Futebol é Para Meninas

O Blogue de Todos os Desportos

segunda-feira, outubro 31, 2005

9.ª Jornada - Boavista 2x2 Sporting

No fim do jogo, e face ao empate registado e ao jogo jogado, pode dizer-se que o Sporting dá-se por contente por ter empatado mas sente-se desiludido após ter estado a ganhar por 2x0. O Boavista sente-se desiludido por ter empatado mas pode ficar contente por ter recuperado de uma situação de desvantagem de 2x0.
A verdade é que o Sporting não aproveitou nada neste fim de semana. Caiu-lhe do céu os empates do Porto e Benfica e, principalmente, caiu-lhe do céu dois golos de rajada, aos 22m e 24m, na noite de hoje, nas primeiras (e raras) oportunidades de que dispôs.
O Boavista entrou muito melhor, sentiu os golos contra a corrente do jogo, a equipa veio-se abaixo mas teve o discernimento de voltar do intervalo disposta a continuar a jogar para ganhar, tal como tinha entrado na partida. O Sporting da 2.ª parte sofreu a bom sofrer e nunca conseguiu segurar o jogo. Foram perdas de bola a mais.
Para agravar, parece-me que não terá tido no banco um comandante muito lúcido. Trocar André Marques por Rodrigo Tello é, pura e simplesmente, queimar uma substituição. Nessa altura ainda estavamos em vantagem e se era para ganhar maior consistência defensiva a emenda foi pior do que o soneto. Tello não é grande jogador na sua posição original e a defesa esquerdo é uma nulidade.
Depois, já empatados, quando Nani - que fez uma 1.ª parte muito boa, com um golo fantástico em que correu o meio campo adversário todinho a driblar adversários -, dizia, quando Nani já estava perdido a fazer passes mais do que disparatados, o treinador troca Douala - o único ainda capaz de algumas arrancadas, a par de Liedson - por Pinilla. Escusado será dizer que Pinilla não tocou na bola, uma vez que o Sporting não era capaz de a ter em seu poder.
A única substituição acertada foi a de Sá Pinto por João Alves, mesmo assim tardia, face ao apagamento de Sá Pinto durante quase todo o jogo (só me lembro do falhanço de um remate que teoricamente estaria próximo de dar golo).
E lá se passou mais um jogo sem ganhar para o campeonato - o 4.º consecutivo. E com golos sofridos, pelo menos aos pares, como de costume.
Pior, desaproveitando a sorte que não havíamos tido em outras ocasiões. Assim não vamos lá.

quinta-feira, outubro 27, 2005

É Só Uma Ideia

Quando estava na bicha do Sporting para comprar o bilhete para o jogo da Taça, atrás de mim estava um senhor indignado por, dizia, o clube não ter dinheiro e, mesmo assim, marcar um jogo para as 15h, desaproveitando a oportunidade para, noutra hora, fazer uma casa melhor.
Tentei contrapor dizendo-lhe que mesmo que o jogo fosse à noite pouca gente iria a Alvalade (meio da semana, contra uma equipa não tão interessante, jogo a pagar e, sobretudo, com o Sporting a fazer questão de não jogar à bola já há uma série de jogos).
Disse-me então que apesar de ser sócio há 60 anos ainda não tinha entrado no novo Alvalade. E ia fazê-lo na 4.ª feira porque o jogo era às 15h. Altruista o senhor! Esta era a hora que lhe servia, mas para bem das contas do Sporting (e das suas?) preferia os jogos a horas que o resto dos sócios pudessem estar presentes.
Vem isto a propósito de pensar que jogos a meio da semana às 15h poderiam ser uma boa oportunidade para levar ao estádio gente que, normalmente, não vai. Gerisse eu alguma coisa no Sporting e teria, pelo menos, colocado a hipótese de estabelecer alguns contactos com escolas primárias para levar as criancinhas cujos pais assim o quissessem a uma primeira ida ao futebol. Acompanhadas pelos respectivos professores, procuraria disponibilizar os stewarts e autocarros, se preciso fosse (não haveria de ficar assim tão caro e talvez pudesse gerar novos leõezinhos). Afinal de contas, o risco de nestes jogos haver alguma confusão e cenas desagradáveis é tanto como uma ida ao Oceanário.
É apenas uma ideia (que o senhor atrás de mim na fila considerou sem sentido – e como ele certamente muita gente). À semelhança do que se faz, por exemplo, na primeira 4.ª feira do Roland Garros, com o designado “dia das escolas”.

