas

O Blogue de Todos os Desportos

segunda-feira, julho 31, 2006

Força Rapazes

Estes serão os nossos rapazes para 2006/2007 (ou, pelo menos, aqueles que irão começar a época, talvez acompanhados por alguma surpresa de última hora):

1. Ricardo - guarda-redes
16. Tiago - guarda-redes
22. Rui Patrício - guarda-redes

15. Miguel Garcia - defesa lateral direito
78. Abel - defesa lateral direito
4. Anderson Polga - defesa central
13. Tonel - defesa central
Marco Caneira - defesa central
24. Miguel Veloso - defesa central
André Marques - defesa lateral esquerdo
8. Ronny - defesa lateral esquerdo

27. Custódio - médio defensivo
28. João Moutinho - médio defensivo
76. Carlos Paredes - médio defensivo

17. Rodolph Douala - médio ala direito
18. Nani - médio ala direito
10. Carlos Martins - médio ofensivo
21. Pontus Farnerud - médio ofensivo
30. Leandro Romagnoli - médio ofensivo
34. João Alves - médio ofensivo
11. Rodrigo Tello - médio ala esquerdo

9. Deivid - avançado
20. Yanick Djaló - avançado
31. Liedson - avançado
80. Carlos Bueno - avançado

A Renovação e o Retorno

No dia do centenário do Sporting renovei a minha game-box. Penso que melhor prenda não poderia ter dado ao meu clube.
Mesmo tendo ainda bem frescos na memória os fraquíssimos espectáculos da época passada, não consigo deixar de viver sem o meu masoquismo bimestral.
Em tempo de crise o preço da game-box não aumentou (eis mais uma demostração de sportinguismo: armo-me em tontinha e faço de conta que não me lembro que este ano nem sequer haverá menos 2 jogos nem nada e que os 3 meses de cinema no Alvaláxia à borla – para a minha companhia, uma vez que o esquema é “na compra de 1 bilhete ganhe outro” – compensam a diminuição das fitas no relvado).
Adiante.
A estrutura directiva no clube mantém-se. A equipa técnica também. A novidade é o retorno de Pedro Barbosa. O país dos amigos, o clube dos amigos. A volta do grande capitão. Para ajudar a por ordem à casa e a controlar os meninos. Espero que a experiência deste ano, numa pós-graduação em gestão (ou marketing) do desporto e comentários na Sportv, sirvam para que volte mais líder e menos indisciplinado.
Pelos vistos parece que ainda estou com azia pelo meu último encontro com o Pedrinho, no qual fui absolutamente ignorada (ver post)
Mas mantenho: Força Pedro.

Os Novatos

Paulo Bento passou directamente dos juniores para a equipa principal do Sporting.
Jurgen Klinsmann chegou à selecção alemã sem nunca ter treinado um clube.
Roberto Donadoni foi anunciado como o novo treinador da selecção de Itália, a novíssima campeã mundial.
Dunga, o até há pouco capitão, foi o escolhido para o escrete canarinho.
O que têm em comum todos estes rapazes? Isso mesmo – o facto de serem rapazes. E de terem sido até há poucos anos jogadores de top. E de estas serem as suas primeiras experiências na liderança de equipas profissionais. E têm também em comum o facto de os dirigentes que os escolheram não terem medo de arriscar em designar para as suas equipas / selecções jovens ambiciosos do mundo do futebol, que não necessitaram de anos e anos de estudo teórico da metodologia de treino, pois viveram-no na prática.
Paulo Sousa parecia andar à espreita na selecção portuguesa. Mas os nossos dirigentes optaram pelo seguro – um velho sargentão disciplinador e adepto do futebol burocrático (para usar a expressão de um jornalista brasileiro de que agora, infelizmente, não lembro o nome).
Azar o nosso. Duplo.

quinta-feira, julho 27, 2006

2.ª Circular no Guadiana

Joga-se hoje o primeiro derby da temporada.
A feijoões, mas é um Sporting x Benfica.
Poderia dizer que, se tivesse que escolher, preferiria perder este jogo ao invés de qualquer um outro a sério. Que, por exemplo, trocaria a vitória de hoje pela vitória frente a um qualquer Desportivo das Aves para o campeonato.
Mas não consigo.
Com uma vitória do Sporting hoje à noite sentir-me-ei como se tivesse ganho um título.
Venha então o 1.º da época!

