Futebol é Para Meninas

O Blogue de Todos os Desportos

terça-feira, maio 30, 2006

O Craque do Grupo A - Michael Ballack

O grupo A, o da casa, tem apenas 2 estrelas incontestadas: Jurgen Klinsmann e Michael Ballack. Como não podemos ver Klinsmann a marcar golos mas apenas a ensinar como os marcar, escolho Ballack como destaque.



A maior (única?) estrela do futebol alemão da actualidade. E, já agora, do desporto alemão.
Nasceu a 26 de Setembro de 1976, em Gorlitz, antiga RDA. Será um dos poucos jogadores integrantes da "Mannschaft" de 2006 que nasceu e cresceu na Alemanha de Leste. Tal como todos os alemães que vêm do Leste, teve de mostrar o dobro até ser aceite pela generalidade dos seus compatriotas, que ainda os tratam como os alentejanos lá do sítio. A própria chancelerina Angela Merkel teve que levar com o estigma.
Tem 3 filhos e vive amancebado com a mãe das crianças.
Numa transferência a custo zero, assinou recentemente contrato com o multimilionário Chelsea e irá, aos 30 anos, experimentar um campeonato que não o alemão. Tardio mas merecido. Também tardia pode considerar-se a sua passagem para o Bayern de Munique (em 2002, com 26 anos), depois de ter jogado pelo Chemnitzer, Kaiserslautern e Bayer Leverkursen. A estreia na selecção alemã por parte daquele que é hoje o seu capitão deu-se em 1999, com 23 anos.
No curriculo tem 4 títulos da Bundesliga (o campeonato alemão de futebol), o primeiro dos quais alcançado em 1998 com o Kaiserslautern e os demais em 2003, 2005 e 2006 com o Bayern de Munique. Em 2002 foi finalista vencido, com o mesmo Bayern, na Liga dos Campeões, e também nesse ano ajudou a Alemanha a chegar à final do Mundial da Coreia / Japão – que viria a perder para o Brasil – apesar de Ballack não ter jogado o último jogo devido a acumulação de cartões amarelos.
É considerado um centro-campista moderno, podendo jogar em quase qualquer posição no meio campo, embora seja mais atacante e marque com frequência golos.
Mundial à parte, já desperta curiosidade como é que Mourinho irá conciliar Ballack e Lampard na mesma equipa do Chelsea.
Actualmente é muitíssimo popular no seu país e aparece rua sim rua não em outdoors publicitários espalhados por todas as cidades alemãs.
Michael Ballack usa o n.º 13 na camisola, quer no Bayern quer na selecção alemã, provando assim não ter qualquer superstição.
Em alternativa ao futebol gosta de jogar golf. Para continuar a competir e para relaxar.

segunda-feira, maio 29, 2006

Sub´s

Os nossos sub-21, depois de terem assumido a candidatura ao título europeu da categoria, foram corridos logo na primeira fase. Em casa.
Eu acrescentaria que em casa ou fora dela apenas o FC Porto ganha alguma coisa neste país. Não é grave. Principalmente quando os outros mostram e fazem por merecer mais do que nós.
Não vi os 2 primeiros jogos de Portugal mas ouvi coisas.
Do jogo com a França ouvi que os franceses foram muito melhores do que nós. Jogaram mais, logo, ganharam. Custa assim tanto admitir que os outros possam ser melhores?
Do jogo com a Sérvia, ainda com o Montenegro, ouvi que não jogamos nada por ali além e que na 2.ª parte, em desespero, tentamos mostrar quem é que devia mandar ali. Mas isso só não chega, não chegou. Pensar que somos bons raramente é suficiente para o sermos.
O jogo de ontem, com a Alemanha, já o pude ver. Sem muito entusiasmo, ao contrário do pessoal de Guimarães que continua a mostrar que sabe apoiar as suas equipas, percam ou ganhem. Joguinho fraquinho. Com Portugal a precisar de marcar 3 golos (e que França ganhasse, como viria a ganhar), não me lembro de termos criado 3 ocasiões para isso até aos 93 minutos. Neste minuto João Moutinho marcou o golo, a passe de Nani. Ficaram os dois aliviados por Portugal ter finalmente marcado um golo em 3 jogos (!) e choraram de emoção. Ou choraram de emoção por, com esse golo, terem atirado com os alemães para fora das meias finais e, assim, ficarem acompanhados na desilusão?
O que se viu depois do apito do árbitro foi uma choradeira colectiva.
O certo é que, depois de ter ganho todos os jogos do apuramento, Portugal não demostrou ter uma equipa na verdadeira acepção da palavra.
Teoricamente, se me dissessem que 11 rapazes iriam entrar em campo e entre eles estariam nomes como Raul Meireles, João Moutinho, Manuel Fernandes, Nani e Ricardo Quaresma, diria que iriam destruir quaisquer outros 11 que lhe aparecessem pela frente. Acontece que, só nomes não jogam à bola e a eles se juntaram outros como Nélson, José Castro, Rolando (ou Semedo) e Nuno Morais. Que defesa fraquinha! Mas não foi por ela que não chegámos lá. Afinal, o meio-campo e o ataque maravilha dos sub´s não fez nada, não criou e não marcou.
Mas, como diz o outro, "o chefe sou eu", e Filipão lá irá analisar com o seu Agostinho porque é que as coisas não correram como o esperado.

domingo, maio 28, 2006

Cantinho do Mundial - O embuste argentino

A polémica dos convocados ou, neste caso, dos não convocados tem vindo a ferver na Argentina devido à ausência de German Lux (campeão de juniores e olímpico – invicto) dos 23 escolhidos para a Alemanha. Depois de Jose Pekerman o ter deixado de fora, optando por outros 3 guarda-redes (Roberto Abbondanzieri, Leonardo Franco e Oscar Ustari), Diego Maradona meteu-se ao barulho dizendo que o que fizeram a Lux era um embuste. Julio Grondona, o Madail lá do sítio, também resolveu trazer mais lenha e disse que Lux deveria ir ao Mundial e que os responsáveis pelas escolhas deveriam explicar tecnicamente as suas opções.
Ustari, um dos 3 guarda-redes preferidos, teve também uma tirada inesperada a favor do preterido. Afirmou que Lux tinha mais curriculo e, por isso, merecia mais do que ele participar no mundial.
Ainda há senhores no futebol.

Cantinho do Mundial - Sem River

Será o primeiro mundial desde 1934 que não terá qualquer jogador do River Plate.
O “complot” para afastar o guarda-redes German Lux dos 23 convocados pela Argentina estragou a estatística.
Oh Lux! Oh River!

Marcação Cerrada


Ainda não chegaram os jogos a doer e Ronaldinho já começou a ser marcado bem em cima.

sexta-feira, maio 26, 2006

O Sebastião Avermelhado

Hoje é um dia emocionante. O Rui voltou.
Ainda para mais com um contrato em branco.
O Presidente dos Pneus combinou com o desejado que preencherá o valor do contrato logo que o Nuno e o Simão forem embora.

quinta-feira, maio 25, 2006

Cantinho do Mundial - A Vibrar

E para quem possa pensar que nem tudo se comercializa por alturas do mundial, aqui vai mais uma história.
Uma sex-shop alemã resolveu lançar uns vibradores com o nome de Oliver Kahn e de Michael Ballack. Os rapazes é que não acharam muita piada à ideia e irão processar a marca. Até lá a publicidade está feita e mais um fetiche criado.