Académica Acreditou

A Académica, a perder por 2x0 ao minuto 90, em casa, com o Gil Vicente, parecia irremediávelmente afastada da próxima ronda da Taça.
Se calhar os seus jogadores lembraram-se do Manchester Utd. Eu, pelo menos, lembro-me sempre do Manchester Utd quando a minha equipa entra nos descontos a perder, confiante de que irá marcar os 2 golos necessários. Aqui há uns anos o improvável aconteceu quando os frios alemães do Bayern Munique perderam a possibilidade de levantar a Taça de Campeões Europeus ao sofrerem 2 golos "depois da hora" contra os ingleses. Hoje, e ressalvada a importância das competições em causa, viu-se que o improvável acontece algumas vezes. E repete-se:
Académica 3x2 Gil Vicente (golos da Académica aos 90m+4 e 90m+6 do tempo regulamentar, mais um golo aos 93m no prolongamento).

P.S.: O treinador do Gil Vicente afirmou no domingo que Paulo Bento era um treinador com sorte pela sua equipa ter marcado em dois momentos decisivos - em cima do minuto 45 e do minuto 90. Como é que qualificou agora o momento de Nelo Vingada?

Taça de Portugal 4.ª El. - Sporting 2x0 Varzim

Já tinha estado presente no jogo do novo Alvalade com a maior assistência, aquando a sua inauguração. Estive agora presente na pior assistência da sua história. Estiveram o quê? Talvez 2 a 3 mil pessoas. O que viram os fiéis num jogo a uma rara hora (15h), a fazer lembrar os tempos em que não existiam transmissões pela TV?
Uma primeira parte cheia de bocejos e mais bocejos. Um Carlos Martins inevitavelmente longe da melhor forma e absolutamente trapalhão. Um Deivid novamente inexistente. Foram bem substituidos ao intervalo por Sá Pinto e Douala que tinham ficado 45m a descansar.
A segunda parte deu-nos, enfim, um jogo de futebol. Ou quase parecido a isso, que o Sporting já não sabe bem o que é que é jogar futebol. Pelo menos mais do que 2 ou 3 minutos seguidos.
Para a história do jogo: golos de Liedson e Miguel Garcia, de enfiada lá para a casa do minuto 70. Expulsão de Polga, aos 91m, por falta no meio campo do Varzim. Não sei se a sua ausência para o próximo jogo (Boavista, no Bessa) é boa ou má. Uma certeza porém: nesse jogo, o do rabinho de cavalo não vai dar nenhuma casa.
O efeito Taveira: está sempre cheio.

terça-feira, outubro 25, 2005

Ronaldo no Mengão (do Futuro)

Esta história foi contada por Renato Maurício Prado na sua coluna do Jornal O Globo.
Ronaldo, quando entrou há dias num restaurante de Niterói, foi perguntado pelo garçon quando viria jogar para o Flamengo (clube de que é assumidamente torcedor). Ronaldo terá respondido “Se a gente ganhar o hexa pelo Brasil, eu volto pra ajudar o Mengão a ganhar o hexa brasileiro também. Mas tem uma condição. O Zico tem que ser o presidente!”
Pelo caminho que o Flamengo anda a tomar, rapidamente em direcção à segunda divisão, seria um milagre se Ronaldo e Zico se juntassem no clube. Fico a torcer por isso.