Justiça à Italiana

Aqui há uns dias, todos os que em Portugal aliam o gosto pelo desporto com o gosto pela justiça desportiva, louvavam a justiça italiana. Por ter sido célere e por não olhar aos nomes dos prevaricadores. O maior e mais acarinhado clube do país (Juventus) estava envolvido em casos de corrupção e estes títulos não lhe serviram, então, como garante para uma sentença que a despromovia para a Série B, com uma penalização de 30 pontos (o que contribuia em grande para que, face a essa desvantagem pontual à partida, lá permanecesse por pelo menos 2 anos). A acompanhar a Juventus para a Série B iriam a Fiorentina (repetente em descidas administrativas) e a Lázio, também com pontos de penalização à partida para o campeonato. O Ac Milan manter-se-ia na Série A com menos 17 pontos (confesso que não estou muito a par das causas do julgamento mas que não consigo deixar de ver dedinho do ex-primeiro ministro e presidente do Milan, Silvio Berlusconi, nesta “discriminação”) mas não poderia jogar a Liga dos Campeões.
Anteontem, em sede de recurso, tudo mudou. As penalizações pontuais continuam atribuidas aos clubes prevaricadores, mas diminuiram sobre-maneira. Assim, a Juventus passou a ser a única despromovida à Série B, começando com “apenas” 17 pontos de penalização. A Fiorentina (ainda bem!) e a Lázio ficam na Série A, com 19 e 11 pontos de atraso, respectivamente. Quanto ao Ac Milan, poderá jogar na Liga dos Campeões, começando na pré-eliminatória, e viu reduzidos os pontos de penalização no campeonato para 8 pontos.
Também os dirigentes e o árbitro envolvido viram as suas penas reduzidas, muitas delas para apenas meses de suspensão da actividade desportiva.
Bem sei que é para isso que os recursos servem, e que o “Apito Dourado” parece, a esta distância, ter sido apenas um filme antigo de série C, mas será que poderemos continuar a afirmar com a mesma confiança e admiração de que lá fora é que as coisas funcionam?

quinta-feira, julho 20, 2006

Os Últimos Anos e Scolari

Depois do México 86, Portugal voltou às grandes competições do futebol no Euro 96. Aí encantou os ingleses e o mundo com o seu futebol técnico, de ataque e bem jogado, passou a 1.ª fase e perdeu com aquele golo de chapelada checa a Baia nos 4.ºs de final. Isto foi com António Oliveira, que mandava os jogadores correrem para tascar um beijo na bandeira depois de marcarem um golo.
Depois veio o falhanço da não qualificação para o Mundial de 98.
Este trauma, se é que o foi numa época em que nada de especial alcançávamos no futebol, foi logo superado com a chegada às ½ finais no Euro 2000. Mais uma vez fomos das equipas que apresentaram melhor futebol, mas fomos corridos a achar que nos tinham roubado com aquele penálti do louro Xavier e, por isso, reagimos como verdadeiros pais de família, aos encontrões e apertões a todos aqueles que não nos queriam bem. O resultado foi umas suspensõeszitas de uns quantos mesitos a uns quantos jogadores.
Seguiu-se o fiasco dos alhos no Mundial de 2002, acidente de percurso com o coxo Oliverinha.
Depois veio o salvador Scolari com a sua Santa do Caravaggio e com o milagre de apenas perder (2x) com a Grécia na final do Euro 2004 jogado em casa.
Agora o Mundial de 2006 e o 4.º lugar na Alemanha.

Dizem que os resultados e o amor à bandeira só apareceram com o sargentão.
Não creio que seja assim. Desde 1996, com a excepção do mundial de 2002 na Coreia, que Portugal vinha crescendo no que diz respeito a resultados no futebol sénior. E no tocante a amor pela selecção, já Carlos Queirós nos tinha feito olhar para ela e para os seus meninos de ouro, e com ele começamos a encher os estádios para ver Portugal e não apenas Benfica, Sporting e Porto. O Oliveira deu continuidade a isso e começou por introduzir aquela ideia popularucha da pátria e da bandeira (quem não se lembra de ver Sá Pinto a correr apressado para o beijinho à bandeira depois de marcar o 1.º golo português no Euro 96?).
Scolari mais não fez do que aproveitar o que outros já vinham fazendo, apanhando a boleia da euforia e disponibilidade dos portugueses para um torneio que seria jogado na sua terra. Depois, os amigos da comunicação social e da política fizeram o resto (ai a comunicação social portuguesa, tão critica numas situações e tão acritica noutras...). O que me parece é que nunca um seleccionador teve tantas condições para dirigir uma selecção portuguesa. Condições financeiras excepcionais à cabeça, mas também condições logísticas e de meios humanos. Ricarco Carvalho, Maniche, Luís Figo, Deco e Cristiano Ronaldo, ou seja, praticamente meia equipa, teriam lugar quase em qualquer equipa / selecção.