Cantinho do Mundial - Os treinadores

Exactamente metade dos 32 países que participarão no mundial têm a comandar a sua selecção treinadores nacionais. O mesmo é dizer que a outra metade participará com um treinador estrangeiro.
Aqui vão os “nacionalistas”:
Angola (Luis Oliveira Gonçalves)
Argentina (José Pekerman)
Brasil (Carlos Alberto Parreira)
Croácia (Zlatko Kranjcar)
Rep Checa (Karel Bruckner)
França (Raymond Domenech)
Alemanha (Jurgen Klinsmann)
Itália (Marcelo Lippi)
Holanda (Marco Van Basten)
Polónia (Pawel Janas)
Sérvia & Montenegro (Ilija Petkovia)
Espanha (Luis Aragonés)
Suiça (Jakob Kuhn)
Suécia (Lars Lagerback)
Ucrânia (Oleg Blokhin)
USA (Bruce Arena)

E agora os “estrangeirados
Costa do Marfim (Henri Michel – França)
Gana (Ratomir Dujkovic – Sérvia)
Togo (Otto Pfister – Alemanha)
Tunisia (Roger Lemerre – França)
Irão (Branko Ivankovic – Croácia)
Japão (Zico – Brasil)
Coreia (Dick Advocaat – Holanda)
Arábia Saudita (Marcos Paquetá – Brasil)
Austrália (Guus Hiddink – Holanda)
Equador (Luis Suarez – Colombia)
Paraguai (Anibal Ruiz – Uruguai)
Inglaterra (Sven Goran Eriksson – Suécia)
Portugal (Luis Filipe Scolari – Brasil)
Costa Rica (Alexandre Guimarães – Brasil)
México (Ricardo Lavolpe – Argentina)
Trindade & Tobago (Leo Beenhakker – Holanda)

Feitas as contas, e no que diz respeito a continentes, estarão presentes 0 treinadores da Oceânia e 0 da Ásia. 1 de África, em representação de Angola. 10 da América. 21 da Europa.
O país que mais treinadores levará ao Mundial de 2006? O Brasil, com 5, seguido da Holanda, com 4, e da França, com 3.

terça-feira, maio 23, 2006

A Mais Bonita


Recordes da treta é mesmo conosco, portugueses.
Desta vez tocou às meninas irem à bola. Para ver futebol? Nã!!!
Para fazer a maior bandeira, devidamente apoiadas por um dos patrocinadores da federação. O bónus para as meninas que se deram ao trabalho de se juntar à festa foram uns comedidos acenos dos “nossos” tuguinhas. Até porque as suas respectivas também lá estavam desinteressadamente a pedir apoio para os seus senhores.
Resumo do jogo: 18788 mulheres a formar a bandeira com as cores de Portugal na relva do Estádio Nacional. A maior e mais bonita bandeira humana que o universo jamais teve o privilégio de assistir.

Cantinho do Mundial - Calcio retranqueiro?

E por falar em Itália...
Mesmo ficando Vieri de fora, pode uma equipa com uma linha atacante com nomes como Francesco Totti, Alessandro del Piero, Alberto Gilardino, Fillipo Inzaghi, Luca Toni e Vincenzo Iaquinta (2 golos ao Sporting), ser adepta do catenacio retranqueiro?

Cantinho do Mundial - Os mais caseiros

A Itália a a Arábia Saudita são as duas únicas selecções que recrutaram os seus jogadores exclusivamente dos seus campeonatos domésticos.
Cristian Vieri não foi convocado pela Itália para não estragar esta curiosidade, uma vez que é um dos poucos italianos que joga em clube fora do seu país (outro é o Alessio Tacchinardi - um crime ter ficado fora do mundial).

Roger = Maior


Roger Federer com o Laureus, o óscar do desporto.
O melhor desportista do ano merece mesmo toda a unanimidade. Arrasador.
E o Laureus para a maior revelação do ano foi para Rafael Nadal, outro tenista. Curiosamente, o único a quem Federer não tem conseguido ganhar.
Pode a revelação bater o maior? Tem podido. Cenas dos próximos capítulos já estão marcadas para a semana que vem, em Roland Garros, o único Slam que Federer não tem e o único que Nadal tem.

segunda-feira, maio 22, 2006

Cantinho do Mundial - Os repetentes

Serão 157 os jogadores que repetirão a presença num Mundial. Ou seja, 21,3% de todos os participantes.
A selecção com mais repetentes é a francesa, com 12. Repetirão a desastrosa prestação da Coreia/Japão 2002?
O Brasil, campeão em título, encontrou mais motivos para voltar a chamar 11 dos campeões de 2002 (tal como a Suécia e a Arábia Saudita).
Portugal apenas chamou 7 jogadores que estiveram no anterior mundial. Aquele para esquecer.
Kasey Keller, guarda-redes americano, esse esteve nos Mundiais de Itália 1990, França 1998, Coreia/Japão 2002 e, agora, Alemanha 2006. Pelo meio falhou o EUA 1994. Ou seja, 4 presenças em mundiais, em 26 anos! Tantas como Claudio Reyna (também dos EUA), Oliver Kahn (Alemanha), Mohammed Al-Deayea e Sami Al-Jaber (Arábia Saudita) e Cafú e Ronaldo (Brasil). E tantas como Portugal!

Cantinho do Mundial - O Jovem e o Idoso

Quem é o jogador mais novo que estará no mundial? Theo Walcott, 17 aninhos, nascido a 16 de Março de 1989, surpresa na lista da Inglaterra.
E o mais velho: Ali Boumnijel, 40 anos, nascido a 13 de Abril de 1966, na Tunísia.

domingo, maio 21, 2006

Cantinho do Mundial - Os de 2.ª

Haverá 44 jogadores que irão disputar o Mundial que não jogam em clubes das I divisões.
A encabeçar esta lista dos mais mais está o Togo (com 11 jogadores), seguido de Trindade & Tobago (9), Angola (7), Austrália e EUA (3 cada), Costa do Marfim e Gana (2 cada) e Coreia, Costa Rica, Equador, Japão, Polónia, Rep. Checa e Inglaterra (1 cada).
O inglês que não joga na Premier é o guarda-redes Robert Green, que joga pelo Norwich City da First Division, o correspondente à 2.ª divisão em Inglaterra mas, no entanto, tão disputada como as 1.as de muitos países.

Cantinho do Mundial - Os Sem Clube

No Mundial da Alemanha, irão participar 5 jogadores que não têm clube.
3 da Costa Rica (o craque Paulo Wanchope, Kurt Bernard e Álvaro Mesén), 1 do Paraguai (Jose Cardozo) e 1 de Angola (João Ricardo).
Poderia acrescentar 1 de Portugal: Costinha, um dos capitães, mas o Felipão poderia pensar que era alguma boca.

sexta-feira, maio 19, 2006

Cantinho do Mundial - Os Mais Assíduos

Contando com este Mundial da Alemanha, o número de presenças em fases finais das selecções agora participantes é o seguinte:
18 – Brasil (em 18 possíveis)
16 – Itália e Alemanha (a contar com a Federal e a Unificada)
14 – Argentina
13 – México
12 – França, Inglaterra e Espanha
11 – Suécia
8 – Holanda, EUA, Suiça
7 – Polónia, Coreia e Paraguai
4 – Portugal, Arábia Saudita e Tunísia
3 – Croácia (8 contando com a Jugoslávia), Japão, Costa Rica e Irão
2 – Equador, Austrália e Sérvia e Montenegro (8 contando com a Jugoslávia)
1 – Angola, Costa do Marfim, Gana, Togo, Trindade e Tobago, Ucrânia e República Checa (8 sob o nome de Checoslováquia)

Cantinho do Mundial - Os Campeões e os Finalistas

O Quadro de Honra dos Mundiais:
5 títulos – Brasil (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002)
3 títulos – Alemanha (1954, 1974, 1990) e Itália (1934, 1938 e 1982)
2 títulos – Argentina (1978 e 1986) e Uruguai (1930 e 1950)
1 título – Inglaterra (1966), França (1998)

Os finalistas perdidos:
4x – Alemanha (1966, 1982, 1986 e 2002)
2x – Brasil (1950 e 1998), Argentina (1930 e 1980), Itália (1970 e 1994), Holanda (1974 e 1978), Hungria (1938 e 1954) e Checoslováquia (1934 e 1962)
1x – Suécia (1958)

quinta-feira, maio 18, 2006

Champions League das Nações

Ontem, na final da Liga dos Campeões da Uefa entre o Arsenal e o Barcelona, dos 22 titulares 15 estão convocados para ir ao mundial por 10 selecções diferentes.
São eles: Lehmann (Alemanha), Eboué e Touré (Costa do Marfim), Sol Campbell e Ashley Cole (Inglaterra), Gilberto Silva (Brasil), Fabregas (Espanha), Henry (França) e Ljungberg (Suécia), todos pelo Arsenal.
E da parte do Barcelona: Puyol (Espanha), Márquez (México), Van Bronckhorst e Van Bommel (Holanda), Deco (Portugal) e Ronaldinho (Brasil).
Falta ainda dizer que Messi, não estivesse ontem lesionado, poderia aumentar ainda mais esta contabilidade, em representação do Barcelona e da Argentina.