segunda-feira, outubro 24, 2005

8.ª Jornada - Gil Vicente 2x2 Sporting

A estreia de Paulo Bento como novo treinador.
Já há tempos que vinha achando que a equipa do Sporting deveria jogar com apenas um ponta de lança, sem espaço para Liedson e Deivid juntos, de forma a tornar o meio campo de novo forte, como o vimos na época passada.
Daí ter pensado que Paulo Bento deveria tomar esta decisão como primeira medida. Não sei se foi a primeira medida mas felizmente tomou-a.
O empate em Barcelos, após 4 (?) derrotas consecutivas (3 para o campeonato), até que foi um bom resultado. Apesar de ter sido obtido em cima do minuto 90´, o golo do empate não veio trazer mais do que um pouco de justiça. Afinal de contas, viu-se um Sporting a querer jogar para ganhar - coisa que não se via há já alguns jogos. Manteve, no entanto, aquilo que se viu durante toda a época passada e já nesta: golos muito consentidos, principalmente pelos seus defesas centrais. Aí vão mais dois golos de bola parada (um livre e um canto). Mesmo assim, sem jogar com um médio de características originalmente defensivas - Custódio lesionou-se novamente -, até que segurámos bem o jogo e tirando os golos o Gil não criou nenhuma situação de perigo (será que a falta de confiança se instalou por este blogue e já qualquer resultado que não a derrota serve?).
De positivo, para além de uma outra atitude dos jogadores (andaram mesmo a queimar o Peseiro!), a estreia do defesa esquerdo ex-júnior André Marques e o bom jogo de Sá Pinto e de Nani. E a volta, ainda que por breves minutos, de Carlos Martins aos relvados.
No mais, nem me interessa se jogámos com 8 portugueses ou com 11 estrangeiros. Quero apenas que joguem os melhores do plantel. Ou seja, quem está mal que fique de fora.

quinta-feira, outubro 20, 2005

E o Azar dos Guarda-Redes


Moreira

Nélson

A Sorte de Felipão

Dizem que Luiz Felipe Scolari nasceu com o “traseiro” virado para a lua.
E eu acredito.
Durante a qualificação com o Brasil para o Mundial de 2002, entrou numa série de polémicas com alguns jogadores, o mais falado dos quais Romário, e realizou das piores exibições e resultados do Brasil em todos os tempos. No fim, e apesar do sofrimento, é óbvio que conseguiu a qualificação. No Mundial, propriamente dito, não deslumbrou, viu-se protegido contra a Turquia e, na final com a Alemanha, do que me lembro é dos calculistas gêrmanicos fazerem o papel dos brinca-na-areia brasileiros. Contra todas as expectativas, a Alemanha entrou disposta a jogar para ganhar e o Brasil disposto a esperar para ver. Viu-se o frango do Kahn, guarda-redes alemão, e a Taça ser levantada pelo Brasil.
Com Portugal, dispensado de disputar a qualificação para o Euro que seria jogado em casa, Felipão seguiu a mesma cartilha. Embirrou com Vitor Baia, escolhido para fazer de Romário português, teve uns arrufos com Maniche e Fernando Meira, posteriormente desculpados. E fez joguinhos particulares medíocres, apesar de ter levado Portugal a ganhar ao Brasil. No Euro, propriamente dito, estreou a equipa que vinha utilizando há uns 2 anos para, logo após a derrota na estreia, a virar de cabeça para baixo e dar razão a alguns dos seus críticos. Inédito. Mas a tempo de levar Portugal à final com momentos inspirados dos seus jogadores e golos caídos do céu.
Vem isto a propósito da dita sorte que Scolari tem com os resultados que obtém. Não digo que não trabalha para isso.
Mas agora... Então não é que a nova polémica dos guarda-redes 2.ª escolha nos clubes mas 1.ª na selecção teve um fim abrupto e inesperado, também caidinho do céu?
Moreira foi operado e parece que ficará 6 meses fora.
Nélson lesionou-se novamente e não se sabe muito bem quando volta.
Caminho aberto, pois, para os seus suplentes nos clubes.
Luiz Felipe Scolari bem que já tinha avisado que os seus convocados para o Mundial seriam Ricardo e Quim.
É um visionário sortudo este nosso seleccionador.