Quer isto dizer que não há nenhum mérito de Luiz Felipe Scolari no comando do futebol português? Claro que há. Os resultados falam por si. A disciplina também fala por si. Assim como fala por si o decréscimo da qualidade do futebol que temos vindo a praticar a nível de selecção (onde é que foram buscar a ideia de que Portugal foi a equipa mais excitante deste mundial?).
Apesar de não gostar de Scolari, parece-me bem a sua continuidade. Ao contrário do que dizem alguns analistas, o grupo que tocou a Portugal para a qualificação do Euro 2008 não será assim tão favas contadas. Estarão presentes Polónia e Sérvia (que estiveram no mundial) e Bélgica (ainda que com resultados inexpressivos nos últimos anos, é muito mais assidua do que Portugal em fases finais, quer de europeus quer de mundiais), para além de Finlândia, Arménia, Azerbaijão e Cazaquistão. Passam apenas os 2 primeiros.
E ao contrário do que dizem também alguns, não creio que Scolari já tenha provado tudo o que vale. Não será fácil renovar a equipa, marcar presença no próximo europeu e superar as últimas classificações. Mas ao aceitar ficar em Portugal, Felipão mostra que ao lado da vida mansa aceita também desafios. Só por isso me proponho a levar com mais doses de Roberto Leal e bandeirinhas do Bes (a este propósito, onde estão os defensores da pátria iluminados e políticos – entre os quais um constitucionalista – que cegamente fazem lobby por Scolari mas não aparecem para explicar à populaça a ilegalidade de se associar uma marca a um símbolo nacional?).

terça-feira, julho 18, 2006

A Campeã


A Itália tornou-se campeã mundial de futebol pela 4.ª vez. Mais títulos conquistados só o Brasil os tem: 5.
Da fama de praticarem um futebol cínico e defensivo ninguém os livra. Mesmo que tenham marcado 12 golos em 7 jogos (o futebol talentoso do nosso Portugal ficou-se por 7 golos em 7 jogos).
O certo é que neste mundial, os italianos foram dos primeiros a brilhar.
Os 2x0 ao Gana, com uma boa exibição, levou-os ao céu, devidamente reconhecidos pela critica internacional.
Depois veio o empate com os americanos, num jogo com umas quantas expulsões (3) mas não tantas como no nosso com a Holanda (4).
Pensou-se, então, que os italianos não iriam mais uma vez sobreviver à 1.ª fase porque teriam de jogar com os checos. Nada de mais, foi limpinho. Os italianos marcaram 2 golos sem resposta e os também favoritos checos é que voltaram mais cedo para casa.
Nos 8.ºs de final vieram os australianos. O passeio italiano não aconteceu. Foram prejudicados logo no início da 2.ª parte com uma expulsão injusta, mas mesmo no último suspiro da partida o árbitro compensou com um penálti inventado. Que sorte dos italianos!
Nos 4.ºs de final é que chegou o passeio frente aos amarelinhos dos ucranianos. 3 golos, 2 dos quais do finalmente goleador Toni.
Nas 1/2 finais, 2 golos de rajada no último suspiro do prolongamento com os donos da casa alemães. Que sorte, Itália.
Na final, expulsão de Zidane no prolongamento, título vindo nos penáltis. Mamma Mia, que sorte! Itália campeã!
Nos 3 momentos de "sorte" esteve sempre o mesmo homem: Fábio Grosso. 1.º por ter tropeçado num australiano no lance do penálti inventado no último suspiro da partida. 2.º quando marcou o primeiro golo no último suspiro do prolongamento com a Alemanha. 3.º quando marcou o penálti decisivo na grande final com os franceses.
Sorte e Grosso à parte, houve talento, garra e muito sangue frio nos momentos decisivos.
O título fica-lhes muito bem.
E talvez a sorte tenha sido nossa, uma vez que dificilmente poderiamos ver jogadores mais bonitos a levantar a Taça.

O capitão Fábio Cannavaro

O romano Francesco Totti

O juventino Alessandro del Piero

Filippo Inzaghi, Alberto Gilardino, Alessandro del Piero e Toni

Cabeça Amiga

Infelizmente, e tirando os 6x0 da Argentina à Sérvia e a jogada do golo de Cambiasso nesse jogo, o que recordarei deste mundial são as 2 cabeçadas de 2 grandes jogadores do futebol de sempre que disputavam das últimas partidas pelos seus países.
A ideia deve ter sido mais ou menos esta:

Num dos últimos jogos pela selecção ainda vou a tempo de cabecear.

Gostei da nova técnica de jogo de cabeça. Antes de me despedir da minha selecção também quero experimentar uma coisa do género.

Uma cabeçada em grande e mais estilosa da do meu amigo Figo.