O Dia do Barça em Fotos


A Final em Paris. Os bifes começaram por se mostrar mais atrevidos
A Taça que Arsenal (pela primeira vez) e Barcelona (pela segunda vez) sonhavam trazer para casa
O Arsenal jogava mais, mas Jens Lehmann faz falta sobre Eto e vai para o banho mais cedo. Ganha o prémio de consolação de Titi
Mesmo a jogar com 10, o Arsenal marca antes do intervalo. O sueco, o espanhol e o bielorusso abraçam o inglês Sol Campbell. O brasileiro, o francês e os marfinenses haveriam de se juntar à comemoração brevemente
No tudo por tudo do Barcelona, 2 golos em 5 minutos no último quarto de hora da final. Dois túneis.
O capitão Puyol levanta a taça. Larsson prefere beijá-la e sabe que a taça é em grande parte dele: 2 assistências para os 2 golos nos 30 minutos que esteve em campo. Ontem não houve Ronaldinho nem Deco. O velhinho Larsson foi o herói.

quarta-feira, maio 17, 2006

O Machado, a Esperança e a Académica

Já vinha correndo a notícia há uns dias mas agora é oficial. Manuel Machado irá treinar a Académica na próxima época.
Como não ter esperança de que a Briosa faça um campeonato, no mínimo, descansado, coisa que não acontece há não sei quanto tempo? Nem digo lutar pelas competições europeias, pois o bom senso fica sempre bem, ainda mais a um clube que, em bom rigor, ainda está para entender como aquele penálti caiu do céu para garantir a permanência.
Mas Manuel Machado, por onde tem passado, tem feito mais do que boa figura. Com o inexpressivo Moreirense, clube que tem mais bancadas no seu estádio do que habitantes na vila, conseguiu a proeza de em anos consecutivos subir à Liga de Honra e à I Liga. E lá conseguir manter-se. Depois qualificou o vizinho Guimarães para a Uefa. Quando no ano seguinte prescindiu de jogar as competições europeias e foi substituido no Guimarães pelo campeão Jaime Pacheco, foi o que se viu. Guimarães despromovido e Nacional, sua nova equipa, qualificado para a Uefa. Mais uma vez, Manuel Machado não quis jogar a Uefa. Optou por um “projecto” na Briosa.
Repito, como não ter esperança numa grande época, Académica?

terça-feira, maio 16, 2006

De Fora

Alguns craques que esperavam ser convocados ficaram de fora.
E as reacções não se fizeram esperar.
Se Ricardo Quaresma, melhor jogador do nosso campeonato e do clube campeão português, afirmou que ficou desiludido mas que não morreu, já Martin Demichelis, ao ficar de fora dos convocados da Argentina, mostrou bastante mais desespero ao afirmar que sente que não quer jogar ou viver mais.
Javier Zanetti, capitão da Argentina e também deixado de fora dos 23 finais, mostrou-se mais comedido ao dizer que estava dorido mas que o futebol é assim.
De Fernando Morientes, preterido espanhol, ainda não ouvi ou li nada. Mas Luis Garcia, seu companheiro no Liverpool já veio defender o bom colega que Morientes é e a disponibilidade que sempre o acompanha. Só isso não chegou para convencer o seleccionador, que optou por levar apenas 3 atacantes à Alemanha. Chegará para ganhar o tão ambicionado título?
Ruben Baraja, outro espanhol preterido, teve a sua defesa pelo colega de Valência e de selecção, Albelda, que afirmou que achava muito estranha a sua não convocação e que os outros escolhidos para a posição de Baraja, como Senna (brasileiro naturalizado), Iniesta e Fabregas têm muito menos jogos disputados por Espanha e que a decisão de Aragonés lhe deixou um gosto amargo na boca. Ora toma, quem fala assim não é gago!
Na Polónia a fava saiu ao guarda-redes Jerzy Dudek, ainda campeão europeu de clubes (pelo Liverpool). A justificação do selecionador polaco? “Dudek é muito bom guarda-redes, mas jogou muito poucos jogos e isso virou-se a favor daqueles que têm estado a jogar durante toda a época a nível de clubes”. Está visto, Pawel Janas não era capaz de ficar na mesma sala com Felipe Scolari nem durante 10 segundos!
Outro que ficará a ver os jogos pela televisão será Kevin Kuranyi, ex-amiguinho de Klinsmann. O brasileiro panamenho alemão ficou sem palavras e a perguntar repetidamente "porquê eu?", garantindo ao mesmo tempo que ia ficar várias noites sem dormir.

Porquê tu, Kevin?

segunda-feira, maio 15, 2006

Estádio dos Fãs

Foi este o único lugar que consegui reservar para o mundial.
Nada mau, uma lateral como de costume: Bloco E, Tribuna 6, Lugar a descobrir.

sábado, maio 13, 2006

GRUPO H

ESPANHA
UCRÂNIA
TUNISIA
ARÁBIA SAUDITA

Grupo equilibrado em que a Árabia Saudita deverá ser a selecção com o lugar mais certo: o último do grupo e a principal candidata às goleadas. Os espanhóis, novamente com a esperança de que seja finalmente esta a vez de lhes tocar qualquer coisita, terão de lutar muito contra a mala suerte.
Prognóstico: Passa a Ucrânia e a Tunísia. Porque com o último grupo resolvi arriscar na surpresa.

ESPANHA
Incrivelmente, ou talvez não, em 12 participações o melhor que Espanha alcançou foi um 4.º lugar no longínquo ano de 1950.
O certo é que a célebre fúria espanhola nunca conseguiu atacar em mundiais (em europeus ganharam o título em 1964 e foram finalistas em 1984). Ainda assim, consegue ser cabeça de série para estes mundiais, vá-se lá saber porquê.
Que Espanha tem do melhor que há em clubes, já todos sabemos. Mas tem também alguns jogadores de top. A estrela continua a ser Raul. Mas, tão grandes como ele são Iker Casillas, Fernando “El Nino” Torres e Joaquin.

UCRÂNIA
Estreia um mundiais.
Dizem as más línguas que a qualificação se deve apenas a uma pessoa: Andrei Shevchenko. Será assim?
O certo é que não consigo recordar-me de mais nenhum jogador ucraniano. Será a barreira da língua?
Sheva, Sheva, Sheva, um dos maiores futebolistas da actualidade que chegou a ser confundido cá na nossa terra com o “irmão do bombeiro”, quando um senhor que por cá vivia (vive?) foi a todas as televisões dizer que era seu irmão. Não, afinal parece que não. Apesar de meia Ucrânia ter mudado para Portugal, nenhum irmão do legítimo Shevchenko o fez.

TUNÍSIA
A 4.ª participação da Tunísia. Nunca passou da 1.ª fase.
Mas, dos campeões africanos de 2004, esperar-se-á mais.
Da Tunisia apenas me lembro de Claudia Cardinale, que todos pensam ser italiana mas que não tem muito a ver com bola, e de Francileudo Silva dos Santos, que todos sabem ser brasileiro mas que joga à bola pela selecção do norte de África e é a sua estrela.

ARÁBIA SAUDITA
A 4.ª participação em mundiais. Chegou aos 8.ºs de final em 1994.
No entanto, a maior lembrança que tenho dos sauditas em mundiais é os 8x0 que levaram dos alemães no último torneio. Sem ressentimentos, tentarão fazer melhor figura desta vez e, pelo menos, marcar um golo.
Pior ainda do que dizer os nomes dos ucranianos e ds tunisinos, é tentar dizer nomes dos sauditas. Por isso nem sequer ousarei.

GRUPO G

FRANÇA
SUIÇA
COREIA
TOGO

O grupo oficial da francofonia, onde a Coreia apenas consta para estragar o dito.
Supostamente, a França ganhará até de olhos fechados. Supostamente, porque no passado mundial – onde defendia o título – também tinha um grupo para passear e foi isso mesmo que fez – passeou e foi sumariamente corrida sem marcar sequer um golo com um ataque que tinha – e mantém – Zidane, Henry e Trezeguet.
Prognóstico: Passam os franceses e ficam a ver os vizinhos suiços a disputarem o outro lugar de qualificação com os coreanos.

FRANÇA
Será a 12.ª participação em mundiais para os franceses que têm no seu palmarés 1 título conquistado em casa em 1998.
Michel Platini, histórico francês que teve a oportunidade de colocar milhões de portugueses a chorar pelo golo que nos marcou e nos afastou da final do Euro de 1984, é o maior jogador de sempre de França. Nos anos 80 lembro de ter borrachas e outros adereços escolares com dois desportistas de top da época: Bjon Borg e Michael Platini. Foi, por isso, o meu primeiro ídolo no futebol. Isso até o ver despachar Zico, sem qualquer piedade, no México 86.
Depois veio David Ginola, um primeiros futebolistas a aproveitar-se da sua óptima estampa para fazer mais sucesso nos outdoors do que nos relvados.
Agora apoio, também com fervor, Thiery Henry e David Trezeguet.
Da equipa francesa de futebol agrada-me o seu multiculturalismo. Quem não se lembra de Trezeguet a comemorar o título de campeão mundial, em 2002, com as cores da bandeira da Argentina misturadas com as de França? Quem não se lembra do magrebe sempre que ouve falar de Zidane? E do Zaire quando se fala de Makelele? E do Senegal quando ouvimos Patrick Vieira? E das praias de Guadalupe quando nos falam de Thuram? E de França quando toca a Giuly? Thiery Henry, o mais cobiçado de todos da actualidade, esse, nasceu em Paris.