Força Pedro

Enquanto fazia hoje o meu exercício diário junto ao nosso Tejo, cruzo-me com Pedro Barbosa. Habituada que ainda estou à sua presença, lancei-lhe um “Força Pedro”, frase inúmeras vezes dita e redita anos a fio nas bancadas do Alvalade velho e novo. No entanto, devo ter sido confundida com um qualquer árbitro, pois Pedro Barbosa mandou-me aquele olhar com que eu o costumava ver a fitar os homens do apito.
Fiquei assim, desolada. E o pior é que não tinha o Rui para me consolar.

Toca a Todos

O Sporting é mesmo um clube diferente.
Dias da Cunha, ex-presidente, deixou o cargo por ter sido "violentado", isto é, levado - pelos sócios (alguns) e pela comunicação social - a deixar cair o treinador José Peseiro.
É oficial: ainda existem Homens.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Aí Vão 4

Agora é oficial.
Ao fim de 7 jornadas foi-se o 4.º treinador da 1.ª Liga Portuguesa de Futebol. Depois de Marítimo, União de Leiria e Penafiel, chegou a vez do Sporting.
Verifica-se, pois, que existem ainda 14 equipas desenquadradas da realidade do futebol português.

terça-feira, outubro 18, 2005

A Culpa é da Comunicação Social

Dias da Cunha, quando perguntado se os media terão ajudado à festa nesta crise que o Sporting atravessa, respondeu que não só mas também. Um bocado também. Um bocado também.
(ouvi-o falar - as palavras não foram exactamente estas mas o sentido foi precisamente este)
E o que é que os ditos media disseram em sequência? Que Dias da Cunha diz que a culpa é deles.
Bem vistas as coisas não é exactamente o mesmo. Mas é mesmo verdade que a comunicação social começou bem cedo a bater no José Peseiro. De reles ajudante de Queiroz no Real de Madrid subiu rápido para um clube grande do futebol português. Quando afirmou que tinha o melhor plantel e que iria chegar à final da Uefa ninguém o levou a sério. Pelo contrário, foi tratado como um tonto. Apesar do seu discurso fluido e claro, embora técnico, poucos lhe deram crédito.
A verdade é que Peseiro não é um Deus, como agora os nossos jornais sem desalinhados consideram Mourinho. Peseiro também não será um dos melhores treinadores do mundo. Mas será um dos que melhor colocou a jogar uma equipa do Sporting.
Só não alinho é na existência de campanhas orquestradas para destruir o clube, como por vezes quer fazer crer Dias da Cunha. Mas que tentaram logo de entrada dar cabo do Peseiro, ai isso tentaram.

Sem Condições


Quem se tem dignado visitar este blogue sabe da minha confusa opinião acerca de José Peseiro.
Gosto do homem, considero-o educado, sem ponta de arrogância, directo e frontal e, mais importante, foi com ele no comando da equipa que vivi das maiores emoções com o Sporting.
Não seria favorável à sua substituição por entender que não é por aí que iremos melhorar, arranjando um treinador à pressa que à pressa se apreste a conhecer os cantos à casa. Isso só não seria assim se houvesse alguém da casa que pudesse vir a assumir o lugar. Paulo Bento? Parece arriscado, mas não será o futebol um jogo de risco em que, por vezes, de apostas no escuro surge luz?
Voltando a Peseiro, nas circunstâncias que se encontra o clube, não resta outra solução que não a sua saída. Parece que o próprio já terá chegado à conclusão dessa falta de condições e colocado o seu lugar à disposição. Dias da Cunha, por muitos defeitos que possa ter, parece não estar na disposição de o deixar cair sozinho por considerar que a "culpa" não é exclusivamente do treinador.
A mim parece-me bem. Ainda há lugar para alguns cavalheiros neste clube. É o mínimo que se exige, ainda para mais quando acabo de ler que um bando de idiotas terá invadido o edifício da SAD.
Depois de passarmos o dia a ouvir os fóruns na rádio e na tv sobre o assunto Sporting, vê-se que os adeptos se encontram desnorteados e confusos. Também eu não sei qual a melhor solução. Se soubesse candidatava-me.