Golo


A Nuno Gomes foi-lhe dada a possibilidade de jogar 20 minutos no último jogo do mundial. Ainda a tempo de marcar o golo da foto acima.
A 3.º escolha, atrás de Pauleta, melhor marcador de sempre da selecção (quem diria?) e de Heldér Postiga (só Scolari é que parece achar que ele pode ser goleador). Não é que goste muito de Nuno Gomes. Na verdade sou como todos os não lampiões. Pronto, o rapaz tem alguma piada, é girote, simpático, boa onda, mas no que toca a futebol... é um bocado tosco mas poucos portugueses marcam tantos golos como ele. Rendo-me às evidências.
Mais uma vez, no dito último jogo do mundial, fui forçada a fazê-lo.
Futebol é golos. E Nuno Gomes veio para marcá-lo.
Depois de 70 minutos a defender o resultado com a Holanda (nos 8.ºs de final), depois de 120 minutos sem marcar 1 golinho contra 10 ingleses (nos 4.ºs de final), depois de 90 minutos contra uma equipa de experientes velhotes franceses sem meter a bola na baliza dos bleus (nas 1/2 finais), foi preciso esperar 88 minutos para que Nuno Gomes nos oferecesse o prazer de comemorar 1 golo contra os 3 que os alemães já nos tinham marcado (no jogo para o 3.º lugar).
Sim, Portugal ficou em 4.º lugar no mundial. Dizem que é um lugar honroso. Para mim a honra não tem nada a ver com isto de mundiais e futebóis. Estes têm mais a ver com jogo, técnica e táctica, sorte e azar. O 4.º lugar foi uma boa classificação para quem só nos últimos anos tem andado nestas andanças.
Ponto.
Independentemente disso, o que vi foi uma equipa portuguesa com pouco futebol. Certinha mas sem entusiasmar. Fracas exibições, poucos golos. Em 7 jogos marcámos por 7 vezes, ou seja, houve 7 ocasiões para vibrar, penáltis com a Inglaterra à parte. Aliás, desses 7 golos, 2 foram marcados atráves de grande penalidade. E mesmo no dito jogo com a Inglaterra, conseguimos falhar 2 penáltis em 5 (sorte que os ingleses atiraram 3 para as mãos de Ricardo).
Enfim, um mundial para esquecer no que toca a momentos de extâse, para esticar bem alto os braços e tocar com os punhos no céu durante os jogos da nossa selecção.

domingo, julho 16, 2006

Pedalando

À partida para a etapa de hoje do Tour de France, Oscar Pereiro era 46.º na classificação, a 28 minutos e 50 segundos do 1.º classificado. Nem em sonhos nem acreditando em milagres poderia esperar acabar o dia de hoje com a camisola amarela vestida. Mais fácil seria ganhar a etapa. Não a ganhou, perdeu-a ao sprint (o vencedor da etapa foi Jens Voigt), mas vai levar a amarela vestida para a etapa de amanhã.
Milagres afinal existem. Ou será apenas uma daquelas enormes missões impossíveis com a consequente surpresa que o desporto gosta de nos oferecer de quando em vez?
Não era crível que numa etapa de 230 km, entre Béziers e Montélimar, algum ciclista pudesse ganhar meia hora (?) ao pelotão.
Dizem que também não será lá muito possível que o galego e a sua equipa das Baleares possam vencer o Tour ou sequer segurar a amarela por um dia que seja. Mas quem acredita em mais alguma coisa neste Tour sem Lance Armstrong?

tour

Hall Of Fame

O que têm em comum Gabriela Sabatini e Patrick Rafter?
Ambos foram destacados tenistas e ambos ganharam num torneio de um Grande Slam. Ou melhor, no mesmo Slam, o Us Open. Gabriela por uma vez, em 1990, Pat por duas vezes, em 1997 e 1998. E ambos foram durante muitos anos os meus tenistas preferidos. Ainda o são.
A partir de hoje, 15 de Julho de 2006, juntam a estas coincidências a de terem entrado no mesmo dia para o International Tennis Hall of Fame, Newport, EUA, uma instituição que se propõe preservar a história do ténis.

sábado, julho 01, 2006

Diz o Roto ao Nu

Para mostrar que tenho senso de humor, publico em seguida a piada que vem correndo na net (posta a circular pelos brasileiros, é claro):
"A grande partida da Copa é a de amanhã. A da Argentina para Buenos Aires."
Mas não consigo deixar de acrescentar que essa partida terá forte concorrência da outra que se irá disputar depois de amanhã - a partida do Brasil para São Paulo.

Inglaterra 0x0 Portugal (1x3 após penáltis)




Brasil 0x1 França




Itália 3x0 Ucrânia




Alemanha 1x1 Argentina (4x2 após penáltis)