SUIÇA
Os insonsos suiços vão estar pela 8.ª vez em mundiais, tendo chegado aos quartos de final em 1934, 1938 e 1954.
Não gosto mesmo nada deles e não sei porque é assim.
A estrela parece que é Alexander Frei, aquele que cuspiu em Gerrard no Euro 2004. E mais não sei, nem quero saber.

COREIA
Os coreanos vão para a sua 7.º participação em mundias. Em casa, em 2002, tiveram a sua melhor colocação: um 4.º lugar.
Na (curta) história portuguesa em mundiais tivemos célebres encontros com a Coreia. Um épico, em 1966, no mundial do Eusébio, e um indigno, em 2002, no mundial do João Pinto e dos alhos.
Mesmo com uma excelente participação no último mundial, em que muitos, ressabiados e não só, acusaram de ter ficado a dever-se às arbitragens bem caseirinhas, continuará a ser uma surpresa a passagem da Coreia à próxima fase. Injusto? O futebol do Oriente continuar muito longe dos nossos olhares e, principalmente, dos nossos corações. Um Park do Manchester United não chega para alterar a situação.

TOGO
Mais uma estreia em mundiais.
A par de Angola, é considerada a selecção mais fraca no torneio. Mas o facto é que se qualificou na sempre complicada zona africana.
Se conseguir pontuar, será quase como que uma vitória.
As estrelas da companhia são Emmanuel Adebayor e Lomé.

GRUPO F

BRASIL
CROÁCIA
AUSTRÁLIA
JAPÃO

Curioso grupo este que coloca o Brasil a jogar com uma selecção treinada pelo seu mais querido jogador de futebol de todos os tempos: Zico. Ao escrete canarinho parece ter-lhe calhado um grupo fácil. Para as outras selecções tudo estará em aberto.
Prognóstico: Passa o Brasil, na boa, acompanhado do Japão.

BRASIL
O Brasil é o país com mais presenças em mundiais – 18, ou seja, todas as possíveis.
Tem apenas 5 títulos.
Já chega. Dêem a vez a outros.
Mas, com um ataque com Ronaldo, Adriano, Robinho, Ronaldinho e Kaka, será possível não se ganhar todos os jogos por goleada?
E de fora ficarão mais não sei quantos jogadores que certamente teriam lugar em qualquer outra selecção do mundo.
Depois de uns quantos anos a apoiar inexcedívelmente o Brasil, graças a Bebeto e Edmundo, sem falar no longínquo ano de 1982 com o galinho Zico, depois de conhecer a Argentina mudei-me para os seus vizinhos.
No entanto, se por milagre o Sávio voltar a fazer parte dos convocados do escrete repensarei a minha posição. Sem isso, o Edmilson sozinho nos seleccionados não chega para me convencer a apoiá-los.

AUSTRÁLIA
Estará presente no Mundial após 32 anos (última e única participação foi em 1974, sem ter passado da 1.ª fase)
Ronaldo afirmou há dias que não conhece ninguém da Austrália, tirando John Aloisi do Alavés. Desse eu nunca ouvi falar, mas ouvi falar dos “ingleses” Mark Viduka e Harry Kewell. Logo, Menina 2X1 Ronaldo.
Para além destes, procuro esquecer que têm um guarda-redes chamado Mark Schwarzer, do Middlesborough, que quando o ano passado jogou e foi afastado pelo Sporting para a Uefa, ficou com azia e desejou que os meus fossem corridos logo de seguida. Só por isso, espero que sofras uns quantos golos.
Guus Hiddink é o treinador e tem certamente capacidade para fazer com que, mesmo sofrendo uns quantos golos, a Austrália possa avançar no torneio. Não esquecer que era ele o líder da Korea que sacou o 4.º lugar nos últimos mundiais.

CROÁCIA
A Croácia irá para a sua 3.ª participação consecutiva em mundiais. Em 1998 alcançou o 3.º lugar, numa equipa que tinha Davon Suker.
País de nacionalistas exacerbados, tem dos adeptos mais apaixonados e seguidores.Por alturas do Euro, em Portugal, andavam espalhados por aí, sempre equipados a rigor com a sua marcante camisola, em permanente festa. E não é só no futebol que acompanham a sua bandeira. Quando o europeu de andebol se disputou cá no burgo, na final entre a Croácia e a Alemanha foi vê-los a entrarem aos magotes inundando toda uma “superior” do Pavilhão Atlântico. Ainda hoje estou para saber donde vieram tantos senhores com camisolas da Croácia.
No que toca a futebol, apesar de já não haver Davon Suker, há Tomo Sokota. No Porto. No banco. Na enfermaria.
Dado Prso, o rapaz do rabinho de cavalo, é a figura da equipa.

JAPÃO
A 3.ª participação em mundiais.
Em 2002, jogando em casa, atingiu os 8.ºs de final, o seu melhor resultado.
Que dizer do futebol japonês? Não o vejo muito. Mas oiço-o. Sempre que temos oportunidade de assistir pela televisão aos jogos que se disputam em terras nipónicas (taça intercontinental e último campeonato do mundo) somos brindados com aquele barulho constante e quase histérico vindo das bancadas.
A estrela da equipa é o seu treinador: Zico. Provavelmente, aos 53 anos ainda teria lugar como jogador em 9 entre 10 equipas da actualidade.
A outra estrela é Hidetoshi Nakata. O primeiro japonês a fazer algum sucesso nos relvados europeus, primeiro em Itália, onde passou por uma mão cheia de equipas, e agora em Inglaterra.

GRUPO E

ITÁLIA
GANA
EUA
REPÚBLICA CHECA

Outro grupo que não é nenhuma pêra doce para ninguém. Os favoritos Itália e República Checa não podem ficar descansadinhos a guardarem-se para a próxima fase, porque ela pode não chegar. O Gana talvez possa ser a surpresa africana da vez. E os States, podem demorar, mas chegarão lá cima mais tarde ou mais cedo.
Prognóstico: Com os quatro embrulhados, no fim a sorte toca à Europa e passam a Itália e a República Checa.

ITÁLIA
A 16.ª presença em mundiais.
A Itália já foi por 3 vezes campeã do mundo, em 1934, 1938 e 1982 – nesta última eliminou a mais fabulosa equipa brasileira de sempre e, ao mesmo tempo, a mais falhada. Por isso, e como castigo, à Itália não lhe tem tocado mais nada e teve até direito a uma final perdida, em 1994, com um penálti do “il codino” Roberto Baggio. O tipo de coisas que geralmente se pensa que só acontecem aos adversários da Itália. Isso e os golos nos últimos minutos. Também no último europeu, os italianos provaram da sua própria receita.
Estarão, pois, ainda mais sedentos de voltar ao topo do futebol mundial. São sempre uns dos favoritos.
Com os italianos costuma ficar o título do grupo com os futebolistas mais fashion e girérrimos do planeta. O sempre eteno Paolo Maldini, mais Francesco Totti, Filipo Inzaghi, Fabio Cannavaro, Alessandro del Piero, Alberto Gilardino, ufa... e mais não sei quantos, que não os conheço a todos, não permitem que esta ideia feita seja afastada. Por eles, e apenas por eles, desejo que a Itália siga em prova o máximo tempo possível – até se encontrar com Portugal ou Argentina.

GANA
Estreia em mundiais.
Mas nem por isso será de descartar o Ghana de discutir uma vaga na próxima fase.
A estrela é o Michael Essien e mais verei durante o torneio.

EUA
Será o 8.º mundial para os EUA. O seu melhor resultado foi uma semi-final em 1930. Ainda melhor do que esse, no entanto, foram os quartos de final em 2002, quando participam muito mais selecções e o futebol atingiu um patamar estratosférico. Por isso mesmo, os States não poderiam ficar de fora.
Qual é o jogador de todos os tempos que mais golos marcou, quem é, quem é? Uma pista: não é Pelé e é americano. Ou melhor, americana. Mia Hamm de seu nome. Pois, nas meninas os EUA dividem os títulos com a Alemanha. Nos meninos já começam a criar estrelas. Como Landon Donovan. E como Freddy Adu, de apenas 16 anos, mas de quem já se ouve falar há para aí uns 3 anitos. O seu guarda-redes, Tim Howard, joga pelo Manchester United.
Mas soccer dos americanos para mim ficará para sempre ligado a Paul Caliguri. Mais uma vez, foram os benditos cromos da bola que por altura do Itália 90 me permitiram eleger este americano que dava uns chutos na bola como um dos mais lindos daquele torneio.