segunda-feira, outubro 17, 2005

7.ª Jornada - Sporting 0x1 Académica


Golo: 29´ Marcel

Fui ao jogo e não me arrependo.
Pelo menos vi a Académica ganhar.
Infelizmente ganhou frente ao único clube que eu não quero que ganhe - o Sporting.
Passando ao jogo propriamente dito, uma vez mais não se viu o Sporting a jogar à bola. E vão 3 jogos a perder (Halmstads, Paços de Ferreira e Académica). Pior, tento e não consigo lembrar de uma só ocasião de golo criada pelo Sporting nestes jogos (exceptuando os 2 golos face ao Halmstads - um deles auto-golo - e a bola ao poste do Pinilla nesse mesmo jogo).
A situação que se vive desde há um mês é, portanto, mais do que medíocre.

Vimos hoje:
- Ricardo voltar à baliza e defender bem.
- João Alves a defesa direito, certamente para ser queimado, ele que ainda nem sequer na sua posição natural se conseguiu impor.
- Tello de volta e na mesma (ver posts sobre o assunto, sempre iguais, pelo que me poupo a mais letrinhas).
- Sá Pinto e João Moutinho absolutamente perdidos naquele meio campo de chorar.
- Douala desaparecido, talvez com azia aos portugueses depois de ter visto Artur Jorge a afastá-lo do Mundial.
- Deivid simplesmente não se viu.
- Liedson a ter tempo de reclamar por tudo e por nada antes de ter de sair lesionado, ainda na 1.ª parte.

Sentimos hoje:
- Aperto no coração quando Silva entrou para substituir Liedson. A propósito, comemorava-se hoje o dia Mundial da Alimentação, vulgo "Dia dos Obesos". Valha a verdade que Silva lutou sempre. Pena é que não consiga dominar uma bola.
- Vontade de acreditar que Nani, entrado na 2.ª parte, fosse partir a loiça.
- Alguma (pouca) esperança nesta equipa pela forma como encadeou 2 ou 3 jogadas (as únicas de todo o encontro) logo após a entrada de Wender.
- Sorte por não termos perdido por mais.
- Injustiça por ter sido Custódio a perder infantilmente a bola que deu o único golo do jogo.

Não esqueço:
- Sá Pinto a chorar agachado na relva.
- A fúria e a má educação de uma das claques do Sporting e de alguns (muitos) adeptos.
- José Peseiro, ex-treinador do Sporting, que permitiu ao clube a realidade de disputar até ao fim o campeonato 2004/2005 e a Taça Uefa 2005.