REP. CHECA
Outra estreia em mundiais. Todavia, a Checoslováquia já havia disputado por 8 vezes o torneio, tendo chegado em duas delas à final, sem a vencer, em 1934 e 1962.
Os checos são perigosissímos. Em 1996, no europeu de Inglaterra, correram conosco depois daquele chapéu de Poborsky a Vítor Baia. Talvez por isso, os nossos media nunca mais perdoaram ao tripeiro. Eu também não (mas frangueiro por frangueiro, ao menos um com charme e voz de macho).
Vejam lá se não repetem a gracinha, estão a ouvir, Pavel Nedved, Milan Baros e Petr Cech?

GRUPO D

MÉXICO
IRÃO
ANGOLA
PORTUGAL

Teoricamente, o grupo mais acessível que poderia ter calhado a Portugal. Opinião não unânime, é claro. Até porque, como diria Nélson Rodrigues, “toda a unanimidade é burra”. Vai daí, Gilberto Madaíl logo avisou para o perigosíssimo grupo. Talvez por conhecer bem os jogadores que o rodeiam, tipo Cristiano Ronaldo, que já afirmou que se motiva é nos jogos contra as equipas grandes. Ou, mais provável, Madail estará a pensar que a história se pode repetir novamente, já que na Korea / Japão, em 2002, o filme começou da mesma maneira: grupo mais do que acessível e ...
Prognóstico: Contra as desilusões, marcar, marcar.... Passam Portugal e México.

MÉXICO
É o 4.º país com mais presenças em mundiais, atrás de Brasil, Itália e Argentina (não contando com a Alemanha dividida). 13 no total. Chegou aos quartos de final por duas vezes, em 1970 e 1986, este último em casa.
Do que me lembro do México, teve um guarda-redes garrido, Jorge Campos, e teve um artista da bicicleta, Negrete, prontamente adquirido pelo Sporting. Do que cá jogou é que não me lembro rigorosamente nada.
Não obstante os seus jogadores não jogarem muito pela Europa, do México ninguém se admirará por aí além que vá muito longe. Sem emoção nem devoção pelos torcedores não mexicanos, todavia.
A estrela da equipa é Rafael Marquez, defesa do Barcelona.

IRÃO
A 3.ª participação do Irão no mundial.
Nunca passou da fase inicial. Se o conseguir nesta edição, é bem provável que o seja à conta de Portugal.
Do Irão não sei rigorosamente nada. Tal como não sabia rigorosamente nada do Iraque que nos calhou no grupo dos últimos Jogos Olímpicos.

ANGOLA
A estreia em mundiais. Logo com Portugal.
Para muito boa gente, é lamechas apoiar simpaticamente Angola. Não é o meu caso. Lembro com carinho a malinha cor de rosa da Minnie que o massagista da equipa angolana transportou para o relvado de Alvalade aqui há uns anitos, quando Portual recebeu Angola. Lembro também que o jogo não estava a correr muito bem para a nossa selecção, futebolísticamente falando, quando os angolanos resolveram estragar tudo e, embalados pelas bancadas, começaram a distribuir caneladas. Lamentáveis recordações desse encontro.
Como será agora?
Nas bolsas de apostas ninguém dá nadinha quer por Angola quer pelo Togo. Mas, África é África, e as surpresas costumam vir daqui.
Os artistas são João Ricardo (o guarda-redes que joga exclusivamente pelos Palancas, sem clube para atrapalhar), Figueiredo (o branco), Akwá (o inadaptado às botas) e Pedro Mantorras. O Pedrito, que tem marcado uns golitos providenciais de fim de jogo e fim de época pelo Benfica, terá, no entanto, de rever as suas atitudes. A maior estrela, que ultimamente se tem revelado mais pelo papel de motorista dos angolanos no reclame que gentilmente podemos observar pela RTP África, tem vindo a armar-se em planeta e reivindica a titularidade. O treinador não tem ido na conversa. Conseguirá Mantorras uma boleia para si próprio?

PORTUGAL
A 4.ª participação em mundiais, a 2.ª consecutiva.
Depois do 3.º lugar em 1966, em Inglaterra, à entrada de leão no México 86 seguiu-se a saída à gatinho sem unhitas. Em 2002, na Korea / Japão foram mais os alhos a correr com os “tugas”.
Mesmo com todo este palmarés, Portugal é favorito para ser campeão. Infelizmente, fora do nosso rectângulo ninguém consegue acompanhar a nossa imensa visão.
Ainda dizem que não somos um povo optimista.
Na motivação de jogar com Angola e Irão (os dois primeiros jogos) estará a chave.
Nisso e também na possibilidade de se conseguir substituir com algum sucesso um jogador como Jorge Andrade. Tirando Ricardo Carvalho, os nomes que o acompanharão na defesa (Fernando Meira, Caneira, Miguel, Paulo Ferreira, Nuno Valente ou qualquer outro de nível equivalente) causam calafrios a 10 milhões de pessoas.
No meio campo o problema deverá ser a abundância de possibilidades: Costinha, Petit, Tiago, Maniche, João Moutinho – qualquer um deles parece dar garantias de segurança. Daí para a frente, tirando o ponta de lança (Pauleta, o melhor marcador de sempre da selecção e 0 golos marcados no último Europeu), encontra-se o forte de Portugal: Deco, Luis Figo e Cristiano Ronaldo.
Só este trio dá para sonhar. Pensando bem, nós temos razão. Somos favoritos e vamos mesmo ser campeões mundiais.

GRUPO C

ARGENTINA
COSTA DO MARFIM
SÉRVIA & MONTENEGRO
HOLANDA

Este é o denominado “grupo da morte”. Como curiosidade, à Argentina saiu-lhe novamente a fava, depois de ter sido trágica e inesperadamente corrida na primeira fase do último mundial.
Prognóstico: Só no fim.

ARGENTINA
A Argentina já foi campeão do mundo por duas vezes, em 1978 e em 1986, e um daqueles países que estão sempre nos lugares cimeiros das bolsas de apostas. Será a sua 14.ª presença no torneio.
Diego Maradona, ídolo máximo não só do futebol argentino mas também de todo um país, é uma das excepções e diz que Argentina não será uma das favoritas. Prefere relembrar o desastre do último mundial. Ou estará a sacudir a pressão?
Quanto a mim, aqui faço papel de tontinha. Pode nós termos uma selecção preferida que não a do nosso país? A questão é que desde pequena, e excepção ao México 86, me habituei a comprar as cadernetas do mundial e não via lá Portugal. Tinha por isso de escolher outro país por quem puxar. A Argentina foi a escolhida.
Depois de Maradona (o melhor jogador do mundo), Goycochea (o guarda-redes mais bonito do mundo), Batistuta (o jogador com mais pinta do mundo), Ortega (o burrito mais querido do mundo), Redondo (o cabelo mais rídiculo e, ao mesmo tempo, charmoso do mundo), restam-nos ainda Javier “El Puppi” Zanetti, Roman “Romi” Riquelme, Esteban “El Cuchu” Cambiasso, Pablo “El Payaso” ou “El Cai” Aimar, Hernan “Valdanito” Crespo, Javier “El Conejo” Saviola, Fernando “El Torito” Cavenaghi ” e Mário Santana (do qual não sei o “apodo”).
Após o desastroso mundial de 2002 pelo oriente, cuja diferença horária para Portugal que me fez começar as manhãs a chorar baba e ranho pela eliminação da Argentina, os das pampas dificilmente farão um torneio pior. A questão é que com o seu historial não basta à Argentina passar a primeira fase. Queremos a vitória, ou o vice, caso a disputa seja com Portugal.

COSTA DO MARFIM
A estreia em Mundiais.
A qualificação foi sofrida. Ou ia a Costa do Marfim ou ia os Camarões. O que é que era pior? Didier Drogba de fora ou Samuel Eto de fora? Calhou à equipa comandada por Artur Jorge ficar a ver o resto do pessoal pela televisão.
Das equipas africanas nunca se sabe muito bem o que esperar, mas da Costa do Marfim espera-se que seja uma surpresa pela positiva e provoque, pelo menos, muitos calafrios nas equipas de maior nomeada.

SÉRVIA E MONTENEGRO
Outra estreia em mundiais, mas apenas com esta designação, pois a Jugoslávia sempre foi um cliente assíduo do torneio.
A estrela da equipa é Matias Kezman, aquele que o Benfica queria comprar mas que fugiu para o Atlético Madrid.
Espera-se ver muitos adeptos sérvios, apoiando patrioticamente, como de costume, o seu país.

HOLANDA
A Holanda estará presente pela 8.ª vez nuns mundiais. Foi vice-campeã por 2 vezes, em 1974 e em 1978.
Encantou e segue encantando com o seu futebol, principalmente desde que um certo miúdo que vivia no estádio do Ajax se tornou num dos ídolos maiores do futebol mundial, Johan Cruyff de seu nome.
A Holanda sempre criou teve essa capacidade de criar carismáticas figuras. Outra delas é o infortunado Marco Van Basten, que viu a sua carreira acabar muito antes do tempo devido por causa de uma lesão. Hoje Van Basten é o treinador e liderará, entre outros, Philip “narigão” Cocu (que já anunciou que deixará a selecção após o mundial), Rudd Van Nistelrooy, Arjen Robben e Edwin Van der Sar
È uma das favoritas para vencer qualquer mundial, quer no que diz respeito ao bom jogo que costuma jogar, quer na simpatia que produz entre os diversos adeptos.

GRUPO B

INGLATERRA
PARAGUAI
TRINDADE & TOBAGO
SUÉCIA

A curiosidade de ver o Mister Eriksô emparelhado uma vez mais no mundial com a sua Suécia natal. Será que para felicidade do sueco mais bife do momento passam novamente os dois?
Prognóstico: Passam Inglaterra e Suécia se o Paraguai deixar.

INGLATERRA
Será a 12.ª presença da Inglaterra em mundiais. Já ganhou o torneio uma vez – no ano de 1966 em que também Portugal obteve a sua melhor classificação.
Treinado por um sueco que tem feito as delícias dos tablóides ingleses, tem um brasileiro carrancudo que quer ocupar o seu lugar. Ficam a perder, pelo menos, os paparazi.
O país que inventou o futebol tem, como não podia deixar de ser, uma série de jogadores míticos e endeusados (tenham nascido na England ou na Great Britain). De muitos desses pouco ou nada vi jogar. Mas ainda fui a tempo de Paul Gascoigne ou de Gary Lineker – um dos jogadores mais correctos que pisaram os relvados, nunca levando sequer um cartão amarelo (como o nosso Tamagnini Nené, um dos poucos encarnados a quem me permito chamar “nosso”).
Dentro dos jogadores que poderão estar presentes no mundial, e dos quais não me canso de gritar pelos seus nomes, estão Rio Ferdinand, Steven Gerrard, Frank Lampard, David Beckham e, esperemos, Michael Owen em luta contra o tempo para recuperar de lesão.

PARAGUAI
O Paraguai chegou aos 8.ºs de final em 1998 e 2002. Vai para a sua 7.ª participação.
Lamentavelmente Roque Santa Cruz corre sérios riscos de ficar de fora do mundial. O mundial perderá, assim, metade da sua piada e o Paraguai só não perderá a piadinha toda porque, em princípio, estará lá Carlos Paredes para nos encantar com a sua música no meio campo.

TRINDADE & TOBAGO
Trindade e Tobago fará a sua estreia em mundiais.
Será que Ato Boldon vai lá estar a apoiar? Com um bocado de sorte ainda é convocado para fazer uns piques de 100 e 200 metros atrás da bola.
A selecção é treinada pelo holandês Leo Beenhakker (um dos que era quase sempre falado para o Sporting quando se abria a “vaga”) e a sua estrela é Dwight Yorke, que jogou uns quantos anos no Manchester United.
Em termos futebolísticos, Portugal apercebeu-se bem cedo do potencial dos jogadores destas ilhas caraibenhas, como o comprova o facto de por cá (Porto a despachar o entulho à Académica) terem jogado Lewis e Latapy – este último talvez ainda faça uma perninha na mundial.

SUÉCIA
A Suécia ostenta no palmarés o vice-campeonato em 1958, jogado em casa. Esta será a sua 11.ª presença.
Sempre foi uma das minhas selecções preferidas pelos bonecos que via nos cromos da bola. Por isso e também por o futebol sueco sempre ter estado próximo de Portugal. Por cá passaram Sven Goran Ericsson e também Maniche, Mats Magnusson, Jonas Thern, Stefan Schwarz. Todos pelo clube do lado errado da segunda circular. Felizmente que hoje já se deixaram desses péssimos hábitos e pude encontrar o Mats o ano passado, bem descontraído, no estádio de Alvalade.
Podemos, pois, apoiar sem mágoa rapazes altos e loiros, ou não tão loiros, como Zlatan Ibrahimovic, Fredrik Ljungberg, Henrik Larsson, Johan Elmander.

GRUPO A

ALEMANHA
COSTA RICA
POLÓNIA
EQUADOR

O jogo inaugural será Alemanha frente a Costa Rica. Finalmente os germânicos terão aqui a possibilidade de alcançar a sua vingança pessoal após a nunca olvidada derrota de Francisca Van Almsick face a Claudia Poll nos 200 Livres dos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996.
Prognóstico: Passam os vizinhos Alemanha e Polónia.

ALEMANHA
Os alemães foram campeões do mundo já por 3 vezes. Seria o bastante para ficarem contentes, não fosse o mundial ser disputado em sua casa.
Jurgen Klinsmann, o único jogador que me fazia puxar pela Alemanha, tinha decidido exilar-se nos EUA. Mesmo continuando com o seu exílio americano, família feliz, vidinha calma lá pela Flórida, chamaram-no para seleccionador. Felizmente que aceitou e vamos poder ver o loiraço no banco.
Para além do treinador, gostaria que brilhassem Michael Ballack e Kevin Kuranyi – o alemão que nasceu e cresceu no Brasil (sua terra), viveu no Panamá (terra da mãe) e decidiu vir jogar à bola para a Alemanha (terra do pai).
A minha aposta para a baliza, quando todos só têm olhos para as mãos de Oliver Kahn e Jens Lehmann, vai para Timo Hildebrand.

COSTA RICA
A Costa Rica vai para a sua 3.ª participação em mundiais e chegou aos 8.ºs de final em 1990.
País de lindas praias que um dia talvez possa vir a conhecer, vizinha da Nicarágua de Violeta Chamorro e dos sandinistas. Infelizmente não conheço mais nada do país. Apesar de já ser uma presença assídua das fases finais do Mundial, também não consigo avançar com nenhum nome que possa brilhar na Alemanha. Talvez Paulo Wanchope, o melhor marcador de sempre da selecção e que jogou quase uma década em Inglaterra.
Falha I

POLÓNIA
Será a 7.ª presença da Polónia em mundiais, tendo como melhor classificação o 3.º lugar alcançado por duas vezes: em 1974 e em 1982.
Mesmo com uma performance em mundiais melhor do que a de Portugal, não podemos esquecer que foram a única coisinha boa que nos passou pela frente no passado mundial na Coreia, em 2004: a nossa única vitória e jogo decente foi frente ao país do mítico Andrewz Juskowiak.
A estrela do companhia é Jersy Dudek, o guarda-redes que deu o título de campeões europeus ao Liverpool. No mais, só ouvi falar de Marek Saganowski (que felizmente não marcou nenhum golo ao Sporting pelo Guimarães).

EQUADOR
É a segunda participação – e consecutiva – do Equador.
Qualificou-se através do 3.º que obteve na fase preliminar Sul-Americana, deixando para trás Uruguai e Colombia.
Vai tentar que seja desta a passagem da fase inicial.
O jogador de maior nomeada é Agustin Delgado.
Falha II

sexta-feira, maio 12, 2006

Os Grupos


Presidente Sabe Nadar, Yo!

Motivos não faltam para desejar a vitória do Vitória de Setúbal na final da Taça de Portugal do próximo domingo frente ao FC Porto.
Eis mais um, talvez o mais decisivo:
Santana da Silva, presidente do V. Setúbal, promete ir e voltar a nadar de Setúbal a Tróia, caso o seu clube vença a Taça.

O Mundial Vem Aí

O Mundial da Alemanha está cada vez mais perto e já perdi as esperanças de marcar lá presença. Não que esperasse ser convocada pelo Scolari. Longe disso, não quer nada com Felipões.
Tentei comprar bilhete pelo site da Fifa e a resposta foi mais ou menos isto – cara senhora adepta, houve muita procura de bilhetes, infelizmente não foi contemplada com qualquer bilhete nesta fase. Tente mais tarde. Quem sabe se no próximo mundial, enh?
Ou seja, fico a ver os jogos pela televisão – no meu quarto decorado a preceito –, tal como o vão fazer Michael Owen, Wayne Rooney e Francesco Totti (pelo menos parte dos jogos), Roque Santa Cruz (talvez), Jorge Andrade, Sebastian Deisler (repetente em falhar mundiais por lesão) e outros mais que já estão lesionados ou se vão lesionar até lá.