domingo, outubro 16, 2005

Eu Vou

Andou para aí, na blogosfera, a circular um apelo a que se fizesse um boicote ao próximo jogo do Sporting em Alvalade, como forma de demonstrar a não concordância com o rumo, quer técnico quer administrativo, que o clube vem tomando.
Enfim... Não tenho nem ideia da primeira vez que entrei em Alvalade, mas sei que com alguma frequência lá vejo o Sporting desde 1992. Foi, aliás, na véspera do jogo da Uefa entre o Sporting e o Grasshopers que me tornei sócia do clube. Dá, por isso, para ver que desde o início que estou habituada a jogos, momentos e afastamentos traumáticos.
Passaram, entretanto, inúmeros treinadores pelo Sporting, desde o Prof. Queiroz e o Sir Bobby Robson aos inenarráveis Cantatores, Waseige e Carlos Manuel. Ah, esqueci do candidato Palmelense. E do mal amado Materazzi, mas pelos vistos bom preparador físico, que permitiu que lhe viesse a suceder o bem amado (ó memória curta!) Inácio que deu à minha memória o primeiro camponato.
Isto para dizer que, seja qual for o treinador, dirigente ou presidente do Sporting num dado momento isso não me afastará de ir ver o clube ao nosso estádio. Jogue bem ou jogue mal, ganhe ou perca, a única certeza é que no próximo jogo só não voltarei lá se não puder mesmo. Porque gosto em ver e apoiar o Sporting, esso, tenho-o sempre.

terça-feira, outubro 11, 2005

O Meu Candidato

Mandasse a menina no futebol do Sporting e a primeira decisão que tomaria seria a retirada imediata da braçadeira de capitão a Beto que, não obstante a promessa no princípio da época de que iria mudar de atitude, continua a ser um dos primeiros a perder a cabeça e a entrar em conflito com os adversários e com os árbitros.
A segunda decisão que tomaria seria a atribuição dessa mesma braçadeira a Custódio, único dos prováveis titulares que a merece usar.

O Candidato Deles?

No seguimento de alguns resultados que se verificaram nas autárquicas, com o povo a apoiar certos e determinados elementos, não espantará que venha por aí uma adaptação a um dos refrões mais ouvidos. Depois de ter adoptado o Sá Pinto, porque não a Juve Leo a gritar:
"É preciso.
É urgente.
Beto a presidente."

Em Paz

Gilberto Madaíl e Felipão Scolari fizeram as pazes, após o quiproquó de sábado.
Madaíl terá chegado à conclusão de que a tão estafada "já não existem equipas fáceis" é mesmo verdadeira e colocou de lado o amuo que sentiu por o seu povo de Aveiro não ter tido direito a assistir a uma goleada das antigas. Como, por exemplo, a dos 8x0, a que tiveram oportunidade de assistir os lisboetas, contra uma selecção também com o nome de Liechtenstein no já longínquo ano de 1994.

domingo, outubro 09, 2005

A escolha de Scolari

Scolari informou-nos que 2 dos 3 guarda-redes que estarão presentes no Alemanha 2006 já estão escolhidos: Ricardo e Quim, ambos, neste momento, segundas escolhas nos seus clubes.
Quanto a esta decisão, lembro apenas que quando Rui Jorge esteve com aquele problema de pseudo doping nas vésperas de sair a convocatória para o Euro 2004, Scolari afirmou que o Rui era indispensável e o primeiro a ser convocado. Pelo desenrolar dos acontecimentos, viu-se também que foi logo o primeiro a sair da equipa quando as coisas correram mal no primeiro jogo com a Grécia.
Irá Scolari manter a coerência?

Liechtenstein

Portugal venceu ontem o Liechtenstein por 2x1, em Aveiro, e conseguiu pelo menos 2 objectivos: formalizar a entrada no grupo de selecções que estará presente no Mundial da Alemanha e superar a meta traçada para este jogo - o empate.
O empate era de facto muito ambicioso para uma equipa que tinha provocado um certo escândalo quando empatou no Liechtenstein. Quase se provou ontem que sonhar mais era pedir muito. Afinal, o golo da vitória, por Nuno Gomes - com o empurrão final na bola por parte de um rapaz adversário -, só surgiu a 5 minutos do fim.
Livrámo-nos, pelo menos, das habituais contas de máquina de calcular a que desde sempre fomos habituados.
É sem dúvida um grande mérito.
E as coisas com mérito são para se realçar.
Pronto. Já está realçado.