Quanto a prognósticos, adianto que a minha final de sonho seria Portugal com Argentina. E que ganhe o melhor. Não... pensando bem, que ganhe Portugal, a única selecção cujas vitórias poderei comemorar em grupo, afinal de contas não conheço nenhum argentino aqui por estas bandas.
Se nenhum destes países – os meus, um por nascimento e o outro por escolha – não conseguir ganhar, que ganhe Inglaterra. O Brasil seria uma hipótese mas já me chega mais do mesmo. Ainda que, com os jogadores que o escrete nos dá o prazer de ver jogar, pareça inevitável a sua vitória. E agradável aos olhos. Se continuarem a jogar como o têm feito será, por isso, merecida.
Assim, os meus votos são que o campeão mundial saia de um destes 4: Portugal, Argentina, Inglaterra, Brasil.

Atrasados

O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol divulgou hoje um comunicado em que denuncia a existência de 1150 meses de salários em atraso quer na I Liga quer na Liga de Honra.
É obra!
Dos 36 clubes que por lá andam a chutar na bola, apenas 17 tinham pago atempadamente o mês de Abril aos seus jogadores. Os 5 primeiros da I Liga estão em dia (Porto, Sporting, Benfica, Braga, Nacional). Boavista está fora desta lista. Curioso que dos despromovidos só o Guimarães têm os salários em dia. Os outros cumpridores são o Leiria, Académica, Paços de Ferreira e Naval.
Na Liga de Honra o cenário é ainda pior, pois apenas 8 (em 18!) cumprem as suas obrigações com os seus futebolistas. Nem o Desportivo das Aves, recém promovido à I Liga, está em dia, apesar de ter acordado com os jogadores que cumprirá dias mais tarde.
Visto este cenário, ousaremos continuar a apelidá-los de coxos?

quinta-feira, maio 11, 2006

Pé Frio

2 presenças consecutivas em finais da Taça Uefa
=
2 derrotas consecutivas em finais da Taça Uefa
Fábio Rochemback não merece tanta derrota em momentos decisivos.

terça-feira, maio 09, 2006

Vai, Sá

Quem me lê sabe que gosto de Sá Pinto.
E que esse sentimento não é recente.
Que me lembro do ano (1994) em que chegou do Salgueiros, acompanhado pelo seu amigo Pedrosa, e logo ganhou a Taça de Portugal, ao lado de Figo, Peixe e Dani.
Que senti saudades dos anos (1997-2000) em que, por sua culpa, se teve de “exilar” na Real Sociedade.
Que vibrei com o seu regresso ao clube, em 2000.
Que sofri pelas suas lesões atrás de lesões e que, nos seus (breves) intervalos, comemorei com ele o campeonato 2001/2002.
Que saudei o seu crer, esperança e força em derrotar as lesões e regressar em pleno em 2004.
Que me empolguei com os seus jogos e a sua alegria na época 2005/2006.
É por isso que espero que Ricardo Sá Pinto mantenha o que disse no princípio da época: que esta seja a sua última por, pese embora todo o seu empenho e preserverança, os seus 33 anos e os seus joelhos não permitirem mais que jogue ao mais alto nível – como ele sempre nos habituou.
Que a última imagem que retenha dele seja aquela em que o vi a comemorar feito um leão a vitória aos vermelhos na Luz.
Porque a derrota pelos outros vermelhos, os rectangulares, já a esqueci.

Classificações 2005 / 2006

I LIGA

FC Porto (79)
2º Sporting CP (72)
3º SL Benfica (67)
4º SC Braga (58)
5º Nacional (52)
6º Boavista (50)
7º U. Leiria (47)
8º V.Setubal (46)
9º E. Amadora (45)
10º Maritimo (44)
11º P.Ferreira (42)
12º Gil Vicente (40)
13º Naval (39)
14º Académica (39)
15º Belenenses (39)
16º Rio Ave (34)
17º V.Guimarães (34)
18º Penafiel (15)

A surpresa positiva: Nacional, Setúbal, Estrela da Amadora
A surpresa negativa: Guimarães, Belenenses, Rio Ave, Marítimo

LIGA DE HONRA

Beira-Mar (68)
Aves (64)
3º Leixões (62)
4º Varzim (52)
5º Olhanense (52)
6º Stª Clara (51)
7º Gondomar (51)
8º Chaves (50)
9º Estoril (45)
10º Feirense (44)
11º Vizela (44)
12º Portimonense (43)
13º Moreirense (42)
14º Covilhã (42)
15º Barreirense (35)
16º Marco (29)
17º Ovarense (25)
18º Maia (24)

O Último Jogo da Época

Todas as tardes de bola deviam ser como a de ontem.
Jogos à mesma hora, olhos no relvado, ouvidos colados à rádio.
Marcar 1 golo e comemorar 4. O nosso e os sofridos pelo nosso maior rival.
Desejar que o Guimarães fique na I Liga mas cedo perder as esperanças com o golo dos galitos.
Pensar que a descida da Académica é remota e apenas matematicamente possível. Lentamente perceber que afinal poderá não ser bem assim. Com o Gil a ganhar e a Académica a perder por 2, basta 1 golo à Naval, o que ainda não aconteceu.
A Académica acaba de marcar 1 golo e fica apenas a mais 1 do salvador empate. E a Naval ainda não marcou. Ai se a Naval marca...
Penálti para a Académica. Golo da Naval. Tudo praticamente no mesmo minuto. Ai se a Académica falha o penálti...
Não falha, não falhou.
Constatar que não estou sozinha nas bancadas de Alvalade no nervosismo pela Académica. Ao lado muitos há que também comemoram o seu alívio, o nosso alívio. Ficam a faltar menos de 10 minutos para segurar o resultado.
Fim do jogo. Fim dos jogos.
Sporting entra directamente na Liga dos Campeões, Académica permanece na I Liga, Benfica perde por 3, incluindo 1 de frango do seu guarda-redes Moretto, que há tantas jornadas o vinha prometendo.
Realizar que na roleta dos resultados a fava saiu ao Belenenses, clube cá da cidade, outro “histórico” como o Guimarães.
Não fossem os pastéis e a tarde seria perfeita, assim andou lá perto, ai isso andou.
Emoção acima de tudo.

segunda-feira, maio 08, 2006

34.ª Jornada - Sporting 1X0 Braga

Num dos poucos jogos da época jogados inteiramente com a luz do dia, uma das maiores assistências da época. Bem sei que era o último jogo, com possibilidades ainda de se comemorar alguma coisita (o 2.º lugar, que deixou de ser o 1.º dos últimos ao dar acesso directo à apetecível Liga dos Campeões).
Mas será que se marcarem os jogos para horas e dias decentes não terão sempre casa cheia ou perto disso?
O jogo em si valeu bem a pena. Os primeiros 30 minutos foi do melhor que se viu o Sporting jogar.
Curioso que o golo que ficará na história como aquele que nos qualificou para a Liga dos Campeões foi marcado por João Moutinho, o único totalista da equipa e aquele que, ao permitir a defesa de Baia nas meias finais da Taça de Portugal, viu o Porto avançar para a final. Curioso porque o ano passado aconteceu precisamente o mesmo a Miguel Garcia - falhou o penalti que nos tirou da Taça mas marcou o golo mais importante dos últimos anos e o que permitiu a maior explosão de alegria da época passada ao levar o Sporting à final da Uefa.
Passados os primeiros 30 minutos o Sporting controlou o jogo sem esforços de maior e podia ter marcado ainda mais .
Registo para os assobios que Wender levou dos adeptos do clube que o dispensou e que, acredito, ainda lhe paga parte do ordenado. Que culpa tem o "turco" que não o queiram cá?

sexta-feira, maio 05, 2006

Finalmente, o Ténis

O desporto português não pode ser considerado, na sua globalidade, um sucesso em termos internacionais.
No entanto, vão existindo ao longo dos anos alguns atletas (ou equipas) de algumas modalidades que fazem questão de contrariar o acima referido.
O futebol e o atletismo serão os dois desportos mais fortes em Portugal e parecem ser os mais consistentes em termos de resultados e aqueles em que mais depositamos as nossas esperanças.
Em termos de selecções nacionais, o voleibol fez nos últimos anos um brilharete nuns mundiais e o andebol andou lá perto. Do basquetebol nada ouvi falar.
A natação é bem pobrezinha mas lá vai dando umas medalhas internacionais nos juniores.
Mais recentemente apareceu uma atleta no triatlo e um atleta na canoagem.
Existe também a vela, desporto que mais medalhas olímpicas trouxe ao país, tirando o atletismo.
O ciclismo, igualmente com tradição, estreou-se nas medalhas nos últimos jogos olímpicos e temos pelo menos um representante numa das melhores equipas do mundo com possibilidade de se mostrar nas maiores competições.
O judo é que nos tem vindo a habituar mal e à entrada em cena das suas esperanças segue-se a sua confirmação nos grandes eventos.
Agora, quanto ao ténis, nada.
Após a esperança Nuno Marques, já lá vão 20 anos que apareceu, nenhum outro tenista (homem ou mulher) conseguiu qualquer feito de relevo. Nuno Marques incluido. Isso se tirarmos os quartos de final no Estoril Open de João Cunha e Silva, em 1993, e do mesmo Nuno, em 1995.
Daí que seja realmente de registo o que Frederico Gil conseguiu hoje também no Estoril Open: vencer dois jogos no quadro principal e alcançar os quartos de final. Para uma modalidade a viver tão na obscuridade de resultados, quer dos tenistas a título individual, quer na Taça Davis, todas as vitórias são de saudar efusivamente, procurando esquecer que o melhor tenista português da actualidade - Frederico Gil, ele mesmo - ocupa o 246º lugar do ranking.

quarta-feira, maio 03, 2006


Última prova de Franziska. A mariposa, para desenjoar do crol.

Isso Passa


Franziska Van Almsick, a alemã que apareceu do meio do nada nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, para apanhar a medalha de prata dos 200 livres com apenas 14 anos, tornou-se desde aí uma das estrelas da natação mundial e a estrela do desporto feminino germânico.
Esteve também nos Jogos de Atlanta 1996, Sidney 2000 e Atenas 2004. Mantém ainda hoje o record mundial dos 200 livres, primeiro batido em 1994 e depois melhorado em 2002.
Abandonou a natação após os Jogos de Atenas. Frustada, certamente, pela sua carreira que abrangeu 4 (!) Jogos Olímpicos, quedas de moto, arrufos de mau génio, desistências de colegas em seu favor e muita atenção dos media e paparazzi.
E porque é que Franzi é então notícia agora?
Por ter afirmado recentemente que perdeu o seu amor pela natação e que hoje raramente toma banho. Em piscinas, é bom de ver. E que só entra numa piscina quando vai de férias e se o calor apertar muito concede em molhar os pézinhos.
Chegou à conclusão que é afinal fantástico viver sem uma medalha de ouro olímpica. Bastam-lhe as 10 medalhas olímpicas que ganhou (4 de prata e 6 de bronze), as quais se atiradas à populaça farão certamente concorrência à do Mourinho.
Infelizmente, não tenho qualquer medalha para leiloar no E-Bay, nem minha nem de nenhum craque. Também vivo bem sem o ouro redondo. Ou a prata. Ou o bronze. Ou, sequer, qualquer participação em Jogos Olímpicos, campeonatos mundiais ou europeus. Estou a tamanhos e estratosféricos km de distância da Franziska que qualquer comparação soará a pretensiosismo. Mas cá vai. A natação é mesmo uma seca. Qualquer ex-nadador o sabe. Depois de anos e anos às voltas numa piscina, tantas que todas juntas dariam não sei quantas viagens de ida e volta no Oceano Atlântico, quando se deixa o desporto a única piscina que se quer entrar é a de um resort. Para dar mergulhos ou fazer guerras de água com os amigos. Jamais para dar aos braços ou bater às pernas. Até que, passados 10 anos – no meu caso – começa-se a pensar que não doerá assim tanto fazer uns metrinhos. Longe de ser um prazer (o passado não se esquece tão facilmente numa década), o rigor metódico que anos e anos a levantar às 6:30 e a chegar a casa depois das 21:00 nos deu permite-nos analisar que as braçadas dadas agora, aos 30 anos, talvez ainda nos possam fazer falta para passar melhor os 40, os 50, os 60, quem sabe se os 70 e os 80.
Por isso, Franzi, isso passa. Curte agora essa onda de repórter de Fórmula 1 para a RTL, passeia pelo Bahrein e pela Malásia, circuitos (ainda) fora da natação, faz o teu jogging e vai pedalando na tua bike e, quando deres por isso, talvez possas voltar a entrar numa piscina e, sem que saibas como, fazer ir e vir.

segunda-feira, maio 01, 2006

Abébias

Aos lampiões tudo é permitido.
Soube apenas neste domingo que os seus jogadores conseguiram juntar-se aos seus adeptos nos impropérios contra os clubes rivais e presidente do FCP na comemoração do título do ano passado. Já tinha confessado que fiz tudo por me enfiar debaixo dos lençóis e calafetar todas as janelas da casa nessa noite de Maio de 2005 e pirar-me do país imediatamente para não ter de os aturar. Talvez por isso não tenha sabido anteriormente desses acontecimentos. O estranho é que, acompanhando eu o futebol indígena, quer pelos jornais, quer pela televisão, quer pela internet, não tenha ouvido ou lido quaisquer comentários sobre o assunto. Foi preciso os jogadores do Porto fazerem agora o mesmo (com excepção dos insultos aos presidentes dos clubes rivais) para que os media neles batessem forte e feio.
Também pelo menos dois jogadores do (arghhh) Benfica já tinham insinuado que os adversários jogavam dopados, sem que ninguém de responsabilidade os chamasse à razão e lhes fizesse ver o grave da questão. Curioso que na presente época um dos poucos casos conhecidos de doping no futebol tenha ocorrido precisamente com um futebolista do clube do colinho dos media.
Koeman, enquanto treinador, e pela sua postura, faz diariamente questão de que nos esqueçamos do grande jogador que foi. A juntar ao rol de preocupações que desde o princípio da época tem vindo a demostrar com o Sporting e, mais tarde, com Paulo Bento, saiu-se ontem com mais uma que apenas poderá constar nos livros dos maus perdedores (e ainda nem sequer perdeu por inteiro...).
Insinuou claramente que o Rio Ave – equipa que luta desesperadamente para não descer – estava comprado pelo Sporting.
Disse textualmente: «Falta só uma jornada, o Sporting joga em casa com o Sp. Braga, que é uma equipa difícil, mas o Paços de Ferreira também é. Vi os golos do Sporting, vocês conhecem um programa chamada comedycapers? Se vão facilitar-lhes a vida desta maneira, será muito difícil alcançá-los.»
Quando lhe perguntaram o que queria dizer com isso, procurou desviar e confessou sentir-se atraído pela comédia, ao responder «Comedycapers é um programa que mostra golos cómicos, muito esquisitos. Na Holanda tem esse nome. A seguir ao nosso jogo, vi os lances dos golos do Sporting. Um foi auto golo, noutro, dois defesas nem tocam na bola e aparece o avançado do Sporting a marcar. Deu-me vontade de rir, apenas isso».
E o golo do Ricardo pelo meio das pernas, também te deu vontade de rir? Ou deu-te mais vontade de rir o golo que o mesmo Ricardo sofreu o ano passado na Luz, a meias com ligeiro empurrão de Luisão?
Golos estranhos não acontecem sempre para o mesmo lado. Nisso o futebol é bem democrático.

Acerca disto, e dada a prontidão com que o holandês disse estas tretas (na conferência de imprensa logo seguida ao jogo do seu clube, que decorreu à mesma hora que o do Sporting), Paulo Bento pergunta hoje, e bem, «Mas Koeman tinha alguma televisão no banco?”
Da parte do Rio Ave veio o mínimo: a exigência de um pedido de desculpas públicas. Danielson, um dos protagonistas dos golos esquisitos (a par com o esquecido Ricardo) foi mais certeiro e claro «O treinador do Benfica deveria era falar do golo que nos foi anulado aqui em Vila do Conde no jogo que eles ganharam por 1-0».

Decência, caríssimos, aos grandes pede-se decência.

33.ª Jornada - Rio Ave 1X3 Sporting

O Sporting mais não fez do que cumprir a obrigação: ganhar a um dos aflitos do nosso campeonato, vincando o estatuto de vice-líder da competição.
Aos anteriores queixumes de que a sorte não acompanhou nos últimos 3 jogos sem marcar qualquer golo, seguiu-se uma eficácia quase de 100%.
Registo para os golos da partida.
1.º golo do Sporting com mérito próprio (Nani).
2.º golo do Sporting com mérito repartido pelos 2 centrais do Rio Ave mais Liedson.
1.º golo do Rio Ave com mérito exclusivo do nosso guarda-redes Ricardo, a lembrar que quem sabe nunca esquece, no momento mais hilariante da tarde.
3.º golo do Sporting com mérito do central do Rio Ave (sem ver a repetição do lance nem consegui entender como a bola entrou na baliza).
Em resumo, jogo fraquinho, típico (infelizmente) de fim de campeonato, com muito atabalhoamento à mistura, provocado pelos nervos que pairam sobre quase metade das equipas, ainda sem a sua situação resolvida. Todavia, resultado justíssimo.
Está feito o intróito para o post seguinte.