Agora falta cumprir o meu objectivo: estar presente na Alemanha.

quarta-feira, outubro 05, 2005

Bois

Quando anteriormente atribuí as culpas da situação que se vive actualmente no clube a todos - jogadores, treinadores e SAD - ainda não tinha ouvido o José Guilherme, o tripeiro do "Dia Seguinte" da SIC-Notícias. Hoje assino por baixo do que ele disse, que a culpa é da mentalidade do futebol português, que permite que uma equipa que a uma semana do fim da época passada fosse bestial passasse por contestação, entretanto ultrapassada. E que essa mesma equipa, com grande parte dos mesmos elementos técnicos voltasse a ser grande depois do jogo com o Benfica há menos de um mês e fosse agora tão contestada.
Ronald Koeman, que segundo o meu amigo lampião não é mais do que um Peseiro com uma peruca loura, está cá há pouco e também já decifrou este enigma do boi branco e do boi preto. Pois... Já viu que cedo lhe tocou o mesmo e depois de alguma bonança o boi preto voltará a atacar. No fundo no fundo o futebol português até que é justo. Mais tarde ou mais cedo estas coisas tocam a todos por igual.

Fugas

No post anterior escrevi que considerava injusto o tratamento acintoso de que José Peseiro estava a ser objecto, afirmando que era ele que, pelo menos, costumava dar a cara. Estava, então, longe de saber que Rui Meireles e Paulo Andrade tinham abandonado o jogo com o Paços 10 minutos antes deste terminar, para não enfrentarem os adeptos.
Assim, fica mesmo só Peseiro. Atirado às feras, não só pelos fazedores de opinião que são os jornais desportivos portugueses, como pelos seus próprios dirigentes.

segunda-feira, outubro 03, 2005

6.ª Jornada - Paços Ferreira 3x0 Sporting


Golos: 42´Ronny, 45´+4 Didi, 90´+5 Júnior

Atentando nos nomes dos jogadores do Paços de Ferreira que marcaram os golos de ontem, parece que jogámos contra uma equipa cujos elementos ainda não chegaram a seniores. Mas não. O treinador adversário soube explorar bem (como lhe competia) as inúmeras fragilidades e equívocos do Sporting, e os seus jogadores portaram-se como homens grandes.
O Sporting, por seu lado, entrou uma vez mais no jogo como se este não valesse para nada, com todo o tempo do mundo para (pensavam) um golo lhe cair do céu. O golo surgiu sim, mas para o Paços.
O primeiro golo, na sequência de um livre (mais um!!!) que foi repetido por saída antes do tempo de um dos nossos da barreira, teve preciosa colaboração desta barreira que estava horrorosamente mal formada. Antes disso já Nélson tinha realizado uma boa defesa numa saída que o deixou lesionado. O segundo golo começou na enorme passadeira estendida por Polga, improvisado a lateral esquerdo (um perigo para a própria equipa, lembrando Paíto, que viria a entrar na 2.ª parte!!!). Nesta jogada, Beto, "o capitão", desviou/rematou ao poste de Nélson, certamente na expectativa de evitar o canto, mas não contou que a bola batesse algo atabalhoadamente num jogador do Paços e viesse a entrar na nossa baliza.
Estes dois golos surgiram de rajada nos últimos 5 minutos da 1.ª parte.
Após o intervalo os "jogadores" do Sporting tentaram jogar à bola, talvez espicaçados pelas tarjas mostradas pelas claques "A vergonha são vocês". Foi muito pouco e, como tal, não chegou. A não ser para ver mais um golo do adversário, na última jogada do encontro, já sem Miguel Garcia, expulso por entrada perigosa sobre um colega.
Anda tudo louco e de cabeça perdida. Incluindo os adeptos que, acredito, não se apercebem das cenas ridículas que fazem e das humilhações que provocam na pessoa que, para o bem e para o mal, tem dado a cara não só pelos seus (muitos) erros, mas também pelos erros (mais que muitos) dos jogadores e, porque não dizê-lo, pelos erros nas transferências de jogadores causadas por decisões da SAD.